terça-feira, 3 de junho de 2008

Sonda Phoenix pode já ter encontrado seu primeiro registro de gelo em Marte

Imagens foram feitas logo após pouso da espaçonave no planeta vermelho.Cientistas esperam encontrar mais amostras ao escavar o solo.

Sonda deixou rastro que lembra uma pegada (Foto: Nasa/Divulgação)


A sonda americana Phoenix, que pousou no ártico de Marte no dia 25 de maio, começou no sábado (31) a explorar o solo do planeta vermelho para retirar amostras e pode ter detectado gelo, informou a Nasa. Ao tocar o solo de Marte, o braço articulado da Phoenix deixou na região marciana "King of Hearts" um rastro que lembra uma pegada, o que valeu o apelido de "Yeti", acrescentou a agência espacial americana em comunicado. Este primeiro contato com o solo de Marte "nos permite utilizar o braço articulado com precisão. Temos as condições corretas para a coleta das mostras e sua transferência", disse David Spencer, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia).

Imagens feitas pela câmera instalada no braço robótico permitem pensar que pode existir gelo debaixo da sonda Phoenix.




Estrutura batizada de Rainha da Neve pode ser formada por gelo (Foto: Nasa/Divulgação)

"O que vemos nestas imagens corresponde a idéia, talvez, de gelo e suspeitamos que tornaremos a vê-lo na zona de escavação", destacou o comunicado. O braço mecânico da Phoenix tem quatro articulações que permitem movimentos laterais e verticais, além da possibilidade de escavar o solo e retirar amostras. Esta é a primeira etapa de uma série de experimentos, que tem por objetivo retirar porções do solo marciano que serão estudadas na Terra. Esta exploração sem precedentes pode permitir descobrir indícios de vida primitiva passada no planeta.

Da France Presse

Discovery atraca com a Estação Espacial Internacional


Discovery se aproxima da Estação Espacial Internacional (Foto: Nasa TV)


Antes da acoplagem, nave foi inspecionada pela tripulação do complexo orbital.Ônibus espacial deve ficar duas semanas fazendo trabalhos em órbita.


O ônibus espacial Discovery atracou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) às 15h03 (horário de Brasília) desta segunda-feira (02). Cerca de uma hora antes, o comandante Mark Kelly e o piloto Ken Ham fizeram uma manobra para permitir que a tripulação do complexo orbital observasse a nave, para verificar se não houve nenhum dano durante a decolagem.

Ao fim de sua missão, o Discovery deixa na ISS o astronauta Greg Chamitoff, que passará uma temporada de cinco meses a bordo. Chamitoff substitui Garret Reisman, que volta à Terra com o ônibus espacial.


Globo on line

Astrônomos encontram menor planeta já visto fora do Sistema Solar




Ilustração do planeta MOA-2007-BLG-192Lb, com três vezes a massa da Terra (Foto: Nasa)






Astro tem três vezes a massa da Terra e está a cerca de 3.000 anos-luz daqui.Descoberta reforça idéia de que todos os tipos de estrela podem ter planetas.



Há um novo recordista para menor planeta fora do Sistema Solar. Um grupo de cientistas liderado por David Bennett, da Universidade de Notre Dame, nos EUA, encontrou um planeta que tem apenas três vezes a massa da Terra. E não é só isso. Ele também orbita, muito possivelmente, o menor tipo de estrela possível -- uma anã marrom, com apenas seis centésimos da massa do Sol. "Nossos resultados mostram que qualquer tipo de estrela pode ter planetas", disse Bennett ao G1. "Antes disso, não tínhamos tanta certeza, mas agora ficou claro."

O astro está a cerca de 3.000 anos-luz da Terra (1 ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros). Sua descoberta só foi possível graças a um fenômeno conhecido como microlente, que envolve uma feliz coincidência em que uma estrela mais próxima se alinha com uma mais distante, do ponto de vista de um observador na Terra. Quando isso acontece, a estrela mais próxima age como uma "lente", aumentando a luminosidade da que está atrás. Dependendo do padrão de aumento de luminosidade, é possível dizer se há planetas ao redor desse astro mais próximo.

A técnica faz a alegria dos cientistas -- que podem descobrir astros não identificáveis pelos métodos usuais -- e dos astrônomos amadores -- que podem participar dos eventos mais intensos. "Temos muitos colaboradores amadores na Nova Zelândia e na África do Sul", diz Bennett, alertando que gostaria também de ter alguém no Brasil olhando para o céu. (Se houver algum interessado com uma câmera CCD de alta resolução, Bennett pede que contate-o por e-mail.) A idéia é que os amadores fiquem de olho em potenciais eventos de microlente. Uma vez detectados, os profissionais podem seguir a trilha e complementar as descobertas. A expectativa é de grandes achados para o futuro próximo. Bennett e seus colegas esperam que essa técnica permita a localização do primeiro planeta com a mesma massa que a Terra. Os cientistas estão chegando cada vez mais perto. Antes da nova descoberta, o recorde era de cinco massas terrestres. Agora está em três.

O planeta recém-descoberto, designado MOA-2007-BLG-192Lb, está a uma distância de cerca de 100 milhões de quilômetros de sua estrela-mãe -- mais ou menos o percurso Sol-Vênus. Mas, como a estrela é muito fria (possivelmente uma anã marrom, que nem é capaz de produzir energia por fusão nuclear, mas talvez uma anã vermelha, ligeiramente maior e capaz de fusão), o planeta deve ser mais gelado que Plutão -- incapaz de abrigar vida, portanto. Ele entra na categoria das "superterras", planetas maiores que a Terra, mas ainda assim rochosos. Não há equivalentes no Sistema Solar, de modo que eles ainda figuram como um grande mistério para os astrônomos.

A descoberta foi relatada durante a Reunião Anual da Sociedade Americana de Astronomia e será publicada no "Astrophysical Journal" em setembro.

Salvador Nogueira Do G1, em São Paulo

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