Os observatórios espaciais Stereo, da Nasa, mediram, pela primeira vez, com apreciável precisão, a velocidade, trajectória e a forma tridimensional de uma tormenta solar. São medições que permitem prever os seus efeitos, na Terra. As tempestades geo-magnéticas podem lançar quantidades bilionárias de plasma no espaço que depois se propagam, em forma de nuvens.
“Nós fomos capazes de obter, pela primeira vez, uma estrutra tri-dimensional de uma tormenta solar e podemos acompanhar as tormentas solares, nas suas trajectórias do Sol à Terra”, diz um cientista.
Estas ejecções de massa coronal são constituídas por biliões de toneladas de gás magnético em forma de nuvens que explodem e se deslocam a grande velocidade. Quando chocam com o nosso planeta, as hipóteses mais benévolas constituem-se nas auroras boreais. Mas estas explosões podem produzir também raios cósmicos perigrosos, para as naves espaciais, os astronautas e a tecnologia da Terra, incluindo apagões ou avarias nos satélites. Um aviso, deixado por um dos cientistas da Nasa:
“Por exemplo, há linhas aéreas que voam sobre os polos. E hoje, dependemos dos telemóveis e do GPS. Estas tormentas eléctricas do Sol podem causar todo o ripo de consequências eléctrónicas. Com o observatório Stereo, vamos perceber melhor e prevenir o que possa acontecer na Terra”.
Com estas imagens tridimensionais, os astrofísicos solares podem examinar as ejecções das tormentas electricas, a sua estrura e a sua massa. Os dados recolhidos ajudarão a prevêr os efeitos das tormentas, na magnosfera.
Euronews.pt