quinta-feira, 4 de agosto de 2011

“O programa de exploração de Marte da Nasa continua nos trazendo mais perto de determinar se o planeta vermelho pode abrigar alguma forma de vida”, disse o administrador da agência, Charles Bolden.

Do G1, em São PauloA bela e aparentemente plana superfície lunar que observamos de nossas janelas é muito diferente da que os astronautas das missões Apollo viram quando passaram pelo lado oculto do satélite. A região que não conseguimos observar da Terra é montanhosa e possui uma crosta muito mais espessa. Agora, um estudo feito nos Estados Unidos propõe uma explicação para tamanha diferença: uma colisão com uma minilua teria causado a formação da cadeia de montanhas desse lado.

Por causa da relação entre as gravidades da Terra e a da Lua, a rotação lunar demora praticamente o mesmo tempo que ela leva para dar uma volta em torno da Terra. O resultado é que o satélite mostra sempre o mesmo lado para nós.


Ilustração mostra como teria ocorrido colisão entre as duas luas (Foto: Martin Jutzi and Erik Asphaug )

Uma das teorias que tentam explicar a origem da Lua indica que um objeto do tamanho de Marte teria colidido com a Terra logo no início da formação do Sistema Solar. Os detritos do encontro teriam formado a Lua.

Agora, os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz sugerem que uma outra lua, menor, teria se formado durante o mesmo evento. As duas teriam dividido a órbita até colidirem no lado oculto.

Os cientistas Erik Asphaug e Martin Jutzi fizeram simulações no computador para testar a explicação. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira (4) na revista especializada Nature.

Sonda detecta fluxo de água em Marte

Do G1, em São PauloA sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) encontrou evidências de que água corre em Marte durante períodos de calor, divulgou a agência espacial americana (Nasa) nesta quinta-feira (4) em um estudo publicado na revista especializada Science.As fotografias mostram estruturas escuras e compridas no solo marciano durante a primavera e o verão do planeta. No inverno, elas desaparecem e retornam na primavera seguinte.
“A melhor explicação até agora é o fluxo de água salgada”,

Imagem feita a partir de fotografias de satélite e modelos 3-D mostra as marcas feitas pelo fluxo de água em cratera de Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)

De acordo com os pesquisadores, o fluxo de água explica a formação das estruturas. Se ela for salgada, explica por que congela mais tarde do que seria esperado. Água pura congelaria na temperatura local, mesmo no verão.
A descoberta é o mais perto que os cientistas já chegaram de encontrar água líquida no planeta. Água congelada foi detectada perto da superfície em diversos pontos.

“O programa de exploração de Marte da Nasa continua nos trazendo mais perto de determinar se o planeta vermelho pode abrigar alguma forma de vida”, disse o administrador da agência, Charles Bolden.


Fotografias da MRO mostram evolução das marcas feitas ao longo das estações em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)

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