terça-feira, 21 de junho de 2011

Sonda da Nasa faz imagem de misteriosa lua de Saturno

Helene intriga cientistas por ter terreno relativamente plano.   Imagens foram feitas pela sonda Cassini no domingo (18).

Do G1, em São Paulo

Imagens feitas pela sonda Cassini e divulgadas nesta terça-feira (21) pela Nasa mostram a lua Helene, de Saturno. Ela intriga pesquisadores porque, apesar de suas crateras, tem seu solo bastante plano. (Foto: AP/Nasa)

Imagens feitas por telescópio em órbita do sol revelam detalhes do espaço

Da BBC - Desde que foi lançado, em 2003, o Telescópio Espacial Spitzer, da agência espacial americana (Nasa), tem registrado belas imagens do espaço. Em órbita ao redor do sol, o telescópio de US$ 800 milhões tem instrumentos que coletam radiação infra-vermelha emitida por nebulosas, estrelas e galáxias.

A galáxia Girassol, também conhecida como   Messier 63. (Foto: Nasa / JPL-Caltech)

Entre as mais recentes imagens captadas pelo Spitzer e divulgadas pela Nasa está a da nebulosa do "anel esmeralda".

O brilho verde do anel em torno da nebulosa RCW 120, localizada a 4,3 mil anos-luz da Terra, não pode ser visto pelo olho humano, mas representa a luz infravermelha vinda de minúsculos grãos de poeira chamados hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.


Nebulosa é mostrada em diferentes cores, visíveis ou resultado da interpretação da informação colhida em infravermelho pelo Telescópio Espacial Spitzer. (Foto: Nasa / JPL-Caltech)

Em outra imagem feita pelo Spitzer, é possível ver detalhes de um berçário de estrelas localizado dentro da constelação de Órion. Uma montagem feita com informações coletadas pelo telescópio Spitzer e pelo Galaxy Evolution Explorer também revelou três exemplos de colisões entre galáxias.
Inicialmente, esperava-se que o Spitzer operasse por apenas 30 meses, já que seus instrumentos precisavam ser resfriados por hélio líquido e os cientistas acreditavam que a substância acabaria em 2006.

Na verdade, o hélio do telescópio durou até maio de 2009, quando a maior parte de seus instrumentos teve de ser desligada. Uma câmera, no entanto, continua a operar e a registrar o universo em infravermelho.


Berçário de estrelas na constelação de Órion.
(Foto: Nasa / JPL-Caltech / Universidade de Toledo )

Museu de Astronomia do Rio promove evento para chegada do inverno

Você sabia que o Sol nem sempre nasce no Leste e se põe no Oeste? Que é possível ver as explosões no Sol? O Museu de Astronomia e Ciências Afins vai celebrar a chegada do inverno com atividades durante todo o dia 21 de junho. Os visitantes vão construir relógios, fazer observação das manchas solares e conhecer instrumentos raros e técnicas antigas utilizados para estudar o Sol. “O dia em que o Sol parou” terá toda a programação gratuita e acontecerá no Museu, a partir de 10 horas, na rua General Bruce, 586 - São Cristóvão

“O Solstício de Inverno, que marca a chegada da estação, acontece quando o Sol nasce e se põe no ponto mais afastado ao Norte dos Pontos Cardeais Leste e Oeste. Neste dia, ele para de se afastar para o Norte e volta a nascer e se por cada vez mais ao Sul. Aliás, Solstício significa Sol parado, em latim. É também neste dia que, no Hemisfério Sul, temos o dia mais curto e a noite mais longa do ano”, explica Eugênio Reis, astrônomo da Coordenação de Educação do MAST.
Com a observação do Sol durante este fenômeno é possível medir a hora exata. Pensando nisso, mediadores do Museu vão construir, junto com os visitantes, um relógio de Sol, onde as pessoas usarão a própria sombra para determinar o horário. Além disso, será possível medir o comprimento da sombra, ao meio-dia solar verdadeiro, de uma das miras fixadas no campus para determinar a declinação do Sol, a medida da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita. Neste período, é observada a maior sombra que um objeto pode projetar sobre a superfície da Terra durante todo o ano.
Em um telescópio especial, chamado Hidrogênio-alfa, quem for ao Museu poderá ver explosões solares. Os visitantes vão aprender também como funciona um Astrolábio, instrumento do Observatório Nacional (ON), recordista em observações do Sol e o último do seu tipo em funcionamento. Em português, o astrônomo italiano Constantino Sigismondi fará uma demonstração do funcionamento do instrumento, dando noções da medição do diâmetro solar.

Sérgio Boscardin, recém doutor em astronomia pelo ON, levará os visitantes para conhecer um Heliômetro, instrumento que mede o diâmetro do Sol e que foi construído por pesquisadores da instituição. Não existe outro instrumento igual a este no mundo e ele foi feito para aumentar a precisão na medição do diâmetro do Sol.

As linhas meridianas

Costantino Sigismondi, astrônomo italiano da Universidade de Roma, dará uma palestra, em português, sobre as linhas meridianas construídas em igrejas do século XV, que funcionam como gigantescos observatórios solares.

Os astrônomos desenhavam linhas retas no chão até o início do século XIX, orientadas para os pontos Norte e Sul do planeta, chamadas de linhas meridianas. O Sol entra por um orifício, localizado no alto da igreja, e ilumina, com um ponto circular, algum lugar no chão. Quando este ponto passa pela linha, é possível determinar a hora exata, inclinação do eixo da Terra e até comprovar da 1ª Lei de Kepler, das Órbitas Elípticas.

“Esta é a maneira mais antiga de estudar o Sol e possui uma precisão impressionante até mesmo hoje. Muitas igrejas e observatórios na Itália possuem linhas meridianas”, conta Sigismondi

Programação:

10h - Oficina de Construção de um relógio de Sol analêmico no campus do MAST.

Este modelo de Relógio de Sol possui uma escala de horas em formato de elipse e no centro da elipse uma outra escala, vertical, com os meses do ano. No Relógio de Sol analêmico, o gnômon (objeto que projeta a sua sombra para a marcação das horas) é qualquer pessoa que se posiciona na escala do centro da elipse. Ou seja, a pessoa faz parte do relógio e sua sombra indica a hora.

Observação do Sol e de manchas solares.
Observação o Sol através de filtros de mão, um telescópio Hidrogênio-alfa, onde é possível se ver a Cromosfera do Sol.

 
Visita à cúpula do Astrolábio Solar, com o astrônomo italiano Constantino Sigismondi.

O Astrolábio Solar do Observatório Nacional é o último de seu tipo ainda em funcionamento e o recordista em observações do Sol pelo Método das Alturas Iguais, desde 1997.

Visita à cúpula do Heliômetro com Dr. Sérgio Boscardin.

12h - Medida do comprimento da sombra de uma das miras ao meio-dia solar verdadeiro.

15h - Palestra: Linhas Meridianas nas Igrejas: uma historia de precisão desde 1475.

Astrônomo e historiador italiano Costantino Sigismondi, da Universidade de Roma

Essas linhas são instrumentos conhecidos como meridianas, e estão orientadas na direção Norte-Sul. O Sol passa por cima dessa linha quando atinge a sua altura máxima no céu. Por isso, tal passagem é designada como passagem meridiana do Sol e corresponde ao meio-dia solar verdadeiro.

A imagem do Sol é projetada sobre esta linha no chão através de um pequeno orifício no teto das igrejas e funcionam como gigantescos observatórios solares. Na história destas Linhas Meridianas está seu uso como relógios solares (para ajuste dos relógios mecânicos e do calendário), determinação da inclinação do eixo da Terra e até a comprovação da 1ª Lei de Kepler, das Órbitas Elípticas.

Serviço

Museu de Astronomia e Cinências Afins- MAST
Rua General Bruce, 586, São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ
Telefones: (21) 3514-5200

http://www.baixadafacil.com.br/

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