quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Por que ninguém viu 'bola de fogo' de energia similar à bomba atômica perto da costa do Brasil?

Da BBC

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Image captionExplosão "perto" da costa brasileira liberou energia equivalente a 13 mil toneladas de TNT
Na terça-feira, a Agência Espacial Americana, a Nasa, anunciou ter detectado a maior "bola de fogo" registrado na Terra desde 2013, com localização a pouco mais de mil quilômetros da costa do Brasil. O termo é usado para descrever meteoros de brilho incomum e, consequentemente, mas fáceis de serem visto.
Pouco se sabe sobre o evento, que até agora parece ter sido detectado apenas pela Nasa, como parte de um programa de mapeamento de asteroides - conhecido como NEO e que inclui uma rede de satélites militares previamente usado para monitorar testes nucleares.
Até porque a agência estima que o objeto tenha explodido a 31km de altura, em 6 de fevereiro. Pelos cálculos da agência, a explosão liberou o equivalente a 13 mil toneladas de dinamite, força de dimensões relativamente semelhantes à da bomba atômica.
O meteoro se desintegrou, mas algumas perguntas ficaram.

Quão perigoso foi o evento?

Segundo a Nasa, objetos espaciais com menos de 100m de extensão e feitos primariamente de rochas tendem a se romper em grandes altitudes ao entrar na atmosfera da Terra. Dados fornecidos pelos satélites americanos revelam que a maioria deles se desintegra sem sequer atingir o solo, o que explicaria por que muitas vezes não os vemos.
O problema são os asteroides compostos por metal, que podem resistir à entrada na atmosfera.
Mas a última vez em que um objeto causou danos significativos foi em 1908, quando um asteroide ou cometa medindo de 60m a 190m explodiu a cerca de 10km de altura sobre a região da Sibéria, na Rússia, liberando energia mil vezes maior que a da bola de fogo deste mês.
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Image captionTunguska, na Sibéria, teve área devastada por explosão em 1908
Felizmente, a explosão ocorreu sobre uma região pouquíssimo habitada na época. Não há relato de vítimas. Mas cientistas estimam que uma área de 2.000km quadrados (e 80 milhões de árvores) foi devastada pela energia liberada, e que as ondas de choque derrubaram pessoas a 60km do epicentro. O potencial, segundo astrônomos, seria suficiente para arrasar Londres e seus subúrbios, causando milhões de mortes.
A destruição poderia ser bem pior caso houvesse choque com a superfície: uma hipótese científica alega que o impacto de um meteoro possa ter sido responsável pela extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. Mas acredita-se que o objeto medisse pelo menos 10km de diâmetro.

Quais são as chances de impacto?

Astrônomos se fiam em estatísticas para estimar que asteroides de pelo menos 50m de diâmetro podem atingir a terra uma vez a cada século. Corpos com mais de 1km têm probabilidade de colidir com planeta uma vez a cada 100 mil anos. Ao mesmo tempo, segundo a Nasa, a Terra é constantemente atingida por asteroides - pelo menos 100 toneladas de objetos.
Mas a maioria deles é pequena demais para passar pela atmosfera terrestre. As "bolas de fogo" ocorrem pelo menos uma vez por ano.
E ainda não existe registro oficial de mortes por asteroides.
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Image captionMeteoros são mais comuns do que imaginamos

Podemos rastrear asteroides?

Existem diversas redes ao redor do mundo rastreando e catalogando possíveis ameaças espaciais. O programa NEO, da Nasa, por exemplo, iniciou em 1998 um inventário de rochas espaciais com diâmetro maior que 1km cuja órbita possa aproximá-los da Terra, mas desde 2005 o trabalho passou a englobar também asteroides a partir de 140m. O programa tem como objetivo encontrar 90% deles até 2020.
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Image caption"Bola de fogo" assustou tailandeses no ano passado
Mas a missão é árdua: em 2012, o asteroide BX34 passou a 61 mil km da Terra, uma distância considerada próxima em termos astronômicos. O objeto espacial tinha sido descoberto apenas DOIS dias antes.
A "bola de fogo" que explodiu sobre os céus da Rússia em 2013 e deixou 100 pessoas feridas não tinha sido detectada.

O que fazer se descobrirmos um objeto "endereçado" à Terra?

Uma estratégia já é conhecida por quem viu o filme Armagedon, com Bruce Willis: um asteroide pode ser desviado de seu curso com a explosão de uma bomba nuclear carregada por uma nave espacial.
O problema aqui é que a explosão poderia mandar pedaços múltiplos em direção ao planeta se algo desse errado. A Agência Espacial Europeia (ESA) tem um projeto conhecido como Dom Quixote, com o qual planeja colidir uma espaçonave com um asteroide e estudar os efeitos. Mas ainda não há cronograma para nenhuma missão.

Telescópio usado em 1º pouso lunar descobre novas galáxias

Da Reuter/g1.globo.com


Ilustração mostra galáxias encontradas na 'zona proibida' atrás da Via Láctea (Foto: ICRAR/Reuters)Ilustração mostra galáxias encontradas em 'zona de evasão' atrás da Via Láctea (Foto: ICRAR/Reuters)
Um telescópio australiano usado para transmitir imagens ao vivo dos primeiros passos do homem na lua em 1969 descobriu centenas de novas galáxias escondidas atrás da Via Láctea, empregando um receptor inovador que mede ondas de rádio.
Os cientistas do Telescópio Parkes, localizado 355 quilômetros a oeste de Sydney, disseram ter detectado 883 galáxias, um terço das quais jamais vistas antes. As descobertas foram relatadas na edição mais recente do periódico Astronomical Journal, com o título "A Pesquisa da Zona de Evasão Parkes HI".

"Centenas de novas galáxias foram descobertas, usando o mesmo telescópio que foi utilizado para transmitir imagens de TV da Apollo 11", disse Lister Staveley-Smith, professor do Centro Internacional de Pesquisas de Radioastronomia da Universidade do Oeste da Austrália.
"A tecnologia eletrônica do final do processo é substancialmente diferente, e é por isso que ainda podemos continuar a usar estes antigos telescópios", disse.
As descobertas ocorreram quando os cientistas investigavam as proximidades imediatas da região do Grande Atrator, uma anomalia gravitacional no espaço intergaláctico.
O radiotelescópio do Observatório de Parkes, em Nova Gales do Sul, na Austrália (Foto: CSIRO)O radiotelescópio do Observatório de Parkes, em Nova Gales do Sul, na Austrália (Foto: CSIRO)
O Grande Atrator parece estar atraindo a Via Láctea para si com uma força gravitacional equivalente a mais de dois milhões de quilômetros por hora.
Usar ondas de rádio permitiu aos cientistas perscrutarem a Via Láctea para além da poeira e das estrelas, que antes bloqueavam a vista dos telescópios, mostrou o estudo.
Staveley-Smith, principal autor do estudo, disse que os cientistas vêm tentando desvendar o misterioso Grande Atrator desde as primeiras descobertas de grandes distorções na expansão universal nos anos 1970 e 1980.
"É uma parte que falta no quebra-cabeças, que é a estrutura de nosso universo local", explicou Michael Burton, professor da Escola de Física da Universidade de Nova Gales do Sul. "Eles conseguiram penetrá-lo e completar o quadro que mostra o aspecto de nossa parte do universo".

Completata la mappa della Via Lattea

La zona meridionale del piano della Via Lattea (fonte: ESO/APEX/ATLASGAL consortium/NASA/GLIMPSE consortium/ESA/Planck)La zona meridionale del piano della Via Lattea (fonte: ESO/APEX/ATLASGAL consortium/NASA/GLIMPSE consortium/ESA/Planck)

Completata la mappa della Via Lattea, con la prima panoramica dettagliata della distribuzione dei gas freddi e delle regioni in cui stanno nascendo nuove stelle. L'ha ottenuta l'indagine Atlasgal con il telescopio Apex dell'Osservatorio meridionale europeo (Eso) in Cile, che ha mappato l'intero piano galattico visibile dall'emisfero australe. 

A coordinare il progetto, descritto sul sito dell'istituto, Leonardo Testi dell'Eso. Il telescopio Apex ha 12 metri di diametro e permette agli astronomi di studiare l'Universo freddo, quindi gas e polveri ad appena poche decine di gradi sopra lo zero assoluto. Grazie a queste sue capacita', i ricercatori sono stati in grado di ottenere una veduta dettaglia della distribuzione del gas freddo e denso nella maggior parte delle regioni di formazione stellare nella Via Lattea meridionale. 

Le mappe, ottenute integrando anche le osservazioni del satellite Planck dell'Agenzia spaziale europea, coprono un'area di cielo lunga 140 gradi e larga 3, quattro volte in piu' rispetto a quello delle precedente indagine Atlasgal. I dati ottenuti sono stati usati anche per fare un censimento completo delle nubi massicce e fredde in cui si stanno formando le nuove generazioni di stelle di grande massa e gli ammassi stellari. ''Abbiamo potuto lanciare uno sguardo nuovo al centro interstellare della Via Lattea - commenta Testi - e trasformare la nostra visione della formazione stellare. Si apre la possibilità di scavare in questo archivio di dati alla ricerca di nuove scoperte''.

www.ansa.it

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