quinta-feira, 29 de setembro de 2011

China lança nave experimental visando futura estação espacial

Foguete Long March com a nave Tiangong 1, antes da decolagem. (Foto: Petar Kujundzic / Reuters)
Do G1, com informações de agências internacionais* - A China lançou nesta quinta-feira (29) a nave experimental Tiangong 1 com o objetivo de avançar no projeto de construir uma estação espacial nacional.
O voo aconteceu às 10h16 (horário de Brasília), a partir de um centro de lançamentos em Jiuquan, cidade na província de Gansu, no centro-norte do país.
Conhecida também como "Palácio Celestial", a nave foi ao espaço com o foguete Long March 2FT1, sob olhares atentos do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao.
Falhas durante o lançamento de um satélite experimental no mês passado deixaram os cientistas da agência espacial chinesa apreensivos antes da decolagem.
No ano passado, a China lançou a segunda nave nacional para orbitar a Lua. O país foi o terceiro na história a conseguir colocar um astronauta para "caminhar" no espaço, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia.
O país compete com as duas potências espaciais e pretende colocar em 2012 um veículo para vasculhar a superfície da Lua. Já a estação espacial deverá pesar 60 toneladas quando pronta e deve começar a funcionar em 2020. Será um pouco menor que a Estação Internacional Espacial, que é coordenada por 16 países e exclui a China.

(*) Com informações das agências de notícias Reuters e France Presse

Galáxia solta bolhas de gás estelar em foto do Hubble

Do G1, em São Paulo -  As agências espaciais americana e europeia (Nasa e ESA) divulgaram nesta quinta-feira (29) uma imagem da galáxia Holmberg II onde pequenas bolhas de gás estelar são vistas – uma raridade no Universo só possível pelas características únicas dessa região do espaço. A fotografia foi feita pelo telescópio espacial Hubble.

Holmberg II é uma galáxia especial, formada por áreas de extensa formação estelar espalhadas em meio a pedaços de espaço completamente vazio que chegam a milhares de anos-luz. Classificada como “galáxia-anã”, ela não tem nenhum dos formatos mais comuns: em espiral, como a nossa Via Láctea, ou elíptica.

Bolhas de gás estelar são visíveis em rosa na imagem feita pelo Hubble divulgada nesta quinta-feira (29).
 (Foto: NASA & ESA)

Por isso, ela é considerada um “santuário” onde estruturas frágeis como as bolhas flagradas pelo Hubble podem ser preservadas.

Essas bolhas são restos de diversas gerações de estrelas que se transformaram em supernovas.

A imagem colorida é uma combinação de fotografias feitas pelo Hubble com suas câmeras de luz visível e de infravermelho.

Número de asteroides perto da Terra é menor do que previsto, diz Nasa

Do G1, em São PauloA Nasa anunciou nesta quinta-feira (29) que a população de asteroides próximos à Terra é menor que o previsto. A agência espacial norte-americana convocou uma coletiva para comentar o novo "censo", obtidas graças às observações do telescópio espacial Wise. Os dados do projeto serão divulgados na revista científica "Astrophysical Journal".

Os astrônomos afirmam que a comunidade científica internacional já conhece 93% dos asteroides com comprimento acima de 1.000 metros. São 911 objetos descobertos contra um total 981 estimados. Nenhum deles pode cair na Terra nos próximos séculos, segundo os especialistas.

Saber quem esses "gigantes" são e onde eles estão reduz as chances de um impacto com a Terra que não possa ser previsto pelos astrônomos. A Nasa acredita que todos os asteroides acima de 10 quilômetros - que poderiam acabar com a vida na Terra - são conhecidos e monitorados.

Mapa da Nasa mostra a população estimada de asteroides atual e a previsão antiga.
 (Foto: Nasa)

Durante o censo, a equipe do Wise considerou os astros que orbitam o Sol a uma distância de 195 milhões de quilômetros. Isso os torna próximos à Terra, que gira ao redor da estrela a aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Já os asteroides médios (entre 100 m e 1.000 m) também são menos frequentes do que se pensava. A Nasa afirma que existam apenas 19 mil deles perto da Terra, contra os 35 mil imaginados antes dos dados do Wise serem divulgados.

Mas ainda existem 15 mil a serem descobertos e caso um deles caia no lugar errado na Terra, existe a possibilidade de destruição de uma área metropolitana inteira.

"Menos não significa nenhum", afirma Amy Mainzer, a principal investigadora do Neowise, o projeto que fez o censo dos asteroides mais completo até hoje. "É como se fosse um censo de verdade, nós pegamos um pequeno grupo de pessoas e tiramos conclusões sobre todo um país."

A Nasa comemorou ter atingido uma meta definida no Congresso dos EUA em 1998, que obrigava a agência a descobrir onde estavam 90% dos asteroides maiores que frequentam a vizinhança terrestre. As informações providas pelo Wise atualizam um monitoramento que já dura 12 anos, antes realizado a partir de instrumentos na Terra.

O telescópio Wise já vasculhou duas vezes todos os céus ao redor de todos os pontos da Terra - entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2011. Foram vistoriados 585 asteroides próximos ao planeta durante o projeto. Entre Marte e Júpiter, o equipamento da Nasa observou 100 mil objetos - essa região do Sistema Solar possui um "cinturão" de asteroides.

Para objetos menores que 100 metros, os cientistas da Nasa afirmam que os dados do Wise não são confiáveis - os cientistas acreditam que 1 milhão deles existam perto da Terra. Mas, como vantagem, o instrumento é capaz de detectar objetos mesmo pequenos e distantes, pois detecta o calor que eles emitem.

Colisões de ‘superestrelas’ ajudam astrônomos a estudar a gravidade

Do G1, em São PauloA colisão de duas “estrelas de nêutrons” pode ajudar cientistas a estudar a aplicação da teoria da relatividade de Albert Einstein no espaço, segundo um estudo publicado na revista “Nature” nesta quinta-feira (29).

“Estrelas de nêutrons” são astros muito densos: têm uma massa equivalente à do nosso Sol, mas “apertada” em uma área muito menor, de cerca de 20 quilômetros. Elas se formam após o colapso de uma supernova.

Ilustração de uma estrela de nêutrons (Foto: Jacobs University Bremen)

Quando dois exemplares do tipo colidem no espaço o resultado é uma onda de choque de rádio que, segundo pesquisadores israelenses, pode ser estudada para avaliar os efeitos da gravidade no espaço. Isso porque a “batida” é um evento tão forte, tão energético, que é capaz de alterar o próprio “espaço-tempo”.

Os pesquisadores acreditam que a geração futura de telescópios pode ser capaz de analisar essa onda e ajudar a entender melhor como funciona a gravidade entre os corpos celestes.

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