Da BBC - A Nasa captou imagens espetaculares de uma cascata de raios magnéticos no Sol.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Cinco planetas se alinham no céu por um mês; saiba como ver raro fenômeno
Da BBC
Fanáticos por astronomia terão, a partir desta semana, uma oportunidade rara de acompanhar o alinhamento de cinco planetas.
É um evento bastante incomum, que começará nesta quarta-feira (20 de janeiro) e vai durar exatamente um mês, até 20 de fevereiro.
Pela primeira vez em 10 anos, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno poderão ser apreciados a olho nu, alinhados simultaneamente, entre o horizonte e a lua.
Considerando que a rotação em torno do Sol de cada planeta é diferente, esse é um fenômeno que pode ser considerado imperdível.
De acordo com o especialista Alan Duffy, da Universidade Swinburne, de Melbourne (Austrália), os planetas mais fáceis de serem vistos são Vênus e Júpiter.
"O grande desafio será Mercúrio", diz Duffy à publicação Australian Geographic.
Isso ocorre porque o planeta estará muito próximo ao horizonte, assim ele fica facilmente "escondido". Além disso, ele só aparece durante a madrugada.
As horas e os dias em que cada planeta podem ser vistos no céu variam conforme a localização na Terra.
A ordem da fila
O primeiro a aparecer será Júpiter. Devido ao seu brilho, será fácil de vê-lo, mesmo em áreas urbanas.
O Planeta Vermelho, Marte, virá em seguida; e Saturno estará mais abaixo, seguido de perto por Vênus.
O último será Mercúrio.
Especialistas de ambos os hemisférios, norte e sul, concordam que o melhor momento para ver os cinco alienhados é pouco antes do amanhecer.
O site Sky.org recomenda que, entre 27 de janeiro e 6 de fevereiro, as pessoas em todo o mundo usem a Lua como um guia para ver os planetas.
Os planetas estarão entre o satélite natural da Terra e o horizonte.
Alan Duffy recomenda procurar um horizonte aberto e um céu suficientemente escuro - cenário praticamente impossível de se encontrar em áreas urbanas.
Uma vez encontrado um lugar para observar o fenômeno, vale cruzar os dedos para que o céu e o horizonte estejam em condições ideais.
Astrônomo que 'matou' Plutão vê sinal de novo planeta no Sistema Solar
Astro seria 10 vezes mais maciço do que a Terra, com órbita de 15 mil anos.
Alinhamento de objetos além de Netuno seria 'rastro' trilhado pelo planeta.
Concepção artística de como seria o nono planeta (Foto: Reprodução/Youtube/Caltech)
Uma análise na órbita de objetos na periferia do Sistema Solar, na zona habitada por Plutão, sugere a existência de um planeta grande, do tamanho de Netuno, a uma distância até 200 vezes maior que aquela entre a Terra e o Sol.
Não é a primeira vez que um astrônomo propõe a existência de um "Planeta X", mas desta vez a alegação parte de um cientista altamente prestigiado no meio. Michael Brown, do Caltech, foi o primeiro a enxergar Sedna, o planeta-anão cuja descoberta culminou no rebaixamento de Plutão.
Em artigo científico publicado na edição desta quarta (20) do periódico "The Astronomical Journal", Brown apresenta os cálculos para sua alegação, realizados junto de seu colega Konstantin Batygin.
Segundo a dupla, a presença de um astro desse porte, com 10 vezes a massa da Terra, é a única maneira sensível de explicar o alinhamento de objetos observados no cinturão de Kuiper, a zona de planetas anões e pedregulhos gigantes que orbitam o Sol além de Netuno.
"Posições e planos orbitais dos objetos são confinados a um espaço restrito, e tal agrupamento possui uma probabilidade de apenas 0,007% de ocorrer por acaso", afirmam os cientistas no trabalho em que advogam a existência do novo astro. "A existência de um planeta assim explica a presença de objetos como Sedna, de grande periélio."
Brown já começou a usar o telescópio japonês Subaru, em Mauna Kea, no Havaí -- um dos maiores do mundo -- para tentar procurar o novo astro na zona orbital onde acredita que ele esteja. Sua órbita completa ao redor do Sol duraria cerca de 15 mil anos.
Por enquanto, esse é o único grande observatório engajado na busca. Astrônomos que comentaram o novo trabalho para revistas internacionais como "Science" e "Nature", porém, afirmam que as contas apresentadas no artigo são convincentes, e devem desencadear uma busca pelo novo planeta.
"É uma boa sacada, as estatísticas são favoráveis, mas é preciso ter muita cautela. A dupla usou seis objetos apenas e com esses seis a margem de confiança das simulações é boa, mas se forem acrescentados os demais objetos conhecidos, as simulações não garantem mais a existência de um novo planeta. Pesa também o fato de o satélite Wise ter procurado pelo tipo de planeta que eles afirmam que existe e não ter encontrado nada", avalia Cassio Barbosa, astrônomo e colunista do G1. "Descobrir esse planeta será um desafio para a próxima geração de telescópios, talvez nem mesmo o Subaru consiga ver alguma coisa. Brown tem a obsessão em descobrir um novo planeta. Que isso não o cegue diante das evidências em contrário apontadas pela academia. Mas certamente é a pessoa certa para esse trabalho".
Diagrama mostra ordem dos oito planetas no Sistema Solar (Foto: Nasa)
www.g1.globo.com
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