Encontro do órgão da ONU em Brasília termina nesta terça-feira. Herança astronômica foi estudada pela União Astronômica Internacional.
Do G1, em São Paulo
Tumba megalítica conhecida como 'Antas', encontrada em Portugal. São 177 monumentos na península ibérica, com orientações para todas as posições aparentes do Sol durante o amanhecer. As estruturas teriam sido erguidas 4.000 anos antes de Cristo. (Foto: I. Gomes / Flickr)
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), órgão ligado à ONU, endossa pela primeira vez um estudo sobre o patrimônio astronômico presente na Terra, conforme divulgado nesta terça-feira (3).
O anúncio foi feito durante o último dia da 34ª reunião do comitê sobre patrimônio mundial, realizado em Brasília desde o dia 25 de julho. O trabalho é de autoria da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) e do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, instituição da Unesco para análise de sítios culturais.
O estudo conta com uma série de artigos que narram exemplos de sítios históricos ligados à astronomia, alguns já presentes na lista de patrimônios mundiais ou no rol de tentativas nacionais já apresentadas à Unesco.
Desenvolvido como consequência do Ano Internacional da Astronomia, que contou eventos em 148 países durante o ano passado, o estudo tem como objetivo esclarecer a composição e a relevância da herança astronômica localizada em todo o planeta.
O documento lista as principais características que devem ser encontradas em um local para que ele seja considerado um sítio com patrimônios astronômicos. Servirá para a elaboração de dossiês de cada país interessado em eleger um sítio com patrimônio astronômico durante convenções futuras da Unesco sobre o tema.