sábado, 1 de janeiro de 2011

Céu de Janeiro

Principais constelações de Janeiro
Roteiro de observação

O céu, este mês, é característico do verão. Alta, para os lados do leste, notamos Orion, o caçador Órion (Ori), constelação símbolo da estação, onde brilham, bem no centro, as Três Marias. Ao sul de Orion estão Lepus, a Lebre (Lep) e Columba, a Pomba (Col). De Orion em direção ao noroeste vemos Taurus, o Touro (Tau), com seus dois aglomerados abertos de estrelas: Híades e Plêiades. Ao norte de Taurus situa-se Perseus, o herói Perseu (Per), formada por estrelas de fraco brilho, e a leste de Perseus encontra-se Auriga, o Cocheiro (Aur).

A nordeste, à meia altura, destaca-se Gemini, os gêmeos (Gem) e Cancer, o Caranguejo (Cnc). Para os lados do noroeste, Pegasus, o cavalo alado (Peg), constelação símbolo da primavera, domina o quadrante, parcialmente mergulhada no horizonte. Junto a Pegasus, próxima ao horizonte noroeste, está Andromeda, a Princesa Andromeda (And). A noroeste, à meia altura, vemos Aries, o Carneiro (Ari) e a pequenina constelação de Triangulum, o Triângulo (Tri).

De Orion em direção ao sudeste, avistamos Canis Major (CMa), o Cão Maior, um dos cães de caça de Orion . A leste de Orion estão Monoceros, o Unicórnio (Mon), e Canis Minor (CMi), o Cão Menor, o outro cão de caça do gigante caçador. A oeste de Orion, alta do céu, encontra-se Cetus (Cet), a Baleia, em excelentes condições de observação. Entre Cetus e Pegasus situa-se Pisces, os Peixes (Psc). A oeste de Cetus nota-se a constelação de Aquarius, o Aquário (Aqr), formada por estrelas de fraco brilho aparente, parcialmente mergulhada no horizonte.

A sudeste de Cetus avistamos Eridanus, o rio Eridano (Eri), grande constelação que se estende das proximidades de Orion em direção ao sul. Phœnix, a Fênix (Phe), Hydrus, a Hidra Macho (Hyi), e Tucana, o Tucano (Tuc), estão para os lados do sul junto a Eridanus.

Próximo ao horizonte sudoeste vemos o característico desenho de um número 1: é a parte principal da constelação de Grus, a Grou (Gru). Junto a Grus, avistamos a constelação de Piscis Austrinus, o Peixe Austral (PsA).

Junto ao horizonte sul-sudoeste observamos Pavo, o Pavão (Pav). Ao sul, vemos Apus, a Ave do Paraíso (Aps), e Octans, o Oitante (Oct), onde encontra-se a estrela polar do sul.

A sudeste, vemos a constelação de Carina, a Quilha do Navio (Car). Junto à Carina, estão Puppis, a Popa do navio (Pup), e Vela, as Velas da embarcação (Vel). Volans, o Peixe Voador (Vol), Dorado, o Dourado (Dor), e Reticulum, o Retículo (Ret), estão a oeste de Carina e são formadas por estrelas de fraco brilho aparente. Bem próximas ao horizonte sul-sudeste encontram-se Musca, a Mosca (Mus), e Crux, o Cruzeiro do Sul (Cru). A leste vão surgindo as primeiras estrelas de Hydra, a Hidra Fêmea (Hya).

resumo extraído de "Estrelas e Constelações - Guia Prático de Observação" de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim

OBSERVAÇÕES:
O mapa assinala o aspecto do céu visto ao longo deste mês, nos seguintes horários: início do mês às 21h 20min; meio do mês às 20h 40min; final do mês às 20h 00min. Junto ao círculo que delimita o mapa (e que representa o horizonte do observador) estão as direções dos quatro pontos cardeais e dos quatro colaterais, que devem estar orientados para os seus correspondentes na natureza; o centro do círculo é o Zênite, ponto do céu diretamente acima da cabeça do observador.

Os instantes fornecidos são para o fuso horário de Brasília.


Mapa com as principais constelações visíveis durante este mês
(clique na figura para ampliar)



Soho já descobriu 2 mil cometas com ajuda de astrônomos amadores

Do G1, em São Paulo - A agência espacial norte-americana (Nasa) informou que a nave Soho (Observatório Solar e Heliosférico, na sigla em inglês) já registrou a existência de 2 mil cometas no espaço, desde o lançamento em dezembro de 1995. Para atingir a marca, o instrumento da parceria entre Nasa e a agência espacial europeia (ESA) contou com a ajuda de astrônomos amadores na Terra, que analisam diariamente as informações enviadas à Terra.
Os últimos dois foram catalogados por Marcin Kusiak, um estudante de astronomia de uma universidade da cidade de Cracóvia, na Polônia no dia 26 de dezembro. Ele já encontrou mais de 100 cometas desde que começou a colaborar com a equipe do Soho, em 2007. Durante os 15 anos, cerca de 70 pessoas de 18 países já ajudaram no trabalho de registros dos astros.

De acordo com a Nasa, a Soho é a maior reveladora de cometas que existe. Após receber análises dos voluntários e confirmar as descobertas, a equipe responsável pela sonda envia os dados para catálogo no Minor Planet Center, em Cambridge, no estado norte-americano de Massachusetts. O local mantém um registro de corpos celestes pequenos e de suas respectivas órbitas.

Imagens divulgadas pela sonda espacial Soho permitem a descoberta de novos cometas no Sistema Solar. Até agora, 2 mil já foram catalogados graças às câmeras da nave e ao trabalho de astrônomos amadores, que analisam os dados divulgados publicamente. (Foto: Soho / Nasa / ESA)

Segundo Joe Gurman, um projetista da sonda do Instituto Goddard, da Nasa, as descobertas possibilita das pela Soho desde 1995 dobraram o número de órbitas conhecidas dos cometas na comparação com o que se conhecia nos últimos 300 anos. Nos primeiros dez anos de atividade, foram 1000 cometas descobertos. A outra metade foi revelada nos últimos cinco anos.

Originalmente criada para monitorar o Sol, a sonda fornece dados sobre cometas por meio de um instrumento chamado Lasco, que monitora a coroa solar, camada que reveste a estrela. Os voluntários estudam as imagens geradas pelas câmeras do dispositivo, que estão disponíveis para acesso público. O Lasco bloqueia a luminosidade da parte mais brilhante do Sol, permitindo a identificação de novos corpos celestes.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...