Representação artística mostra par de estrelas gigantes,
em que uma menor "vampiriza" sua companheira
(Foto: Divulgação/ESO)
Uma pesquisa da revista "Science" registrou dois fenômenos curiosos: a
existência de estrelas "vampiras", em que uma menor suga matéria da
superfície de sua companheira maior, e a comprovação de que astros de
grande massa não existem isoladamente, sendo identificadas quase sempre
aos pares. O estudo foi feito por astrônomos usando o Telescópio de
Grandes Proporções (VLT, na sigla em inglês), construído no Chile pelo
Observatório Europeu do Sul (ESO, na tradução do inglês), projeto do
qual o Brasil faz parte.
Até agora, os astrônomos pensavam que a existência de estrelas duplas
de grande massa eram uma exceção, algo necessário apenas para explicar
fenômenos exóticos. O estudo mostra que, para interpretar corretamente o
universo, elas precisam ser levadas em conta. As estrelas duplas não só
são comuns, mas sua existência é bem diferente de quando estão
isoladas, afirma a pesquisa.
O principal autor do estudo, Hughes Sana, da Universidade de Amsterdã,
aponta que as estrelas observadas têm 15 vezes ou mais a massa do Sol e
podem ser até um milhão de vezes mais brilhantes. Quase 75% destes
astros têm uma "companheira" próxima, segundo a pesquisa da revista
"Science".
A maior parte dos pares de astros interage de forma violenta,
transferindo massa de uma para outra. "Estas estrelas são autênticos
monstros", afirmou Sana para a revista. Elas "são tão quentes que
brilham com uma luz azul-esbranquiçada e têm temperaturas superficiais
que excedem 30 mil ºC".
"Vampiras"
As estrelas "vampiras" ocorrem em 40% a 50% dos casos de pares de astros gigantes, aponta o estudo. São casos em que um corpo celeste menor "rejuvenesce" ao sugar hidrogênio fresco de uma companheira maior. Sua massa aumenta substancialmente e faz ela sobreviver muito mais tempo do que uma estrela isolada com a mesma massa.
As estrelas "vampiras" ocorrem em 40% a 50% dos casos de pares de astros gigantes, aponta o estudo. São casos em que um corpo celeste menor "rejuvenesce" ao sugar hidrogênio fresco de uma companheira maior. Sua massa aumenta substancialmente e faz ela sobreviver muito mais tempo do que uma estrela isolada com a mesma massa.
A previsão é que um terço dos pares de estrelas gigantes vão se fundir, de acordo com a pesquisa.