quarta-feira, 30 de março de 2011

Planetário de Moscou se prepara para a reinauguração

Da EFE - "Proletária, proletário, vá e veja o planetário", escrevia há pouco mais de 80 anos o poeta soviético Vladimir Maiakovski, ao convidar os moscovitas para esse templo da astronomia, que se prepara para iniciar uma nova vida.

Após permanecer fechado durante 16 anos, o agora reconstruído planetário de Moscou se prepara para sua inauguração, que acontecerá em 12 de junho e que será, sem dúvida, um acontecimento na vida da capital russa.

Operários, decoradores e especialistas em informática e em iluminação dão os últimos retoques às novas instalações do planetário, cuja reconstrução custou mais de US$ 100 milhões.

O histórico edifício construtivista de cúpula acentuada abriu pela primeira vez suas portas ao público em 23 de setembro de 1929, para surpreender uma população que vivia as penúrias que seguiram a guerra civil no país.

As chamadas de Maiakovski nem eram necessárias: as filas que os soviéticos faziam para apreciar as profundezas do universo eram comparáveis com as que se formavam perante o mausoléu de Lênin, o líder da revolução bolchevique.
Entre 1960 e 1975 aspirantes a cosmonautas assistiam à conferências de astronavegação no planetário moscovita.

"O caminho a Baikonur começou aqui", afirmou o cosmonauta soviético Alexei Leonov, o primeiro homem a realizar uma "caminhada espacial", em uma conferência realizada no planetário.

A corrida pela conquista do espaço deu nova vida ao planetário, que na década de 1970 chegou a receber anualmente mais de um milhão de visitantes.


Planetário de Moscou fechado, em foto de 2008 (Foto: Mikhail Metzel/AP)

Reforma - Para ampliar o histórico edifício e dotá-lo de três andares, os engenheiros elevaram em seis metros o antigo primeiro andar sobre o qual fica a cúpula, de uma superfície interior de mil metros quadrados e sobre o qual um projetor de última geração mostrará imagens de alta resolução.

A reconstrução do planetário permitiu aumentar sua superfície em quase seis vezes, até os 17 mil metros quadrados.

Os três andares que, além do planetário, abrigam dois museus, um deles interativo, cafeterias e uma praça astronômica, com o maior relógio solar vertical da Europa, estão unidos por um espaço aberto onde se encontra instalado um pêndulo de Foucault.

Sua corda, de 16 metros, está fixada no topo de uma pirâmide situada no teto do edifício, e o pêndulo, de 50 quilos, oscila sobre um círculo de seis metros de diâmetro e mostra como a Terra viaja sobre seu eixo.

O museu do planetário guarda várias peças históricas, entre elas o enorme globo terrestre que ficava no escritório de Lavrenti Beria, o chefe do temível NKVD, o Ministério do Interior durante a época da ditadura de Joseph Stalin.

Não há na Rússia um centro de divulgação científica mais bem dotado tecnicamente que nosso planetário"Oxana Maltseva, diretora artísticaSegundo a gerência do planetário, suas renovadas instalações estão calculadas para receber mais de um milhão e meio de visitantes por ano e espera-se que 80% deles sejam crianças.

O preço da entrada oscilará entre 350 e 500 rublos (US$ 12 e US$ 17, respectivamente) e haverá um amplo sistema de descontos.

"Não há na Rússia um centro de divulgação científica mais bem dotado tecnicamente que nosso planetário", diz à Agência Efe Oxana Maltseva, diretora artística do local.

Inicialmente, a ideia era inaugurar o planetário em 12 de abril, o mesmo dia em que se completam 50 anos da façanha de Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar pelo espaço, mas os organizadores acabaram optando por esperar que todos os trabalhos se concluam para receber o público em plena forma.

"Pretendemos resgatar a tradição de círculos de astronomia, que começaram a operar no planetário em 1934 e formou uma galáxia inteira de importantes cientistas, engenheiros, físicos e astrônomos", diz Oxana.

Muitos deles, acrescenta, "amaram e chegaram à cosmonáutica graças ao planetário".

Sonda Kepler permite a astrônomos saber mais sobre estrelas vermelhas

Equipamento da Nasa é usado para detectar pequenas variações de brilho. Estudos podem ajudar a compreender como o Sol vai se extinguir.

Região entre as constelações de Cisne e Lira monitorada pela sonda Kepler, da agência espacial dos EUA
(Foto: Ames / JPL-Caltech / Nasa)

Do G1, em São Paulo - Dados da sonda Kepler - lançada ao espaço pela agência espacial norte-americana (Nasa) em 2009 para procurar por planetas fora do Sistema Solar – permitiram a astrônomos classificar estrelas gigantes vermelhas em duas categorias e conhecer mais sobre a natureza desses astros.

As gigantes vermelhas representam o envelhecimento de estrelas parecidas com o Sol. Após consumirem todo o hidrogênio presente no seus centros para produzir energia, esses astros passam a utilizar as camadas externas como fontes de combustível.

A estrela então passa a tentar consumir o hidrogênio das camadas mais externas até que todo o suprimento acabe. Sem átomos de hidrogênio para usar, em uma segunda fase, a estrela começa a “queimar” hélio para sobreviver.

Durante esta fase da vida, a estrela aumenta muito de tamanho, embora sua temperatura seja baixa na comparação com outras estrelas. O próprio Sol vai evoluir, daqui a 5 bilhões de anos, ao estágio de gigante vermelha, crescendo a ponto de engolfar os planetas mais próximos de sua órbita - até mesmo a Terra.

gora, conforme mostra estudo divulgado na revista "Nature", as observações da sonda Kepler - responsável por monitorar uma região no espaço entre as constelações do Cisne e da Lira - permitiram aos cientistas separar melhor essas duas fases de expansão estelar.

O trabalho da Kepler consiste em detectar mudanças sensíveis no brilho das estrelas. Essas alterações podem indicar a presença de planetas. O objetivo é encontrar mundos nos quais as condições naturais permitem o desenvolvimento da vida. É como se a sonda "caçasse" planetas parecidos com a Terra com características, entre outras, como a presença de água líquida na superfície.

Foto mostra 'mancha de sangue' em berçário de estrelas

Imagem foi divulgada pelo Observatório Europeu do Sul. 'Nuvem' vermelha de gás cerca o conjunto de estrelas chamado 'NGC 371'.

Do G1, em São Paulo - Uma imagem divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra uma região vermelha a 200 mil anos-luz de distância, marcada por uma "mancha de sangue" - na verdade, uma nuvem de gás hidrogênio que cerca um conjunto de estrelas chamado NGC 371.

O aglomerado fica dentro de uma galáxia vizinha à nossa Via Láctea conhecido como Pequena Nuvem de Magalhães. A olho nu, é uma mancha visível em locais com boas condições de observação do céu no hemisfério sul - sem poluição luminosa.

Trata-se de uma região onde estrelas são criadas constantemente. Boa parte do hidrogênio disponível no local é usado para a geração de novos astros luminosos e a "casca" vermelha do foto mostra os restos de gás ao redor de NGC 371.

Para captar a foto, os astrônomos utilizaram o Very Large Telescope (Telescópio Muito Grande, em tradução livre), equipamento localizado no Chile. A região em vermelho é possível de ser vista graças à radiação ultravioleta que vem das estrelas recém-nascidas.



A região de formação estelar NGC 371, com uma 'casca' vermelha ao seu redor (Foto: ESO)

Nasa divulga primeira imagem de Mercúrio enviada pela Messenger

Na última terça-feira, a Messenger capturou esta imagem histórica de Mercúrio, a primeira obtida de um satélite em órbita do planeta mais próximo do sistema solar. A Messenger fez mais 363 imagens antes de enviar alguns dados para a Terra. A equipe que trabalha no projeto do satélite está analisando essas informações.

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