quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Impacto de meteorito na Rússia foi maior do que se calculava, diz estudo

Análise de queda foi feita com base em vídeos publicados na internet.
Eventos deste tipo podem ser mais comuns do que se pensava.

Do G1, em São Paulo


O meteorito Chelyabinsk estava a 19 km por segundo no momento em que atingiu a atmosfera (Foto:  Andrea Carvey, Mark Boslough & Brad Carvey) 
O meteorito Chelyabinsk estava a 19 km por segundo no momento em que atingiu a atmosfera (Foto: Andrea Carvey, Mark Boslough & Brad Carvey)

Dois estudos publicados nesta quarta-feira (06) apontam que o impacto causado pelo meteorito que atingiu a Rússia em fevereiro deste ano foi ainda maior do que havia sido calculado e que a frequência de eventos deste tipo também pode ser maior do que se imaginava.

O artigo publicado na revista "Nature" calcula que a explosão do objeto na Terra foi de 500 quilotoneladas de TNT (trinitrotolueno), atrás apenas do objeto que caiu em Tunguska, na Sibéria, em 1908.

Os cálculos das propriedades do asteroide e de sua rota apontam que o meteorito estava a 19 km por segundo no momento em que atingiu a atmosfera. Sua massa era de 12 mil a 13 mil toneladas, maior e quase duas vezes mais pesado do que havia sido calculado em junho deste ano.

Quando chegou à altitude de 45 a 30 quilômetros, o objeto se partiu em pedaços e explodiu a 27 km do solo, emitindo gás e poeira.

As análises foram feitas a partir de vídeos publicados na internet, que foram gravados por pessoas que estavam perto no momento em que o meteorito atingiu a Terra.

Pela análise de sua trajetória e composição mineral – principalmente silicatos que formaram o Sistema Solar – os pesquisadores concluíram que antes de o asteroide atingir a Terra sua órbita era semelhante a de outro asteroide maior, de 2 km de diâmetro.

A pesquisa divulgada pela "Science" estima que o risco de um objeto similar atingir a Terra novamente pode maior do que havia sido estimado antes.

A partir de pesquisa global que analisou explosões aéreas de mais de um quilotonelada, os cientistas apontam que há uma quantidade maior de asteroides de 10 a 50 metros de diâmetros perto da Terra, o que aumenta as chances de um desses objetos impactá-la.

O estudo também afirma que o brilho do meteorito Chelyabinsk era 30 vezes mais intenso do que o brilho do Sol.
Foto fornecida pela polícia de Chelyabinsk mostra buraco de seis metros em um lago congelado, supostamente provocado pela queda de meteoritos, na região de Chelyabinsk. (Foto:  AFP / Chelyabinsk Region Police Department) 
Foto fornecida pela polícia de Chelyabinsk mostra buraco de seis metros em um lago congelado provocado pela queda de meteoritos, na região de Chelyabinsk.
 (Foto: AFP / Chelyabinsk Region Police Department)
 
Trilha de um meteorito é visto em Chelyabinsk, na Rússia, nesta sexta (15). O meteorito se desintegrou numa enorme onda de choque explosão, que quebrou vidros e deixou quase mil feridos, segundo as autoridades (Foto: AP/Chelyabinsk.ru) 
Trilha de um meteorito é visto em Chelyabinsk, na Rússia. O meteorito se desintegrou numa enorme onda de choque explosão, que quebrou vidros e deixou quase mil feridos, segundo as autoridades (Foto: AP/Chelyabinsk.ru)
 

Tocha olímpica de inverno é levada ao espaço

Ela foi levada pelo foguete Soyuz, que decolou para a ISS.
Tocha será levada durante caminhada espacial.

Do G1, em São Paulo

 

Soyuz decola rumo à ISS levando a tocha olímpica de inverno. (Foto: Dmitry Lovetsky / AP Photo) 
Soyuz decola rumo à ISS levando a tocha olímpica de inverno. (Foto: Dmitry Lovetsky / AP Photo)
 
 
A tocha olímpica de inverno está a caminho da Estação Espacial Internacional (ISS). Ela está a bordo do foguete Soyuz, que decolou nesta quinta-feira (7) do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

O voo deve durar pouco menos de seis horas. A "Soyuz olímpica" deve se acoplar à ISS por volta das 8h31, hora de Brasília, segundo o programado.

A espaçonave recebeu adesivos com o logotipo do comitê organizador das Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, que vão acontecer em fevereiro de 2014

A tocha está sob os cuidados de três astronautas: o japonês Koichi Wakata, o russo Mikhail Tyurin e o norte-americano Rick Mastracchio.

Ao chegarem no espaço, eles deverão entregar a tocha para os cosmonautas os russos Oleg Kotov e Sergey Ryazanskiy, que já estão na estação desde setembro. Os dois serão responsáveis por caminharem com a tocha do lado de fora da ISS.
 
Retorno
Depois da etapa inédita, a tocha retornará à Terra a bordo da cápsula Soyuz, desta vez acompanhada pelos astronautas Fiodor Iurtchikhin (russo), Karen Nyberg (americana) e Luca Parmitano (italiano), que estão no espaço há cinco meses. O retorno está previsto para 11 de novembro.

Após a aventura espacial, a chama olímpica visitará as profundidades do lago Baikal, na Sibéria, depois de já ter viajado ao Polo Norte, em uma viagem de 123 dias que começou em 7 de outubro em Moscou e terminará com a cerimônia de abertura dos Jogos, em 7 de fevereiro de 2014.

Tanto a bordo da Soyuz TMA-11M como na ISS foram adotadas precauções para não afetar a vestimenta dos astronautas. Assim, por razões de segurança, a chama ficará excepcionalmente apagada durante toda a missão espacial.


Foguete recebeu adornos que remetem às Olimpíadas de Inverno de Sochi, que acontecem em fevereiro na Rússia (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AP) 
Foguete recebeu adornos que remetem às Olimpíadas de Inverno de Sochi, que acontecem em fevereiro na Rússia (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AP)

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