sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nasa diz ter localizado evidências de quantidade 'importante' de água na Lua

Agência espacial divulgou hoje resultados de experiência com sonda.LCROSS promoveu choque duplo em cratera no polo sul lunar.

Do G1, com informações de agências internacionais

A concentração e distribuição de água e de outras substâncias requerem mais análise, mas podemos dizer com segurança que a Cratera Cabeus contém água"

A Nasa, a agência espacial americana, anunciou nesta sexta-feira (13) que localizou uma "importante" quantidade de água congelada na Cratera Cabeus, no polo sul da Lua. O dado foi obtido graças ao choque duplo promovido pela sonda LCROSS (sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) em 9 de outubro.

"A descoberta abre um nova capítulo em nossa compreensão da Lua", afirmou a Nasa em um comunicado.

A colisão, há pouco mais de um mês, levantou uma coluna de material do fundo de uma cratera que não recebe a luz do Sol por bilhões de anos. Os dados preliminares obtidos da análise desses materiais "indicam que a missão descobriu, com sucesso, água", afirmou a Nasa.

"Estamos muito entusiasmados", declarou Anthony Colaprete, cientista da equipe do projeto LCROSS no Centro Ames de Pesquisa da Nasa, em Moffett Field (Califórnia). "Muitas linhas de testes mostram que havia água presente tanto no vapor que se elevou em ângulo alto, como nos escombros projetados em ângulo mais baixo por causa do impacto da Centauro", acrescentou.

Busca de água na Lua tenta viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração lunar
"A concentração e distribuição de água e de outras substâncias requerem mais análise, mas podemos dizer com segurança que (a Cratera) Cabeus contém água", afirmou Colaprete.

Cabeus é uma cratera com alta concentração de hidrogênio. Foi escolhida porque tem o fundo relativamente plano e não tem rochas em seu interior que pudessem impedir o choque diretamente no fundo da cratera. A busca de água na Lua tenta viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração lunar.

Com informações da Agencia EFE e da France Presse

Sonda europeia 'pega impulso' em órbita da Terra para caçar cometa


A sonda espacial europeia Rosetta fez nesta sexta-feira sua terceira e última passagem próxima da Terra em uma manobra para conseguir impulso e um bom posicionamento para tentar interceptar um cometa perto do planeta Júpiter.

A Rosetta, projetada pela Agência Espacial Europeia, foi lançada em 2004 e já passou duas vezes perto da Terra (em 2005 e 2007) e uma vez perto de Marte. Nesta última passagem a sonda pegou mais velocidade, necessária para chegar até o cometa 67P/Churymov-Gerasimenko.

De acordo com a agência, a sonda Rosetta passou pela Terra a uma velocidade de cerca de 13,34 quilômetros por segundo, acima do Oceano Índico, ao sul da ilha de Java, na Indonésia na manhã desta sexta-feira. A distância mínima entre a sonda e a Terra foi de 2.481 quilômetros.

De acordo com o engenheiros da missão, a passagem próxima da Terra (e da gravidade do planeta) deu impulso à sonda e aumentou a velocidade da Rosetta em 3,6 km por segundo.

Esta última passagem próxima da Terra também serviu para que os cientistas avaliassem o estado de alguns dos instrumentos da sonda, por meio de observações que a Rosetta fez da Terra e da Lua.

A Agência Espacial Europeia informou que alguns dos instrumentos da sonda estão ligados desde o início de novembro para observações e para procurar água na Lua. A primeira série de imagens será divulgada ainda nesta sexta-feira.

O encontro com o cometa 67P/Churymov-Gerasimenko deve ocorrer apenas em maio de 2014, depois de uma viagem de sete bilhões de quilômetros.

Asteroide
Antes de seu encontro com o cometa, a sonda Rosetta deve passar próxima do asteroide Lutetia em julho de 2010. Depois desta passagem pelo asteroide, a jornada até o cometa deve tranquila e, na maior parte do tempo, a sonda deve viajar usando o modo de hibernação. Então, em 2014, a Rosetta deve entrar em órbita em volta do cometa, uma bola de gelo e poeira de quatro quilômetros de largura, e soltar um pequeno aparelho para pousar na superfície do cometa, chamado Philae.

Enquanto o cometa se move da parte mais distante para o centro do Sistema Solar, a radiação do Sol vai fazer com que o gelo do cometa se transforme diretamente do estado sólido para o gasoso. O material será ejetado em velocidades supersônicas.

A sonda Rosetta vai analisar estes eventos enquanto o cometa viaja a uma velocidade de até 135 mil quilômetros por hora.

Os cientistas querem estudar mais detalhadamente os cometas, pois eles poderiam conter materiais que não passaram por maiores alterações desde a formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos.

BBC

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