Especialistas explicaram o fenômeno de domingo (21) à imprensa local.
Rocha atingiu atmosfera a 130 mil km/h e se desintegrou.
Astrônomos argentinos confirmaram à imprensa local que a bola de fogo vista no céu do norte do país
na madrugada de domingo (21) era um meteoro. Além do clarão, o fenômeno
provocou um forte barulho e até pequenos tremores nas províncias de
Santiago del Estero, Chaco, Salta, Córdoba, Tucumán e Catamarca.
“À noite, é possível observar entre cinco e dez meteoros por hora, e em
geral são do tamanho de um grão de areia. O que aconteceu ontem
[domingo] foi um bólido de um tamanho maior. Uma rocha de 40 a 45
centímetros que ingressou [na atmosfera] a mais de 130 mil quilômetros
por hora”, afirmou Jorge Coghlan, diretor do Observatório Astronômico de
Santa Fé, em entrevista à Rádio Continental.
Segundo o astrônomo, o meteoro se desintegrou devido ao atrito com a
atmosfera – o que provocou o clarão e o estrondo. Por isso, mesmo se
tiver restado algum pedaço, será muito difícil localizá-lo. Pela
nomenclatura usada pelos cientistas, se algum pedaço for encontrado,
será chamado de meteorito; antes disso, a rocha em contato apenas com a
atmosfera recebe o nome de meteoro.
Mariano Ribas, coordenador da área de Astronomia do Planetário de Buenos Aires, afirmou que o meteoro do norte da Argentina tem uma semelhança com o que caiu na Rússia e deixou mais de mil feridos em fevereiro.
“A origem é semelhante, mas esse foi muito inferior a aquele, ainda que
daquela vez, pela força do impacto, só foi possível resgatar poucos
fragmentos do meteorito”, afirmou o cientista ao jornal “Clarín”.
Ao longo dos últimos dias, a Terra foi atingida por uma chuva de meteoros, que ocorre quando o planeta cruza a órbita de algum cometa e alguns fragmentos muito pequenos penetrem a