terça-feira, 4 de outubro de 2011

O céu este mês


Principais constelações de outubro
roteiro de observação

O céu, este mês, mostra-se característico da estação da primavera, simbolizada no firmamento pela constelação de Pegasus (o Cavalo Alado). Entretanto, iniciaremos nossa observação com a a constelação de Scorpius, o Escorpião (Sco), símbolo do inverno, que se encontra próxima ao horizonte oés-sudoeste (OSO). Junto à cauda de Scorpius situa-se Sagittarius, o Sagitário (Sgr). Na direção dessa constelação é que está o centro de nossa galáxia. Próxima ao horizonte sudoeste (SO) localiza-se a constelação de Lupus, o Lobo (Lup).

Ao sul de Scorpius vemos Ara, o Altar (Ara), Apus, a Ave do Paraíso (Aps), Norma, o Esquadro (Nor) e Octans, o Oitante (Oct), onde encontra-se a estrela polar do sul. A constelação de Triangulum Australe, o Triângulo Austral (TrA), utilizada para processos noturnos de orientação no campo, encontra-se para os lados do sul-sudoeste(SSO). Nessa direção vemos, também, as últimas estrelas de Centaurus, o Centauro (Cen). Ao sul, altas no céu, observamos Pavo, o Pavão (Pav) e Tucana, o Tucano (Tuc).
Junto ao horizonte oeste estão Ophiuchus, o Serpentário (Oph) e parte de Serpens, a Serpente (Ser). Dominando o quadrante noroeste, próxima ao horizonte, está a constelação de Lyra, a Lira (Lyr). A nor-noroeste (NNO) encontra-se Cygnus, o Cisne (Cyg), que situa-se em plena faixa da Via Lactea. Ao sul de Lyra e Cygnus estão Aquila, a Águia (Aql), Sagitta, a Flecha (Sge) e Delphinus, o Golfinho (Del). Entre Aquila e Cygnus situa-se a pequena constelação de Vulpecula, a Raposinha (Vul).

Capricornus, o Capricórnio (Cap), encontra-se na região mais alta do céu, para os lados do oeste. A sudeste de Capricornus vemos o característico desenho de um número 1: é a parte principal da constelação de Grus, a Grou (Gru). A leste de Capricornus avistamos a constelação de Piscis Austrinus, o Peixe Austral (PsA).

À meia altura, para os lados do sudeste (SE), notamos as constelações de Phœnix, a Fênix (Phe), Hydrus, a Hidra Macho (Hyi), além das estrelas de Eridanus, o rio Eridano (Eri). Do alto do firmamento em direção ao leste avistamos as constelações de Aquarius, o Aquário (Aqr) e Pisces, os Peixes (Psc), formadas por estrelas de fraco brilho além de Cetus, a Baleia (Cet).

Para os lados do nordeste, próxima ao horizonte, eleva-se Aries, o Carneiro (Ari). Junto a Aries está a pequenina constelação de Triangulum, o Triângulo (Tri). A nordeste (NE), alta no céu, notamos Pegasus, o cavalo alado (Peg), constelação associada às noites amenas da primavera. Andromeda, a Princesa Andromeda (And), eleva-se, também, a nordeste.
resumo extraído de "Estrelas e Constelações - Guia Prático de Observação"  de autoria de Paulo G. Varella e Regina A. Atulim

OBSERVAÇÕES:
marcador
O mapa assinala o aspecto do céu visto ao longo deste mês, nos seguintes horários: início do mês às 21h 20min; meio do mês às 20h 40min; final do mês às 20h 00min. Junto ao círculo que delimita o mapa (e que representa o horizonte do observador) estão as direções dos quatro pontos cardeais e dos quatro colaterais, que devem estar orientados para os seus correspondentes na natureza; o centro do círculo é o Zênite, ponto do céu diretamente acima da cabeça do observador.
marcador
Os instantes fornecidos são para o fuso horário de Brasília.
mapa com as principais constelações visíveis durante este mês
clique na figura para ampliar


Nasa seleciona nova turma de astronautas a partir de novembro

 

Somente cidadãos norte-americanos podem se inscrever. Grupo será treinado a partir de 2013.

Do G1, em São Paulo -  A Nasa, vai abrir seleção para uma nova turma de astronautas. Os currículos serão recebidos já a partir de novembro e os testes vão até 2013. Em agosto daquele ano, os escolhidos vão começar o treinamento.
Os candidatos precisam ter formação em engenharia, ciência ou matemática e três anos de experiência profissional relevante. Somente cidadãos norte-americanos podem se inscrever no processo. Normalmente, os selecionados têm grande qualificação em engenharia ou ciência, ou ainda grande experiência em pilotagem de jatos.
“Esta próxima turma vai dar suporte a missões na estação e vai chegar lá com os sistemas de transporte que estão em desenvolvimento agora. Vão ter também a oportunidade de participar de programas de exploração da Nasa que vão incluir missões para além da órbita baixa da Terra”, afirmou Janet Kavandi, diretora das operações de tripulação do Centro Espacial Johnson, em Houston.
Desde 1959, quando os “sete originais” foram escolhidos, a Nasa já formou mais de 20 turmas de astronautas. A última delas foi treinada em 2009.

Trio recebe Nobel de física por provar aceleração da expansão do Universo

Três astrônomos norte-americanos foram escolhidos na categoria.   Pesquisas com supernovas renderam o prêmio aos pesquisadores.

Do G1, em São Paulo -  Os cientistas norte-americanos Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt receberam o Nobel de física de 2011 por pesquisas que mostraram que a expansão do Universo está acelerando. Os estudos feitos nos anos 1990 se basearam na observação da luz de supernovas - explosões que marcam o fim da vida de estrelas com muita massa.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (4) no Instituto Karolinska em Estocolmo, na Suécia.

O fato de que o Universo está se expandindo já era conhecido desde a década de 1920. O trio, no entanto, descobriu que essa expansão está acelerando -- e não desacelerando, como era anteriormente esperado.

Os ganhadores do Nobel de física 2011: Saul Permutter, Adam Riess e Brian Schmidt
 (Foto: Permutter e Riess: AFP; Schmidt: Divulgação)

"A partir de seus estudos, eles descobriram que a taxa de expansão do Universo está acelerando. Essa conclusão veio como uma enorme surpresa para os cientistas", disseram os membros do comitê do Nobel.

Durante o anúncio, os apresentadores do prêmio mostraram que 95% da energia estimada no Universo não tem origem conhecida. "Consiste de objetos que nós não sabemos nada a respeito. Essa descoberta é um marco para os estudantes de cosmologia."
Sobre a expansão, o comitê da premiação afirma que o Universo teria dobrado de tamanho nos últimos 5 bilhões de anos - mesma idade do nosso Sistema Solar. Para demonstrar a rapidez do "crescimento", os premiados analisaram a luz de supernovas distantes e próximas.
Para o comitê, as pesquisas realizadas pelo trio também mostram como equações da teoria da relatividade geral, a principal teoria desenvolvida pelo físico alemão Albert Einstein em 1915, estão corretas.
Além da notoriedade, o Nobel rende também um prêmio em dinheiro de 20 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 5,4 milhões. Saul Perlmutter receberá metade desse valor, enquanto Schmidt e Riess irão dividir a outra metade - ambos são membros do mesmo projeto, o High-z Supernova Search Team.

Palavra do premiado
Contatado pela Fundação Nobel por telefone, Brian Schmidt, atualmente trabalhando na Austrália, disse que não esperava o prêmio. "É uma dessas coisas que a gente pensa que nunca vai acontecer", disse ele em coletiva.

É como se meus filhos tivessem nascido, estou fraco nos joelhos"
Brian Schmidt, Nobel de física
de 2011
O cientista diz que dará uma aula amanhã exatamente sobre o assunto que lhe rendeu o Nobel. "É como se meus filhos tivessem nascido, estou fraco nos joelhos", disse o astrônomo, que trabalha na Universidade Nacional da Austrália.

Saul Perlmutter é membro da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos. Adam Riess integra a equipe de cientistas da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, também em solo norte-americano.

Ainda nessa semana serão conhecidos os vencedores dos prêmios de química, literatura e da paz. Na segunda-feira (10), será conhecido o vencedor na categoria economia.

Na última segunda-feira, o Instituto Karolinska anunciou três cientistas como vencedores do Nobel de medicina de 2011: o francês Jules Hoffman, o norte-americano Bruce Beutler e o recém-falecido canadense Ralph Steinman, que continua como recebedor do prêmio.

Entenda o prêmio de física
A história da expansão do Cosmos começou com o trabalho de cientistas como Edwin Hubble - o mesmo que depois virou o nome do telescópio. Eles conseguiram mostrar, por meio de observações, que o Universo estava aumentando de tamanho.

Para crescer, o Universo precisa ter energia, que os astrônomos acreditavam vir somente de matéria -- aquilo que está em objetos como nós, as árvores, os planetas e as estrelas. Toda a matéria disponível no Cosmos, no entanto, não é suficiente para acelerar a expansão. Pela teoria, ela ainda ocorreria, mas mais devagar, "brecada".

Os três cientistas escolhidos para receber o Nobel de física de 2011 mostraram, por observações, que o crescimento do Universo não só existe como está sendo acelerado a cada momento.

Como eles provaram isso? Observando a luz de estrelas com muita massa e que explodiram a uma distância tão grande que a luz levaria 6 bilhões de anos para atravessar. Essas explosões são conhecidas como supernovas.

A análise dos dados colhidos a partir dessas explosões levou o trio a concluir que a aceleração existe. Uma das explicações propostas para ala é a existência da energia e da matéria "escura", impossível de ser vista ou detectada a não ser pela sua interação com a matéria vísivel, a que nos cerca no dia a dia.

Segundo os astrônomos, somente 4% do Universo deve ser feito de átomos como os que estão nos humanos, nos animais e nas estrelas. Todo o resto seria feito de energia escura (73%) e matéria escura (23%).

Os cientistas ainda não sabem exatamente o que a matéria e a energia escura são, mas conseguem medir a influência delas na expansão do Universo. Pelo menos é isso que suas observações apontam.

Os trabalhos do trio norte-americano ainda estão em pleno acordo com as previsões feitas por Albert Einstein e sua teoria da relatividade geral. Elas poderão salvar, inclusive, uma parte da pesquisa do físico alemão que era tida como um erro até mesmo pelo próprio Einstein: a "constante cosmológica", um recurso usado pelo cientista para tentar fazer suas contas que apontavam um Universo em expansão fazerem sentido com apenas a matéria visível disponível.

Antes de morrer, em 1953, Einstein reconheceu a constante cosmológica como um erro. Ele também admitiu que o Universo, de fato, estava se expandindo.

Agora, em 2011, o Nobel reconhece três cientistas que podem usar a constante cosmológica para provar o aumento do Universo. Diferente da ideia inicial de Einstein, mas salvando um conceito que era tido como errado há mais de meio século.

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