Segundo Agência Espacial Brasileira, produção do satélite já foi iniciada.
Projeto foi adiantado após fracasso no lançamento do Cbers-3.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) confirmou para a primeira quinzena
de dezembro o lançamento do Cbers-4, o quinto Satélite Sino-Brasileiro
de Recursos Terrestres feito em parceria entre Brasil e China. O
equipamento teve sua produção adiantada após o fracasso na tentativa de
enviar ao espaço o Cbers-3, em dezembro passado.
De acordo com a AEB, a montagem já é feita desde dezembro de 2013 na China e no Brasil. O Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), é o responsável pela produção nacional do material.
De acordo com a AEB, a montagem já é feita desde dezembro de 2013 na China e no Brasil. O Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), é o responsável pela produção nacional do material.
O Cbers-4 terá o mesmo formato e mecanismos do Cbers-3, com
modernização da tecnologia das câmeras de observação da Terra, segundo a
AEB. O equipamento deve ser concluído em setembro e transportado para a
base de lançamento chinesa em outubro, localizada na província de
Sanxi, a 700 km de Pequim.
Apesar do corte sofrido de 10% no orçamento da agência brasileira –
caiu de R$ 345 milhões em 2013 para R$ 310 milhões em 2014 – o
investimento no novo satélite deve permanecer o mesmo aplicado no
Cbers-3, cerca de R$ 160 milhões. A participação na construção permanece
dividida em 50% para a China e 50% para o Brasil.
O equipamento tem o objetivo de captar imagens que serão usadas pelo
governo brasileiro para monitorar os setores agrícola, florestal, e no
controle do meio ambiente.
Satélite Cbers-3 no Laboratório de Integração e
Testes (LIT) em São José dos Campos (SP)
(Foto: Divulgação/Inpe)
(Foto: Divulgação/Inpe)
Falha em foguete
O Cbers-3 foi lançado no dia 9 de dezembro, mas uma falha em um dos estágios do foguete chinês Longa Marcha 4B prejudicou o equipamento, que não alcançou velocidade e altura suficientes para orbitar a Terra e, por isso, retornou ao planeta. Ele foi destruído ao entrar na atmosfera.
O Cbers-3 foi lançado no dia 9 de dezembro, mas uma falha em um dos estágios do foguete chinês Longa Marcha 4B prejudicou o equipamento, que não alcançou velocidade e altura suficientes para orbitar a Terra e, por isso, retornou ao planeta. Ele foi destruído ao entrar na atmosfera.
Em entrevista concedida ao G1 no fim do ano passado,
Petrônio Noronha de Souza, diretor da AEB, informou que a falha foi
fortuita e não afetaria o programa espacial do país. Segundo Souza, além
do Cbers-4, outras duas etapas consideradas importantes dentro do
cronograma do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) seriam prioridades
em 2014.
São elas: a montagem e funcionamento do modelo elétrico, que é a
reprodução fiel do foguete, mas sem o combustível, prevista para o
segundo semestre deste ano, e a certificação comercial do sistema de
navegação do foguete. Para o diretor da AEB, as metas abrem caminho para
que o VLS seja completado.
Em encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e
Cooperação (Cosban), ocorrido no fim do ano passado, o Brasil e a China
confirmaram ainda a produção de um sexto satélite dentro do Programa
Cbers.
O molde do Cbers-5 já está em desenvolvimento e o lançamento está previsto para acontecer em 2017. O valor do projeto ainda não foi fechado.
O molde do Cbers-5 já está em desenvolvimento e o lançamento está previsto para acontecer em 2017. O valor do projeto ainda não foi fechado.
Orçamento enxuto
Em 2013, o montante destinado ao desenvolvimento do lançador de foguetes e a produção e pesquisa de novos satélites no Inpe foi de R$ 345 milhões. Em 2014, a verba diminuiu em R$ 30 milhões e o valor atual fixado para gastos é de R$ 310 milhões.
Comparativamente, o dinheiro destinado no ano passado à agência espacial americana, a Nasa, principal hub aeroespacial do planeta, foi de R$ 41,2 bilhões. A agência chinesa, que vem ganhando destaque nos últimos tempos com megaprojetos, como uma estação espacial própria, investiu neste ano o montante de R$ 4,6 bilhões.
A Índia, outro país que luta para combater a pobreza ao mesmo tempo em que almeja consolidar-se como potência global, investiu R$ 2 bilhões em seu programa espacial.
Em 2013, o montante destinado ao desenvolvimento do lançador de foguetes e a produção e pesquisa de novos satélites no Inpe foi de R$ 345 milhões. Em 2014, a verba diminuiu em R$ 30 milhões e o valor atual fixado para gastos é de R$ 310 milhões.
Comparativamente, o dinheiro destinado no ano passado à agência espacial americana, a Nasa, principal hub aeroespacial do planeta, foi de R$ 41,2 bilhões. A agência chinesa, que vem ganhando destaque nos últimos tempos com megaprojetos, como uma estação espacial própria, investiu neste ano o montante de R$ 4,6 bilhões.
A Índia, outro país que luta para combater a pobreza ao mesmo tempo em que almeja consolidar-se como potência global, investiu R$ 2 bilhões em seu programa espacial.
Questionado à época sobre o orçamento enxuto do Brasil, o diretor da
AEB reconheceu que o valor não é suficiente para bancar todos os
investimentos do setor, mas que agência entendia que "suas aspirações
devem ser conciliadas a outras prioridades nacionais".
Cbers-4 terá o mesmo formato e mecanismos que tinha o Cbers-3 (acima) (Foto: Divulgação/Inpe)