terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Curiosity detecta local em Marte que pode ter abrigado lago com micróbios



Rochas sedimentares com granulações sugerem presença de lago.
Local seria propenso a hospedar microrganismos procariotas, diz estudo.

Do G1, em São Paulo

A área de Yellowbayknife Bay, em Marte, pode ter abrigado lago com micróbios (Foto: NASA/JPL-Caltech) 
A área de Yellowbayknife Bay, em Marte, pode ter abrigado lago com micróbios
 (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Novos dados do robô Curiosity da Nasa (agência espacial americana) mostram que o planeta vermelho chegou a abrigar um antigo lago que seria, por suas condições, capaz de acolher micróbios. O local em que a possível presença de um antigo lago foi detectada foi a Cratera Gale, lugar de pouso do robô. Ele foi guiado para investigar uma anomalia térmica em uma calha de cinco metros de profundidade chamada Yellowknife Bay.

Segundo estudo liderado por John P. Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, este antigo lago teria sido capaz, em outra época, de abrigar bactérias autótrofas (que não dependem de compostos orgânicos para se alimentar) que quebram rochas e minerais para obter energia. Na Terra, esses seres podem ser encontrados em cavernas e fontes hidrotermais.

Os pesquisadores chegaram à conclusão porque o Curiosity detectou a presença de rochas sedimentares com granulações, o que sugere que uma vez houve um lago ali por dezenas, senão centenas de milhares de anos.

O estudo, publicado na edição desta segunda-feira (9) na revista "Science Express", diz que este lago teria acidez relativamente neutra, baixa salinidade e elementos biológicos, como carbono, hidrogênio, enxofre, nitrogênio e fósforo. As características, segundo os pesquisadores, são propensas à hospedagem de ampla gama de microrganismos procariotas (sem núcleo celular organizado).

O Curiosity posou em Marte em agosto de 2012, para missão de dois anos em busca de provas de vida no planeta vermelho.

Cientistas simulam clima da Terra Média da saga 'O Senhor dos Anéis'

Da France Presse

 

Mapa mostra cidades da Terra-Média como Valfenda e Dol Guldur (Foto: Reprodução/Google) 
Mapa mostra cidades da Terra-Média como Valfenda e Dol Guldur (Foto: Reprodução/Google)
 
 

Os países dos Hobbits seriam adaptados para a grama? Os orcs sofreriam com ondas de calor? Cientistas britânicos tiveram a curiosa ideia de passar a Terra Média criada pelo escritor britânico J.R.R. Tolkien pelo filtro dos mais recentes modelos climáticos.

Enquanto o segundo capítulo da adaptação de "O Hobbit", de Peter Jackson, estreia esta semana nas telas de cinema de todo o mundo, os climatologistas da Universidade de Bristol publicaram suas descobertas em um estudo assinado pelo feiticeiro Radagast, o Castanho, "provavelmente o primeiro especialista em meio ambiente", segundo eles.

Com base nos mapas desenhados por Tolkien (1892-1973) e extensivamente desenvolvidos desde então, os pesquisadores injetaram a geografia da Terra Média em modelos de computador do mesmo tipo que os utilizados para a nossa boa e velha Terra pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a rede científica criada sob a égide da ONU há 25 anos.

Parece que o Condado, terra de Bilbo, Frodo, Sam e de outros hobbits, teria um clima leve e temperado muito similar com o encontrado no centro-oeste da Inglaterra. Quanto a Mordor, domínio do terrível e maléfico Sauron, apresenta muitas semelhanças com Los Angeles e o Texas ocidental.

"Mesmo sem considerar a influência nociva de Sauron, Mordor tinha um clima hostil, quente e seco, com pouca vegetação", conclui Radagast, o Castanho.

Casa de hobbit na Nova Zelândia (Foto: Hobbiton)Casa de hobbit na Nova Zelândia (Foto: Hobbiton)
Dragões, orcs e feiticeiros

O mago também nota de passagem que "grande parte da Terra Média seria coberta por uma densa floresta se a paisagem não tivesse sido alterada pela dragões, Orcs e feiticeiros". E, de acordo com ele, os Elfos escolheram os Portos Cinzentos para zarpar para o oeste por que os ventos lhes eram favoráveis.

"Os modelos climáticos são baseados em processos científicos básicos, então podemos não apenas utiliza-los para a nossa Terra atual, mas também adapta-los facilmente para qualquer planeta, real ou imaginário", assegura em um comunicado Richard Pancost, diretor do Instituto Cabot da Universidade de Bristol, que deu origem a este exercício.

Este estudo insólito também se diverte em comparar o clima da Terra Média com o da nossa Terra, hoje e como era na época dos dinossauros, há 65 milhões anos. "Isso é uma brincadeira, mas há também um lado sério. Grande parte do nosso trabalho em Bristol é usar modelos climáticos para simular e compreender o clima do passado do nosso planeta" e prever melhor a sua evolução futura, assegura Dan Lunt em um comunicado.

O modelos climáticos sobre a obra de Tolkien foram realizados em computadores da Universidade de Bristol, mas "não receberam nenhum financiamento e foram realizadas por autores em seu tempo livre", garante a universidade.

Para os fãs de Tolkien ou curiosos, os cientistas chegara a publicar uma versão do estudo traduzido em alfabeto élfico (http://www.bristol.ac.uk/news/2013/10013-elvish.pdf) e um outro em runas dos anões (http://www.bristol.ac.uk/news/2013/10013-dwarfish.pdf).

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...