quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sonda da Nasa encontra gás hélio na superfície da Lua

Descoberta confirma resultados obtidos por astronautas da Apollo 17.
Cientistas não sabem de onde vem o gás encontrado.

Do G1, em São Paulo
Fenômeno do ‘Supermoon’ acontece na noite deste sábado (5) (Foto: Laboratório Nacional de Astrofísica de Itajubá) 

A Lua mostra sempre a mesma face para a Terra
 (Foto: Laboratório Nacional de Astrofísica de Itajubá)
Cientistas que trabalham com a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da Nasa, informaram que encontraram o gás nobre hélio na rarefeita atmosfera da Lua. A descoberta confirma dados recolhidos por um experimento feito em 1972 na superfície do satélite pelos astronautas da Apollo 17.

O objetivo principal dos pesquisadores envolvidos é mapear o lado “oculto” da Lua. Por causa da interação entre as gravidades da Terra e da Lua, o satélite demora praticamente o mesmo tempo para girar em torno de seu eixo e para dar uma volta em torno do nosso planeta. É por isso que nós vemos sempre o mesmo lado da Lua. Os únicos seres humanos que já observaram o lado de lá são os astronautas que viajaram nas missões Apollo.

No entanto, o grupo de cientistas expandiu a missão para analisar também a atmosfera do satélite – tão fina que é quase inexistente. Em estudos anteriores, eles já tinham detectado a presença de hidrogênio, argônio e mercúrio no local.

Segundo Alan Stern, líder da equipe, resta saber agora se o gás hélio tem sua origem na própria Lua ou se foi levado até ela por ventos solares.

Ilustração mostra como é a sonda lunar LRO (Foto: Nasa)

Ilustração mostra como é a sonda lunar LRO (Foto: Nasa)

Estudo conclui que Sol é 'o objeto natural mais redondo já medido'

Pesquisa mostrou ainda que formato do astro varia menos que o esperado.
Astrônomo brasileiro integrou a equipe que fez a descoberta.

Tadeu Meniconi Do G1, em São Paulo

Uma equipe internacional de cientistas, com a participação de um astrônomo brasileiro, revelou que o Sol é “o objeto natural mais redondo já medido”. O estudo que chegou à conclusão foi publicado nesta quinta-feira (16) na edição online da prestigiada revista “Science”.

Além disso, eles descobriram que o formato e o tamanho do Sol são constantes, o que é uma novidade. O Sol tem ciclos de 11 anos, em que seu campo magnético sofre variações. Até esse momento, os astrônomos acreditavam que o formato da estrela também passava por alterações, mas o atual estudo mostrou que isso não acontece.

Imagem do Sol obtida pelo SDO e usada no estudo (Foto: Nasa/SDO)

Imagem do Sol obtida pelo SDO e usada no estudo (Foto: Nasa/SDO)
A nova medição foi feita com dados obtidos pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), um satélite da Nasa que fica na órbita da Terra. De lá, não sofre influência da atmosfera da Terra, que distorce toda luz que passa por ela. Essa é, portanto, a medida mais precisa já feita da forma do Sol.

O Sol tem um formato elíptico, assim como a Terra. No entanto, a Terra tem uma diferença considerável no tamanho de seu raio em relação ao Equador e aos pólos. No Sol, essa variação é muito pequena. Se o astro fosse do tamanho de uma bola de futebol, a diferença não seria maior que a grossura de um fio de cabelo humano.

“Achava-se que haveria um achatamento dos polos maior do que a gente encontrou”, afirmou Marcelo Emílio, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR). Ele desenvolveu o trabalho durante estudos de pós-doutorado na Universidade do Havaí, nos EUA, em parceria com os pesquisadores Jeff Kuhn e Isabelle Scholl. Rock Bush, da Universidade de Stanford, nos EUA, também assina o estudo.

Rotação
Emílio explicou que a composição do Sol faz com que ele tenha movimentos muito diferentes dos da Terra. O que vemos do astro é sua parte externa, formada por gases, e esses gases se comportam de maneira diferente do nosso planeta – rochoso –, que os cientistas chamam de “corpo rígido”. Por isso, ele gira mais rápido no Equador do que nos polos.

Os autores acreditam que a descoberta sobre a forma do Sol possa ter relação com a rotação do astro. “Estamos tentando entender melhor os mecanismos que fazem o Sol funcionar como funciona”, disse o pesquisador brasileiro.

A partir daí, novos estudos podem ser feitos nesse sentido, para chegar a uma previsão mais precisa do comportamento solar. “Não conhecemos as variações do sol em longo prazo”, completou Emílio.

As variações na rotação do Sol influenciam a atividade da estrela de várias formas. Uma delas é seu campo magnético, que tem ciclos em que fica mais fraco ou mais forte. Neste ano, várias tempestades magnéticas do Sol já atingiram a Terra, e esse fenômeno afeta o funcionamento de satélites e a comunicação por rádio.

Cientistas encontram ‘supermãe’ espacial

Aglomerado estelar gera 740 novas estrelas por ano.
Objeto recém-descoberto foi batizado de 'Fênix'.

Do G1, em São Paulo

Cientistas da Nasa anunciaram nesta quarta-feira (15) a descoberta de uma “supermãe” espacial, com a ajuda do telescópio de raios-X Chandra. O aglomerado estelar, batizado de Fênix, “dá à luz” 740 estrelas por ano – para efeito de comparação, a nossa galáxia, a Via Láctea, gera uma mísera estrela anualmente.
O aglomerado Fênix está a 5,7 bilhões de anos-luz da Terra e é o maior emissor de raios-X já visto.

Ilustração mostra a galáxia central do aglomerado Fênix, que gera 740 novas estrelas anualmente (Foto: AP/Nasa)

Ilustração mostra a galáxia central do aglomerado Fênix, que gera 740 novas estrelas anualmente (Foto: AP/Nasa)
Fotografia mostra o aglomerado estelar Fênix (Foto: Nasa)

Fotografia mostra o aglomerado estelar Fênix (Foto: Nasa)

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