quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cientistas tentam explicar explosão estelar misteriosa no Natal de 2010

Do G1 em São Paulo - Cientistas europeus ofereceram duas explicações diferentes para uma explosão estelar que foi detectada na Terra no Natal de 2010. Ambas as sugestões foram apresentadas na edição desta semana da revista científica "Nature".
O evento foi uma emissão de raios gama intensa, que ficou conhecida pelos astrônomos como GRB 101225A. Ela foi descoberta pelo satélite Swift, da agência espacial norte-americana (Nasa).
Segundo Sergio Campana, do Observatório Astronômico de Brera, na Itália, uma das hipóteses é o encontro de um cometa com uma estrela de nêutrons, que poderia ter causado uma grande explosão (veja ilustração abaixo).



Ilustração mostra como seria o encontro do cometa com uma estrela de nêutrons. (Crédito: A. Simonnet / NASA / E/PO / Universidade Estadual Sonoma)

Já a segunda explicação é mais convencional: a emissão de raios gama pode estar ligada a uma supernova - uma explosão que marca o fim de estrelas com muita massa. Esta versão foi apresentada por Christina Thöne, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na Espanha.
O grupo de Thöne tentou estimar a distância da suposta supernova, mas não conseguiram identificar uma galáxia possível a qual ela pudesse pertencer (veja ilustração abaixo).


Imagem mostra como seria uma supernova, uma fonte poderosa de emissão de raios gama. (Foto: A. Simonnet / NASA / E/PO / Universidade Estadual Sonoma)

Italiano studio esplosione cometa Natale


Roma - La collisione fra una cometa e una stella di neutroni e' all'origine della gigantesca e insolita esplosione di lampi gamma osservata il 25 dicembre del 2010 e per questo chiamata Christmas gamma-ray burst. A spiegare il fenomeno su Nature un gruppo di ricerca italiano coordinato da Sergio Campana dell'Osservatorio astronomico di Brera dell'Istituto Nazionale di Astrofisica. A rendere insolito l'evento: i picchi di variazione di luminosita' e la durata di oltre trenta minuti.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fotógrafo captura rastro de Estação Espacial e Júpiter em foto de longa exposição

Da BBC - O fotógrafo britânico Mark Humpage produziu uma foto noturna de longa exposição em que conseguiu capturar as trilhas de luz deixadas pela Estação Espacial Internacional, o planeta Júpiter e estrelas do céu.

Humpage, famoso por suas imagens do céu e de paisagens, aproveitou o clima ameno da Grã-Bretanha para esta época do ano, e acampou durante a noite do último domingo no pátio da igreja de Misterton, em Leicestershire.
"Eu tinha planejado (a foto) neste local há algum tempo e só estava esperando pelas condições ideais - sem nuvens, sem Lua e céu limpo", afirmou o fotógrafo.
"A igreja de Misterton com seu cemitério assustador e esta árvore formam um ótimo primeiro plano", escreveu o fotógrafo em seu website.

"Se você olhar atentamente entre a ponta da torre da igreja e a árvore, você vai ver a Estação Espacial Internacional (EEI) cruzando os arcos dos rastros deixados pelas estrelas", disse Humpage.


Foto noturna de longa exposição mostra 'rastro' da Estação Espacial Internacional e do planeta Júpiter no céu de Leicestershire, na Grã-Bretanha. (Foto: Mark Humpage / Caters)

Júpiter, por sua vez, deixa o rastro mais brilhante, cruzando atrás da torre da igreja e se dirigindo para o horizonte.
O fotógrafo usou um cabo remoto em sua câmera para fotografar de forma contínua o céu noturno durante um período de 11 horas.
Neste intervalo, Humpage fez 2.700 imagens com uma lente grande angular, que ele usou para formar esta imagem.

MÉXICO QUER ENTRAR PARA GUINNESS COM RECORDE DE OBSERVAÇÃO DA LUA

Cidade do México - O México buscará no dia 3 de dezembro entrar para o Guinness Book com o maior de pessoas reunidas para observar a Lua simultaneamente, com mais de 5 mil telescópios em todo o país, informaram os organizadores do "Desafio México 2011".

O Instituto de Astrofísica, Ótica e Eletrônica, que integra o comitê organizador, indicou que eles pretendem superar a marca conquistada em outubro de 2009, quando conseguiram reunir 1.042 telescópios para a observação da Lua em quarto crescente.

Para alcançar a meta neste ano, as instituições que participam do evento convocaram a aficionados e astrônomos para ocupar mais de 40 praças públicas e arqueológicas de todos os estados às 19h30 locais do sábado (22h30 no horário de Brasília).

Os participantes deverão cadastrar seus telescópios no site do evento (www.nochedeestrellas.org.mx ) ou nas próprias sedes.

Os juízes oficiais serão responsáveis pela contagem dos instrumentos, dos quais alguns serão colocados à disposição do público em geral para que possam observar o satélite. Além disso, os participantes contarão com o apoio de astrônomos que vão assessorar e darão uma breve explicação do que se vê na abóbada celeste.

O comitê organizador do desafio é formado pela Universidade Nacional do México, pela Academia Mexicana de Ciências, pela embaixada da França no México e pelo Instituto Politécnico Nacional.

O evento será uma amostra da Noite das Estrelas 2012, que terá como objetivo abordar as estrelas maias e os mitos astronômicos, com o propósito de desmistificar os conhecimentos dessa cultura que tem sido relacionada com o fim do mundo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Foto mostra cratera em Marte onde jipe-robô Curiosity deverá pousar

Do G1 em São Paulo - Uma imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) mostra o local onde deverá pousar o jipe-robô Curiosity, que integra uma missão para exploração de Marte. O local de aterrisagem fica dentro de uma cratera chamada Gale, na parte central do planeta vermelho.
Colorida artificialmente, a foto mostra diferenças de relevo na região. Os tons azuis representam altitudes menores e os marrons, maiores. O pouso deverá ocorrer entre 6 e 20 de agosto de 2012. Já o lançamento pode ocorrer já neste sábado (26), às 13h02 pelo horário de Brasília.

Local do pouso é mostrado na parte superior da imagem, marcado por uma elipse. A diferença entre a região mais baixa da cratera e o pico dos montes ao redor é de até 5 km. (Foto: JPL-Caltech / Nasa / via Reuters)

Estudo identifica planetas com mais chance de vida extraterrestre

Da BBC - A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os planetas e luas mais propensos à existência de vida extraterrestre, segundo um artigo científico publicado por pesquisadores americanos.

O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os países segundo a sua semelhança com a Terra e de acordo com condições para abrigar outras formas de vida.

Segundo os resultados publicados na revista acadêmica "Astrobiology", a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta - ou seja, localizado fora do Sistema Solar - de cuja existência muitos astrônomos duvidam.

Em seguida, no mesmo critério, veio Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro - e possivelmente cinco - planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.
Imagem artística mostra como seria o exoplaneta Gliese 581g.
 (Crédito: Lynette Cook / Nasa)

Condições favoráveis Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch, explicou que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O Índice de Similaridade com a Terra (ESI, na sigla em inglês) ordenou os planetas e luas de acordo com a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe.
Já o Índice de 'Habitabilidade' Planetária (PHI, sigla também em inglês) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, ou de uma atmosfera ou um campo magnético.

Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite.

O satélite Titã é representado artisticamente, recebendo uma sonda.
  (Crédito: Craig Attebery / JPL)

Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
"Habitáveis"
No critério da "habitabilidade", a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita Marte e Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana, já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" - indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas - na luz emitida por planetas distantes.

Sonda russa Fobos-Grunt dá sinais de vida, diz agência espacial europeia

Sonda interplanetária russa Fobos-Grunt.(Foto: Reuters)

Da EFE - Horas após ser considerada perdida no espaço, a sonda interplanetária russa Phobos-Grunt, que por uma ação ainda não esclarecida ficou em órbita terrestre em vez de seguir rumo a Marte, deu sinais de vida, confirmou em comunicado a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
A ESA indicou que a estação de acompanhamento de Perth (Austrália) recebeu sinais da Fobos-Grunt nesta terça-feira, primeira vez que se consegue estabelecer contato com a sonda, lançada ao espaço há duas semanas.
"Estabelecemos comunicação com o aparelho em uma frequência, mas por enquanto não recebemos informações", disse o representante da ESA na Rússia, Rene Pishel, à agência de notícias oficial russa Itar-Tass.
O contato ocorreu horas após o subdiretor da Roscosmos (agência espacial russa), Vitaly Davydov, considerar a sonda praticamente perdida.
A ESA anunciou que estuda agora maneiras de manter a comunicação com a sonda e ressaltou que suas equipes "estão trabalhando estreitamente com engenheiros da Rússia para determinar a melhor maneira de manter a comunicação".
Lançada no último dia 8, a Fobos-Grunt deveria cumprir uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos (uma das duas luas de Marte), um pouso à superfície do astro e, por fim, o retorno à Terra de uma cápsula com amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, avaliado em 5 bilhões de rublos (US$ 170 milhões), tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos - outra lua marciana -, assim como dos demais satélites naturais do Sistema Solar.

Nasa se prepara para lançar robô Curiosity a Marte

Da EFE - Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) anunciaram nesta quarta-feira (23) que está tudo pronto para o lançamento do robô Curiosity, que viajará a Marte a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida no Planeta Vermelho.
"O lançamento neste sábado (26) e os sucessos obtidos pela Nasa no último ano mostram quão equivocadas são as especulações de que acabaram os tempos de glória da Nasa", disse Colleen Hartman, executiva da agência espacial.
O robô, que carrega o Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês), partirá de Cabo Canaveral, na Flórida, no sábado às 10h02 locais (13h02 de Brasília).
Depois de uma viagem de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio, ele se aproximará da cratera Gale de Marte. A plataforma superior, equipada com foguetes, se manterá a cerca de 40 metros da superfície e fará o robô descer a Marte.

Ilustração de um artista de como será a exploração do Curiosity em Marte.
 (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O Curiosity pesa uma tonelada e tem três metros de comprimento. É cinco vezes mais pesado que os robôs antecessores - os exploradores Spirit e Opportunity, que chegaram a Marte em janeiro de 2004 na busca de rastros de água.
"O Curiosity irá mais longe e descobrirá muito mais que o imaginado", destacou Hartman. "Eu acredito que estarei viva no dia em que poderemos ver a primeira astronauta a pisar em Marte", acrescentou.
O diretor de lançamentos em Cabo Canaveral, Omar Báez, explicou que os técnicos completaram nesta quarta-feira uma nova revisão dos equipamentos e sistemas do foguete propulsor e a cápsula com o robô. "Tudo está pronto para a partida", resumiu ele. "Na sexta-feira (25), levaremos o foguete e a cápsula do hangar à plataforma de lançamento", afirmou Báez. "E no sábado, às 3h da manhã (pelo horário local, 6h de Brasília), começará o abastecimento de combustível", disse.

O jipe-robô Curiosity, da Nasa. (Foto: Nasa)

O lançamento, inicialmente previsto para sexta-feira, foi adiado para sábado após os técnicos terem constatado no último fim de semana que era necessário substituir uma das baterias do foguete que levará o robô.
Os engenheiros contam com um período de chances de lançamento até 18 de dezembro e esperam que tudo ocorra conforme o previsto para que o veículo chegue a Marte em agosto de 2012.
O Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês) conta com dez instrumentos para buscar evidências de um ambiente propício para a vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos essenciais para a vida. Isso representa o dobro de instrumentos que os robôs lançados anteriormente pela Nasa. Este será o primeiro a utilizar um laser para analisar o interior das rochas e analisar os gases com o espectrômetro que pode enviar dados à Terra.
O Curiosity leva todos os instrumentos para medir as condições de vida no passado e no presente, estudando as condições ambientais do planeta. Ele buscará compostos que contenham carbono - um dos principais ingredientes para a vida como se conhece - e avaliará como eram em suas origens.
Ao contrário dos outros robôs, o Curiosity conta com o equipamento necessário para obter amostras de rochas e solo e processá-las.

A cratera Gale, na superfície marciana, onde deve pousar o robô Curiosity.
 (Foto: Nasa)

A Nasa começou a planejar a missão MSL em 2003. Nos últimos oito anos, cientistas e engenheiros construíram e testaram as capacidades do robô, que, segundo as expectativas, levará a pesquisa planetária a outro nível.
"Esta máquina é o sonho de qualquer cientista", assinalou à imprensa Ashwin Vasavada, cientista adjunto do projeto MSL no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em uma das sessões prévias informativas.
O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, localizado na Califórnia, elaborou o Curiosity para que fosse capaz de superar obstáculos de até 65 centímetros de altura, com o objetivo de evitar que se prendesse, como aconteceu com o Spirit, e de se locomover cerca de 160 metros por dia.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cientistas criam método para dizer se exoplaneta pode abrigar vida

Do G1 em São Paulo - Um grupo de pesquisadores internacional divulgou nesta segunda-feira (21) o primeiro método de análise de exoplanetas para dizer se eles podem ou não abrigar vida. Detalhes do estudo serão conhecidos na edição de dezembro da revista científica "Astrobiology" (astrobiologia, em inglês).
Com cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa), do Centro Espacial alemão e do projeto SETI - que busca por sinais de vida inteligente fora da Terra, o artigo defende que a procura deve se basear em duas questões: se as condições encontradas na Terra podem existir em outros planetas e se o ambiente nesses mundos pode abrigar formas de vida diferentes das terrestres.
Para isso, eles criaram dois índices, que avaliam as condições de um exoplaneta para abrigar vida extraterrestre. O primeiro deles se chama Índice de Similaridade Terrestre (ESI, na sigla em inglês) e classifica mundos parecidos com o nosso. Já o outro é o Índice de Habitabilidade Planetária (PHI, na sigla em inglês), que avalia parâmetros químicos e físicos que poderiam dar origem a formas "menos" terrestres de vida em exoplanetas.
Atualmente, o número de exoplanetas conhecidos está em 600. A missão espacial Kepler, da Nasa, encontrou 1,2 mil candidatos a exoplanetas em 2011 por meio de interferências na luz que vem de estrelas. Estes possíveis mundos fora do Sistema Solar ainda deverão ser confirmados.


Ilustração de um exoplaneta com luzes artificiais (Foto: David A. Aguilar (CfA))

Como o número de exoplanetas revelados não para de crescer, o interesse dos astrônomos começa a se voltar mais para aqueles que possam reunir conduições parecidas com as da Terra: presença de atmosfera, água líquida na superfície e uma temperatura amena.
Normalmente, mundos fora do Sistema Solar com essas condições encontram-se a distâncias convenientes em relação às estrelas que orbitam. Essa distância ideal é conhecida como região de "goldilocks".
Mas os cientistas não querem se limitar a pesquisar apenas locais que tenham ambientes parecidos com o da Terra. Eles consideram que esta atitude seria uma "limitação" das possibilidades de estudos sobre exoplanetas e vida fora da Terra.
Eles citam o exemplo de Titã, a maior das luas de Saturno, que possui lagos com hidrocarbonetos que poderiam abrigar formas diferentes de vida. Eles também não descartam as chances de vida em exoplanetas sem estrelas ao seu redor.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nasa capta movimento nas dunas de Marte, dizem cientistas

Da EFE - As dunas de Marte são muito mais dinâmicas do que se imaginava e chegam a se deslocar vários metros, segundo constataram cientistas da Nasa (agência espacial americana) graças às imagens da sonda de reconhecimento MRO, que orbita o planeta vermelho e que foram divulgadas nesta quinta-feira (17).
"Estamos acostumados a pensar que a areia em Marte é relativamente imóvel, por isso estas novas observações estão mudando nossa perspectiva", afirmou Nathan Bridges, cientista do Laboratório de Física da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.
Segundo Bridges, que publicou suas descobertas na revista Geology, "ou Marte tem mais rajadas do que se pensava ou os ventos são capazes de transportar mais areia".

Imagem da Nasa mostra dunas de Marte que se ‘movimentaram’ cerca de dois mestros entre março de 2007 e dezembro de 2010. (Foto: Nasa / AP Photo)

A superposição das imagens detectadas pela sonda mostra claramente o movimento das dunas, algo que contrasta com as teorias científicas de apenas uma década atrás, que apontavam que estas não se movimentavam ou faziam em um ritmo tão lento que não se podia detectar.
A sonda Mars Reconnaisance Orbiter (MRO), lançada em 2005, e as imagens captadas pela câmera de alta resolução HiRISE, permitiram documentar o movimento anual de uma dúzia de dunas e outras formações em todo o planeta.
A atmosfera de Marte é muito tênue e por isso são necessários ventos muito fortes mesmo que para movimentar um grão de areia. De acordo com os cálculos, apenas ventos de 130 km/h podem movimentar essas pequenas partículas que na Terra se deslocariam com ventos de 16 km/h.
Os cientistas declararam que não registraram movimento em todas as dunas observadas, mas destacaram que esta descoberta ressalta a importância da vigilância a longo prazo em alta resolução.

‘Triângulo amoroso’ cósmico explica origem de estrelas ‘fugitivas’

Do G1 em São Paulo - Os astros jovens e velozes conhecidos pelos astrônomos como “estrelas fugitivas” podem ser sobras rejeitadas de um triângulo amoroso espacial, segundo um estudo apresentado nesta sexta-feira (18) na revista “Science”.
Esse tipo de estrelas é conhecido por ser muito mais veloz do que as outras. Cálculos feitos a partir de sua trajetória indicam que a fugitiva está se afastando de outra estrela – por isso, o nome.

Ilustração mostra uma estrela fugitiva se afastando rapidam. (Foto: Science/AAAS)

Uma das explicações para a existência delas afirma que supernovas ocorridas em um sistema estelar teriam “atirado” essas estrelas para longe. O estudo divulgado nesta sexta, no entanto, sugere outra origem.
Para Simon Portegies Zwart e Michiko Fujii, as estrelas fugitivas seriam resultado do encontro catastrófico de três estrelas dentro de um aglomerado. A intensa atração gravitacional entre elas faz duas formarem um "casal", um sistema binário. A que sobra, é lançada ao espaço e vira uma “fugitiva”.

Sonda Cassini registra formação de tempestade gigante em Saturno

Da EFE - A sonda Cassini captou a formação e a evolução de uma tempestade gigante que se estendeu por uma área de 15 mil quilômetros na face norte de Saturno durante 200 dias e cujas imagens foram divulgadas nesta quinta-feira (17) pela Nasa (agência espacial americana).
Nas imagens é possível observar uma pequena mancha que aparece no dia 5 de dezembro de 2010 e vai aumentando até se transformar em uma gigantesca tempestade que, no final de janeiro de 2011, dá a volta em todo o planeta.
Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e já observada de uma sonda interplanetária.
No mesmo dia que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade, revelando que era uma tempestade convectiva.
A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual.


Este mosaico mostra a cauda da enorme tempestade de 200 dias que envolveu Saturno. (Foto: NASA / JPL / AP Photo)

"A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema climático terrestre", disse Andrew Ingersoll, integrante da equipe de imagens da Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "A pressão se acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos", explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.
A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens da Agência Espacial Europeia (ESA). A nave chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter terminado no final de 2008.
No ano passado, a Nasa decidiu prolongar sua missão até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas.

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