O astrofísico britânico Stephen Hawking afirmou nesta segunda-feira (21) que o homem deve persistir na exploração do espaço com a mesma ambição com que se lançou à conquista de um novo mundo após a chegada de Cristóvão Colombo a território americano em 1492. Em uma palestra na Universidade de Georgetown, em Washington, para comemorar os 50 anos da Nasa, Hawking disse que a situação no mundo é semelhante à que reinava na Europa no final do século XV. "É possível que (na Europa) tenham argumentado que era uma perda de tempo enviar Colombo a uma missão inútil", manifestou o teórico da física quântica e cosmologia. Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica e tem que utilizar um sintetizador de voz, recorreu ao humor para explicar as diferenças que a chegada de Colombo produziu no Novo Continente.
"Não teríamos o Big Mac ou o KFC", disse o cientista de 66 anos em referência às redes de fast-food americanas. "Se a raça humana vai continuar por outro milhão de anos, teremos que ir até onde ninguém jamais foi", afirmou.
Ao mesmo tempo, indicou que isso "não resolverá nenhum dos problemas imediatos no planeta Terra". As viagens espaciais "nos permitirão ter uma melhor perspectiva sobre esses problemas e, espero, nos unirão para enfrentar um desafio comum", acrescentou.Para Hawking, a exploração espacial deveria incluir a criação de uma base permanente na Lua dentro dos próximos 30 anos, assim como o desenvolvimento de um novo sistema de propulsão para levar o homem além do sistema solar. Sobre a velha pergunta de se o homem está ou não sozinho no Universo, Hawking respondeu que "provavelmente não". Mais uma vez, recorreu a seu bom humor para dizer que "a vida primitiva é muito comum e a vida inteligente é muito pouca...alguns diriam que ainda não existe na Terra".
Da EFE
Postado por Leila Ossola
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