O Globo, Rio - Ao contrário do últimos relatórios sugerindo presença água em rochas lunares, a Lua pode ser bastante seca, dizem cientistas. Um estudo liderado por Zachary Sharp, da Universidade do Novo México e publicado na revista Science, analisou isótopos de cloro das amostras trazidas à Terra pelas missões espaciais Apollo. Eles acrescentaram que não havia nada ou muito pouco hidrogênio no oceano de magma durante a formação da lua. E isso significaria que o satélite natural da Terra pode ter sido sempre muito seco para abrigar vida. Segundo uma das teorias da formação da Lua, um objeto do tamanho de Marte colidiu com a jovem Terra bilhões de anos atrás. Como resultado, o satélite de nosso planeta se formou. Então se cristalizou e se resfriou logo em seguida, a cerca de 4,5 bilhões de anos. Antes do arrefecimento, havia um oceano de magma na superfície da Lua (rochas derretidas), capaz de reter grandes quantidades de água. Quando a Terra esfriou e se cristalizou, havia gases de vulcões próximos à superfície e o vapor a partir deles, provavelmente, formou a maioria dos oceanos. A mesma coisa pode ter acontecido na Lua, mas o satélite é muito pequeno e a sua gravidade muito fraca para reter essa água e ela teria se perdido no espaço.
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