Imagem feita pelo Hubble ajudou os cientistas a calcular a expansão do Universo (Foto: NASA / ESA / A. Riess (STScI/JHU) / L. Macri (Texas A&M University) / Hubble Heritage Team (STScI/AURA))
Do G1, em São Paulo - Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, astrônomos informaram nesta semana que estão mais perto de explicar um dos maiores mistérios da ciência espacial: a existência da chamada “energia escura”.
A “energia escura” seria uma força misteriosa que está acelerando a expansão do Universo, sobre a qual os cientistas sabem muito pouca coisa além de “ela deve existir, porque senão nossas contas não fazem sentido”.
Uma possível explicação seria que essa aceleração seria uma ilusão, causada pela posição da nossa galáxia dentro de uma bolha gigantesca de espaço vazio.
Agora, no entanto, os cientistas liderados por Adam Riess, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, em Baltimore, conseguiram calcular essa aceleração com a maior precisão até agora -- com a ajuda do Hubble. Isso reduz a chance de erros na conta e, junto, a possibilidade da ilusão de ótica.
Com os cálculos de Reiss (que serão apresentados em abril na revista científica The Astrophysical Journal), o grau de incerteza sobre a atual taxa de expansão do Universo fica em torno de apenas 3,3% -- uma redução de 30% em relação à última medição do Hubble, feita em 2009.
“Estamos usando a camera do Hubble como um radar de velocidade de um policial para pegar o Universo acelerando”, explicou Riess, um dos maiores especialistas do mundo no assunto. “Parece mesmo que a energia escura é quem está pisando no pedal”.
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