A descoberta publicada pela revista "Nature" responde a uma dúvida antiga dos especialistas. O volume de Marte é cerca de um oitavo do da Terra, mas sua massa é por volta de um décimo a do nosso planeta. Se os planetas foram formados aproximadamente na mesma época, os astrônomos se perguntavam, porque a relação entre as massas era tão desigual.
No estudo, os cientistas afirmaram que Júpiter surgiu para uma distância de 1,5 unidade astronômica – UA, que equivale à distância entre a Terra e o Sol – do Sol. Mais tarde, com a formação de Saturno, ele migrou para sua distância atual, cerca de 5 UA. No intervalo que existe no caminho, existe hoje um cinturão de asteroides.
“O resultado foi fantástico”, disse Kevin Walsh, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA), que liderou o estudo. “Nossas simulações mostraram não só que a migração de Júpiter era consistente com a existência do cinturão de asteroides, mas também explicou propriedades do cinturão que nunca tínhamos compreendido”, completou o astrônomo.
Vesta é um dos asteroides do cinturão que fica entre Marte e Júpiter
(Foto: NASA / JPL-Caltech / UCLA / PSI)
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