À primeira vista, o asteroide Lutetia 21 não parece muito diferente das outras milhares de rochas que ficam no cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Mas três estudos publicados nesta quinta-feira (27) na revista especializada “Science” mostram que ele pode ser um “pré-planeta”. Por isso, pode ajudar astrônomos a entender como se formou o nosso Sistema Solar.
Foto do asteroide Lutetia 21 feita pela sonda Rosetta (Foto: ESA 2010 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA)
As três pesquisas usaram dados da sonda espacial europeia Rosetta, que passou por Lutetia 21 em julho do ano passado.
Segundo dados de um desses trabalhos, liderado pelo alemão Holger Sierks, o Lutetia 21 tem 121 km de comprimento, 101 km de altura e 75 km de largura.
De acordo com a equipe, o asteroide tem hoje basicamente a mesma estrutura interna que tinha no início do Sistema Solar.
Outro grupo alemão, de Martin Patzold, calculou a densidade do asteroide: 3,4 toneladas por metro cúbico – o que o torna um dos mais densos já vistos.
Isso surpreendeu os cientistas por indicar que o Lutetia 21 não é um “amontoado” de pedras e fragmentos de pedras, como a maioria dos outros asteroides e como os cientistas esperavam que ele fosse pelas imagens de sua superfície.
Segundo os pesquisadores, o achado é surpreendente porque indica que existam outros tipos de corpos celestes na nossa vizinhança mais diferentes do que eles imaginavam. E que o Lutetia 21 é, na verdade, feito daquilo que os primeiros planetas rochosos (como a Terra) tinham no início da formação do nosso sistema.
Uma terceira equipe, da italiana Angioletta Coradini (que faleceu em setembro), estudou a composição do Lutetia 21 e descobriu que a temperatura máxima da superfície não passa de cerca de -19 °C.
Foto do asteroide Lutetia 21 feita pela sonda Rosetta (Foto: ESA 2010 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário