O Chile assinou nesta quinta-feira (13) um acordo que prevê a construção do maior telescópio do mundo para observações em ondas visíveis (luz) e infravermelhas. O pacto foi firmado entre o ministro de Relações Exteriores do país, Alfredo Moreno, e o diretor-geral do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), Tim de Zeeuw.
Conhecido como Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), o instrumento terá um espelho primário de 40 metros de diâmetro. O acordo prevê a doação do terreno, a definição de uma área ao redor da instalação que deverá ser protegida e apoio do governo chileno para a construção.
A área de 352 km² ao redor do telescópio precisa ser protegida para garantir boas condições de observação. Dentro deste perímetro, não serão permitidas atividades mineiras e haverá um controle para evitar ao máximo a poluição luminosa.
Para compensar a ajuda local, o ESO deverá destinar 10% do tempo de uso do E-ELT para trabalhos de astrônomos chilenos.
O ESO havia anunciado em março a escolha do monte Armazones, dentro do estado de Antofagasta, no norte do pais, como local para receber o telescópio. O instrumento vai ficar dentro das dependências do Observatório de Paranal, local que já detém uma versão menor - mas também poderosa - do E-ELT: o Telescópio Muito Largo (VLT, na sigla em inglês).
O Chile é um dos países mais privilegiados para observações astronômicas por possuir um dos céus mais limpos do mundo. Além de Paranal, o país ainda é lar dos observatórios do ESO: La Silla e Chajnantor.
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