O telescópio espacial Spitzer, da Nasa, detectou pela primeira vez a
luz emanada por uma ‘superterra’, um tipo de planeta extrassolar, a 41
anos-luz daqui, na constelação de Câncer.
As superterras são planetas especiais que não se parecem com nada que
temos no nosso Sistema Solar. Eles têm (bem) mais massa que a Terra,
porém são mais leves que Netuno (que é feito de gás). As superterras
podem ser rochosas, gasosas ou uma combinação dos dois. Apesar do
“super”, elas são razoavelmente pequenas – e bem difíceis de serem
vistas daqui.
Ilustração mostra como é o planeta 55 Cancri, a 41 anos-luz da Terra (Foto: NASA/JPL-Caltech)
Conseguir enxergar uma superterra é um passo importante para tentar
localizar planetas menos “super” e mais parecidos com o nosso, que
tenham condições de abrigar vida.
Ao contrário do Hubble, que faz imagens na luz visível, o Spitzer
enxerga apenas em raios infravermelhos. Por isso, não há uma fotografia
do planeta – que se chama 55 Cancri. A imagem acima é uma ilustração.
O 55 Cancri é duas vezes maior que o nosso planeta e oito vezes mais
maciço. Ele está mais perto de sua estrela do que Mercúrio está do nosso
Sol. Os cientistas acreditam que ele tem um núcleo rochoso coberto por
uma camada de água, que, por causa das temperaturas extremas, está
perpetuamente em forma de um vapor espesso. A temperatura no lado
voltado ao Sol está estimada em 1.700 graus celsius.
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