Nasa prevê início do fenômeno entre 19h09 e 19h27.
Fenômeno só deverá se repetir em 2117.
O Trânsito de Vênus, que poderá ser visto a partir desta terça-feira
(5) nas Américas Central e do Norte e na Europa, é uma oportunidade
única para a ciência, mas também para a curiosidade humana, asseguram
especialistas.
"O interessante é que o fenômeno volta a ocorrer apenas em centenas de
anos", disse Eduardo Araujo, cientista da Administração Nacional de
Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). "O
planeta passa entre a Terra e o Sol e é visto como um pontinho que
percorre o Sol", explicou.
Vênus passa à frente do Sol em imagem de arquivo de junho de 2004. (Foto: Geert Vanden Wijngaert / Arquivo / AP Photo)
A distância é tão grande que não tem nenhum efeito sobre a Terra, mas é
uma "grande oportunidade" para os cientistas estudarem os movimentos
ondulares, as forças gravitacionais, a densidade e outros aspectos.
Já começou o recolhimento de dados, mas os resultados não serão vistos
imediatamente, uma vez que os estudos que apresentarão as primeiras
descobertas só serão concluídos em meses.
"É uma oportunidade do ponto de vista do mundo científico, mas do ponto
de vista da curiosidade humana é única também", assegurou Araujo, ao
lembrar que nem todas as gerações têm a oportunidade de ver uma
transição.
Os Trânsitos de Vênus são pouco comuns, acontecem em pares separados
por oito anos e depois não voltam a ocorrer em menos de 100 anos. O
último foi em 2004, e, após esse, que completa o par, os especialistas
calculam que não acontecerá outro até 2117.
A Nasa prevê seu início entre 19h09 e 19h27 (horário de Brasília), e a saída para algum momento entre 1h32 e 1h50.
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