sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cientistas estudam 'super-Terras' simulando a vaporização de planetas

Do G1, em São Paulo

Cientistas simularam a vaporização da Terra para estudar a atmosfera de outros planetas (Foto: A. Leger/Icarus) 
Ilustração do planeta CoRoT-7b, em concepção artística, planeta semelhante à Terra com atmosfera muito quente, tão próximo de estrela que uma de suas faces é um "mar" de rocha derretida (Foto: A.. Leger/Icarus)
 
Cientistas das universidades de Washington e de Harvard, nos Estados Unidos, usaram computadores e modelos matemáticos para simular a vaporização da Terra e de planetas similares a ela. O objetivo da pesquisa é estudar a atmosfera e composição de "superplanetas", com características semelhantes ao nosso.

Financiado pela agência espacial americana (Nasa), o estudo foi publicado na edição de agosto da revista "Astrophysical Journal".

A pesquisa mostra que grandes planetas, conhecidos como "super-Terras", têm atmosferas compostas muitas vezes por vapor e dióxido de carbono, com pequenas quantidades de outros gases que distinguiriam uma formação planetária de outra.

As "super-Terras" são planetas com mais massa que o nosso, porém menores que Netuno e feitos de rocha em vez de gás. Elas se localizam fora do nosso Sistema Solar, e por isso são conhecidas como exoplanetas ou planetas extrassolares.

O termo "super-Terra" faz referência apenas à massa do planeta e não à sua composição ou à possibilidade de ser um local habitável, de acordo com Bruce Fegley, professor de ciência planetária da Universidade de Washington.

Os planetas pesquisados teriam temperatura de superfície oscilando entre 270 e 1,7 milº C. Em comparação com a Terra, cuja temperatura média é de 15º C, são muito quentes.

Com a alta temperatura e outras características, é possível que esses planetas tenham a formação de monóxido de silício e que haja "chuvas" de pedras, por causa da condensação dos gases formadores de rochas.

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