sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Telescópio da Nasa capta superbolha brilhante a 160 mil anos-luz da Terra

Estrelas ficam dentro de nebulosa na galáxia Grande Nuvem de Magalhães.
Imagem foi feita há dez e montada agora com três registros diferentes.

Do G1, em São Paulo

O telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), detectou uma "superbolha" brilhante a 160 mil anos-luz da Terra. O registro foi feito há dez anos, durante mais de 5 horas, e divulgado nesta quinta-feira (30) após a união de três registros diferentes.

Trata-se do aglomerado de estrelas NGC 1929, localizado dentro da nebulosa N44, na galáxia-anã Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da nossa Via Láctea.

As estrelas jovens e massivas desse aglomerado produzem uma intensa radiação e expulsam matéria em alta velocidade, o que as faz explodir rapidamente como supernovas – explosões estelares muito violentas, resultantes da morte de uma estrela.

Nebulosa (Foto: Nasa/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: Nasa/JPL, Optical: ESO/WFI/2.2-m) 
Aglomerado de estrelas fica em nebulosa
 (Foto: Nasa/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: Nasa/JPL, Optical: ESO/WFI)
 
A imagem acima é composta por três capturas diferentes, representadas pelas cores azul, vermelho e amarelo.

Em azul, o Chandra flagrou o vento proveniente desses astros e o choque das supernovas que esculpem superbolhas no gás. Em vermelho, estão dados infravermelhos, que mostram a poeira e um gás mais frio. Jás as informações em amarelo foram obtidas por luz óptica – feitas pelo telescópio Max-Planck, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile –, que revelam onde a radiação ultravioleta faz o gás brilhar.
Esta é a primeira vez que os dados obtidos foram suficientes para distinguir as diferentes fontes de raios-X produzidas pelas superbolhas. O estudo foi liderado pela Universidade de Michigan, nos EUA. Também participaram a Universidade Johns Hopkins, em Maryland, a Universidade de Illinois e o Instituto de Astronomia da Universidade Nacional Autônoma do México.

O programa Chandra é gerenciado pelo Centro de Voos Espaciais Marshall, em Huntsville, no Alabama. O Observatório de Astrofísica Smithsonian controla as operações científicas e de voo do telescópio em Cambridge, Massachusetts.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...