Região fica na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia vizinha à Via Láctea.
Massa de poeira e gás é a maior, mais ativa e brilhante das proximidades.
O telescópio Hubble, administrado em parceria da agência espacial
americana (Nasa) com a Agência Espacial Europeia (ESA), registrou uma
imagem em close da borda da principal nuvem da Nebulosa da Tarântula,
situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas à Via
Láctea.
Essas estruturas brilhantes, a 170 mil anos-luz de distância da Terra,
são formadas por gás hidrogênio ionizado, chamado pelos astrônomos de H
II. Na verdade, elas são vermelhas, mas os filtros escolhidos – captados
tanto em luz visível quanto infravermelha – fazem o gás parecer verde
na imagem abaixo.
Borda da principal nuvem da Nebulosa da Tarântula é captada pelo telescópio Hubble
(Foto: Nasa/ESA)
A região da Nebulosa da Tarântula contém estrelas jovem,
recém-formadas, que emitem uma poderosa radiação ultravioleta, que acaba
ionizando o gás ao redor. Esse processo químico faz com que moléculas
neutras ganhem ou percam elétrons, ficando mais ou menos carregadas.
As nuvens dessa área são passageiras e variam conforme os ventos
estelares, formando aglomerados quentes e brilhantes como as Plêiades,
que ficam na constelação de Touro e são facilmente visíveis dos dois
hemisférios da Terra.
A Nebulosa da Tarântula é a mais brilhante já conhecida do Grupo Local
de galáxias, que reúne a Via Láctea, Andrômeda e outras dezenas,
cobrindo cerca de 10 milhões de anos-luz de diâmetro. A região é também a
maior (com 650 anos-luz de diâmetro) e mais ativa do grupo, com
numerosas nuvens de gás e poeira e dois aglomerados de estrelas.
Essa massa é tão luminosa que, se estivesse localizada dentro de mil
anos-luz da Terra, sua luz faria sombras sobre o nosso planeta. Por
conta de toda essa intensidade, a nebulosa foi responsável pela
descoberta, em 1987, da supernova mais próxima de nós desde a invenção
do telescópio. A área era visível até a olho nu.
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