Solo de onde o Curiosity retirou a amostra
analisada (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
A Nasa divulgou nesta terça-feira os resultados de uma análise feita
pelo jipe-robô Curiosity, que mostra que o solo marciano tem uma
composição similar à dos solos de origem vulcânica do Havaí, arquipélago
no Pacífico que é também um estado norte-americano.
Esta não é a primeira semelhança que o Curiosity encontra entre os
objetos dos dois locais. Na primeira quinzena do mês, a agência espacial
norte-americana divulgou que a pedra “Jake Matijevic”, encontrada no
planeta vermelho, era semelhante a rochas basálticas havaianas.
A identificação da composição das rochas e do solo de Marte é uma parte
importante da missão do Curiosity. O veículo foi projetado para tentar
descobrir se, algum dia, o planeta já teve as condições necessárias para
abrigar vida. Conhecendo os minerais com precisão, é possível descobrir
como eles se formaram.
A análise do solo marciano foi feita por um instrumento do Curiosity
chamado CheMin. Esse instrumento utiliza um método chamado difração de
raio-X para identificar a composição do solo. A tecnologia é muito usada
na Terra, mas nunca tinha sido aplicada em Marte e, por isso, torna o
Curiosity mais eficaz que seus antecessores.
“Muito de Marte está coberto por poeira, e tínhamos uma compreensão
incompleta da sua mineralogia”, explicou David Bish, pesquisador da
Universidade de Indiana envolvido no projeto.
“Até o momento, os materiais que o Curiosity analisou são consistentes
com nossas ideias iniciais sobre os depósitos na Cratera Gale – região
do planeta em que o veículo pousou –, registrando uma transição ao longo
do tempo de um ambiente úmido para um seco. As rochas antigas, como os
conglomerados, sugerem fluxos de água, enquanto os minerais no solo mais
jovem são consistentes com um contato limitado com a água”, completou
Bish.
Análise gráfica em raio-X da amostra do solo marciano
(Foto: NASA/JPL-Caltech/Ames)
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