Abell 399 e Abell 401 ficam a 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra.
Temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.
O satélite Planck da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em
inglês) fez a primeira detecção conclusiva de uma ponte de gás quente
que liga dois aglomerados de galáxias: o Abell 399 (no centro da imagem)
e o Abell 401 (no topo esquerdo).
Esses dois conjuntos, que reúnem centenas de galáxias unidas pela gravidade, ficam a 1 bilhão de anos-luz da Terra.
A ponte de gás se estende por cerca de 10 milhões de anos-luz, e a temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.
Dois
aglomerados de galáxias são ligados por uma espécie de ponte de gás
quente, que aparece na cor laranja (Foto: Sunyaev–Zel’dovich effect: ESA
Planck Collaboration/optical image: STScI Digitized Sky Survey)
A imagem acima foi feita com base em telescópios terrestres ópticos e,
nas partes alaranjadas, com dados do satélite Planck – lançado em 2009
para fazer um mapa da radiação que restou do Big Bang, há mais de 13
bilhões de anos.
Anteriormente, o satélite de raios X XMM-Newton, da ESA, já havia
sugerido a presença de gás quente dentro dos aglomerados de galáxias e
também entre eles, mas essa evidência era insuficiente para uma
conclusão.
Grande parte do gás ainda não foi detectada, e ela poderia estar entre
os aglomerados, onde os filamentos são comprimidos e aquecidos.
Segundo os astrônomos, essa descoberta destaca a capacidade do Planck
em sondar aglomerados de galáxias e seus arredores, examinando a ligação
que existe com o gás que permeia todo o Universo e do qual esses
aglomerados se formam.
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