quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Satélite europeu detecta ponte de gás quente que liga conjuntos de galáxias

Abell 399 e Abell 401 ficam a 1 bilhão de anos-luz de distância da Terra.
Temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.

Do G1, em São Paulo

O satélite Planck da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) fez a primeira detecção conclusiva de uma ponte de gás quente que liga dois aglomerados de galáxias: o Abell 399 (no centro da imagem) e o Abell 401 (no topo esquerdo).

Esses dois conjuntos, que reúnem centenas de galáxias unidas pela gravidade, ficam a 1 bilhão de anos-luz da Terra.

A ponte de gás se estende por cerca de 10 milhões de anos-luz, e a temperatura na região chega a 80 milhões de graus Celsius.

Aglomerados de galáxias (Foto: Sunyaev–Zel’dovich effect: ESA Planck Collaboration/optical image: STScI Digitized Sky Survey) 
Dois aglomerados de galáxias são ligados por uma espécie de ponte de gás quente, que aparece na cor laranja (Foto: Sunyaev–Zel’dovich effect: ESA Planck Collaboration/optical image: STScI Digitized Sky Survey)
 
A imagem acima foi feita com base em telescópios terrestres ópticos e, nas partes alaranjadas, com dados do satélite Planck – lançado em 2009 para fazer um mapa da radiação que restou do Big Bang, há mais de 13 bilhões de anos.

Anteriormente, o satélite de raios X XMM-Newton, da ESA, já havia sugerido a presença de gás quente dentro dos aglomerados de galáxias e também entre eles, mas essa evidência era insuficiente para uma conclusão.

Grande parte do gás ainda não foi detectada, e ela poderia estar entre os aglomerados, onde os filamentos são comprimidos e aquecidos.

Segundo os astrônomos, essa descoberta destaca a capacidade do Planck em sondar aglomerados de galáxias e seus arredores, examinando a ligação que existe com o gás que permeia todo o Universo e do qual esses aglomerados se formam.

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