Cientistas australianos analisaram aglomerado de astros a 13 mil anos-luz.
Componente do sal ajuda corpos celestes a atingir fase final da evolução.
O aglomerado de estrelas antigas NGC 6752, localizado na constelação do Pavão
(Foto: ESO/Divulgação)
Quanto menor a quantidade de sódio presente em uma estrela, maior é a
duração da vida dela, segundo um novo estudo feito pelo Very Large
Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) e publicado na revista
"Nature" desta quarta-feira (29).
Os astrônomos analisaram a radiação emitida por um aglomerado de
estrelas antigas chamado NGC 6752, que fica na constelação do Pavão, a
cerca de 13 mil anos-luz da Terra.
A equipe avaliou duas gerações de astros, e os resultados apontam que a
maioria deles simplesmente não atinge um determinado estágio de
evolução, porque contêm muito sódio. Nessa última fase, ocorre uma
queima de combustível nuclear, e grande parte da massa dos corpos se
perde sob a forma de gás e poeira.
O material expelido, então, é usado para formar uma nova geração de
estrelas, planetas e até vida orgânica. Segundo os cientistas, esse
ciclo de perda de massa e renascimento ajuda a explicar a evolução
química do Universo.
O estudo foi conduzido pelo especialista em teorias estelares Simon
Campbell e colegas da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália. A
equipe espera agora encontrar resultados semelhantes em outros
aglomerados estelares e planeja novas observações.
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