quinta-feira, 30 de maio de 2013

'Dieta' pobre em sódio é chave para estrelas viverem mais, diz estudo

Cientistas australianos analisaram aglomerado de astros a 13 mil anos-luz.
Componente do sal ajuda corpos celestes a atingir fase final da evolução.

Do G1, em São Paulo
O aglomerado globular NGC 6752 (Foto: ESO/Divulgação) 
O aglomerado de estrelas antigas NGC 6752, localizado na constelação do Pavão 
(Foto: ESO/Divulgação)
 
Quanto menor a quantidade de sódio presente em uma estrela, maior é a duração da vida dela, segundo um novo estudo feito pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) e publicado na revista "Nature" desta quarta-feira (29).

Os astrônomos analisaram a radiação emitida por um aglomerado de estrelas antigas chamado NGC 6752, que fica na constelação do Pavão, a cerca de 13 mil anos-luz da Terra.

A equipe avaliou duas gerações de astros, e os resultados apontam que a maioria deles simplesmente não atinge um determinado estágio de evolução, porque contêm muito sódio. Nessa última fase, ocorre uma queima de combustível nuclear, e grande parte da massa dos corpos se perde sob a forma de gás e poeira.

O material expelido, então, é usado para formar uma nova geração de estrelas, planetas e até vida orgânica. Segundo os cientistas, esse ciclo de perda de massa e renascimento ajuda a explicar a evolução química do Universo.

O estudo foi conduzido pelo especialista em teorias estelares Simon Campbell e colegas da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália. A equipe espera agora encontrar resultados semelhantes em outros aglomerados estelares e planeja novas observações.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...