Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, ajuda a mapear a nossa galáxia.
Até o fim do ano, astrônomos esperam ter uma visão em 360° do céu.
Imagem
em infravermelho mostra bolha gigante que foi esculpida na poeira
espacial por estrelas de grande massa e é responsável pela formação de
bolhas menores (Foto: Nasa/JPL-Caltech/University of Wisconsin )
Novas observações de áreas mais distantes e desabitadas da Via Láctea,
feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, mostram dezenas de
estrelas recém-nascidas lançando jatos de seus "casulos" de poeira. O
estudo da Universidade de Wisconsin foi apresentado na quarta-feira (5)
durante reunião da Sociedade Americana de Astronomia, em Indianápolis.
As imagens foram captadas por raios infravermelhos em azul e verde do
Spitzer, e combinadas com informações em vermelho do telescópio Wise,
também da Nasa, que preencheu lacunas nas áreas que o Spitzer não
cobriu.
Uma das fotos revela a região próxima à constelação do Cão Maior, com
mais de 30 astros jovens ejetando material. Até agora, já foram
identificadas 163 regiões que contêm jatos expelidos por estrelas,
algumas agrupadas e outras isoladas.
Os registros fazem parte do projeto Glimpse 360,
que está mapeando a topografia do céu da nossa galáxia.
Ainda este ano,
devem ser divulgados os resultados, que incluem uma visão completa em
360°. Até agora, o projeto já mapeou 130° do céu ao redor do centro da
galáxia.
A Via Láctea é uma coleção de estrelas espiral e predominantemente
plana, como um disco de vinil, mas com uma ligeira dobra – que também
será mapeada. Nosso Sistema Solar está localizado a cerca de dois terços
de seu centro em direção às extremidades, no chamado Esporão de Órion,
um desdobramento do braço de Perseus, um dos principais braços da
galáxia.
Segundo a astrônoma Barbara Whitney, da Universidade de Wisconsin, os
cientistas estão descobrindo todos os tipos de formação de novas
estrelas em áreas menos conhecidas das bordas exteriores da Via Láctea.
Para ajudar no Glimpse 360, os astrônomos também têm contado com a
ajuda do público leigo, que vasculha as imagens obtidas em busca de
bolhas cósmicas que indiquem a presença de estrelas quentes e de grande
massa. Essas pessoas participam do Projeto Via Láctea, que funciona em esquema colaborativo e voluntário.
Astros recém-nascidos expelem jatos de 'casulos' de poeira
(Foto: Nasa/JPL-Caltech/University of Wisconsin)
Imagem do Spitzer lembra corais e algas, dizem cientistas
(Foto: Nasa/JPL-Caltech/University of Wisconsin)
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