quarta-feira, 19 de junho de 2013
Nasa quer ajuda de astrônomos amadores para monitorar asteroides
WASHINGTON, (Reuters) - A Nasa pediu nesta terça-feira a astrônomos de fundo de quintal e a outros cientistas-cidadãos que ajudem a monitorar asteroides capazes de causar estragos na Terra.
A agência espacial dos Estados Unidos já identificou 95 por cento dos chamados NEOs ("objetos próximos da Terra", na sigla em inglês), que têm um diâmetro de pelo menos 1 quilômetro.
Para se ter uma ideia, os cientistas calculam que esse era o tamanho do rochedo espacial que teria extinguido os dinossauros há cerca de 65 milhões de anos.
Agora, a Nasa espera trabalhar com indivíduos, órgãos públicos, parceiros internacionais e acadêmicos para "encontrar todas as ameaças de asteroides para a população humana e saber o que fazer com eles".
Entre 50 e 100 astrônomos amadores já participam da chamada análise de curva da luz das rochas espaciais, fazendo repetidas imagens de corpos astronômicos para ajudar a determinar suas características, segundo Jason Kessler, executivo do programa que a Nasa batizou de Grande Desafio do Asteroide.
"Certamente vamos precisar de muito mais ajuda com isso, à medida que nossa taxa de detecção crescer", disse Kessler por telefone.
Mesmo rochas espaciais menores podem ser perigosas, inclusive se não atingirem a Terra diretamente. Em fevereiro, um meteorito com cerca de 17 metros de diâmetro explodiu sobre a Rússia central, estilhaçando vidraças, danificando prédios e ferindo 1.200 pessoas.
Neste mês, um asteroide do tamanho de uma caminhonete passou raspando pela Terra, a um quarto da distância que separa o planeta da Lua. Sua maior aproximação foi a 105 mil quilômetros, ao sul da Tasmânia (Austrália).
Estima-se que menos de 10 por cento dos NEOs com diâmetro inferior a 300 metros já tenham sido detectados, e menos de 1 por cento dos objetos com menos de 100 metros, segundo a Nasa.
Kessler disse que o objetivo da iniciativa é detectar todos os NEOs com pelo menos 30 metros de diâmetro.
A agência espacial também anunciou planos para capturar um pequeno asteroide, redirecioná-lo para uma órbita estável e enviar humanos para estudá-lo a partir de 2021.
(Reportagem de Deborah Zabarenko)
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