Berçário estelar a 6 mil anos-luz da Terra tem dimensão de 4 luas cheias.
Imagens revelam grupos de astros quentes recém-nascidos entre nuvens.
Nebulosa do Camarão é registrada pelo VLT em imagem mais nítida já obtida dela
(Foto: Martin Pugh/ESO)
O telescópio VLT, localizado no norte do Chile, obteve algumas das
imagens de melhor qualidade já feitas da Nebulosa do Camarão, um enorme
berçário estelar situado a 6 mil anos-luz da Terra, na constelação de
Escorpião.
Segundo informou nesta quarta-feira (18) o Observatório Europeu do Sul
(ESO), nessas fotos é possível observar grupos de estrelas quentes
recém-nascidas encolhidas entre as nuvens que compõem a nebulosa, uma
região cheia de gás e bolhas escuras que geram novos astros.
Essa formação espacial, também conhecida como Gum 56, tem uma extensão
que equivale a quatro vezes a dimensão de uma Lua cheia. Há milhões de
anos, surgiram nessa parte do Universo várias estrelas, tanto de forma
individual como reunidas em nuvens.
Nas imagens divulgadas pelo ESO, é possível ver o Collinder 316, um
grande cúmulo de estrelas disperso que faz parte de um conjunto ainda
maior de estrelas luminosas. Além disso, foram observadas diversas
estruturas ou cavidades de cor mais escura, nas quais a matéria
interestelar foi expulsa por fortes correntes de vento, geradas a partir
de astros quentes próximos.
O telescópio VLT tem 2,6 metros de diâmetro e é o maior do mundo para
pesquisar o céu em luz visível, capaz de gerar imagens de até 268
megapíxels. As imagens feitas pelo VLT foram melhoradas ao se juntar com
outras obtidas pelo astrônomo australiano Martin Pugh, que fez imagens
em seu país, com telescópios de 32 e 13 centímetros de diâmetro.
Imagens mostram amontoado de nuvens de gás que formam Nebulosa do Camarão
(Foto: Martin Pugh/ESO)
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