quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Supertempestade em Saturno 'revira' gelo do planeta, diz Nasa

Do G1, em São Paulo
 

Imagem mostra formação de supertempestade no hemisfério norte de Saturno  (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial) 
Imagem mostra formação de supertempestade no hemisfério norte de Saturno 
(Foto Nasa/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial)
 
 
Uma supertempestade que atingiu Saturno "revirou" gelo da atmosfera do planeta, segundo uma pesquisa publicada na revista científica "Icarus". As informações sobre o estudo foram divulgadas nesta terça-feira (3) pela agência espacial americana (Nasa), que classificou a tormenta como "monstruosa".

O fenômeno gigantesco irrompeu em dezembro de 2010 no planeta, afirma a agência espacial. Tempestades deste gênero costumam aparecer no hemisfério norte de Saturno a cada 30 anos, em média.

A análise dos cientistas e as medições próximas ao infravermelho feitas pela sonda espacial Cassini formam juntas a primeira detecção já realizada de gelo formado a partir de água em Saturno. A água, afirma a Nasa, se origina das profundezas da atmosfera do planeta.

"A nova descoberta da Cassini mostra que Saturno pode 'desenterrar' materiais a mais de 160 km [no fundo da atmosfera]", afirmou Kevin Baines, um dos autores do estudo e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em entrevista à instituição.

"Isso demonstra de maneira muito realista que Saturno, apesar de parecer um planeta 'pacato', pode ser tão tão ou mais explosivo que Júpiter, conhecido pelas tempestades", reforçou Baines.

A pesquisa descobriu que as partículas que formam as nuvens no topo da tempestade são compostas de três substâncias: gelo de água, gelo de amônia e uma terceira substância que possivelmente é hidrossulfeto de amônio.

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