Análise de queda foi feita com base em vídeos publicados na internet.
Eventos deste tipo podem ser mais comuns do que se pensava.
O
meteorito Chelyabinsk estava a 19 km por segundo no momento em que
atingiu a atmosfera (Foto: Andrea Carvey, Mark Boslough & Brad
Carvey)
Dois estudos publicados nesta quarta-feira (06) apontam que o impacto
causado pelo meteorito que atingiu a Rússia em fevereiro deste ano foi
ainda maior do que havia sido calculado e que a frequência de eventos
deste tipo também pode ser maior do que se imaginava.
O artigo publicado na revista "Nature" calcula que a explosão do objeto
na Terra foi de 500 quilotoneladas de TNT (trinitrotolueno), atrás
apenas do objeto que caiu em Tunguska, na Sibéria, em 1908.
Os cálculos das propriedades do asteroide e de sua rota apontam que o
meteorito estava a 19 km por segundo no momento em que atingiu a
atmosfera. Sua massa era de 12 mil a 13 mil toneladas, maior e quase
duas vezes mais pesado do que havia sido calculado em junho deste ano.
Quando chegou à altitude de 45 a 30 quilômetros, o objeto se partiu em
pedaços e explodiu a 27 km do solo, emitindo gás e poeira.
As análises foram feitas a partir de vídeos publicados na internet, que
foram gravados por pessoas que estavam perto no momento em que o
meteorito atingiu a Terra.
Pela análise de sua trajetória e composição mineral – principalmente
silicatos que formaram o Sistema Solar – os pesquisadores concluíram que
antes de o asteroide atingir a Terra sua órbita era semelhante a de
outro asteroide maior, de 2 km de diâmetro.
A pesquisa divulgada pela "Science" estima que o risco de um objeto similar atingir a Terra novamente pode maior do que havia sido estimado antes.
A partir de pesquisa global que analisou explosões aéreas de mais de um quilotonelada, os cientistas apontam que há uma quantidade maior de asteroides de 10 a 50 metros de diâmetros perto da Terra, o que aumenta as chances de um desses objetos impactá-la.
A pesquisa divulgada pela "Science" estima que o risco de um objeto similar atingir a Terra novamente pode maior do que havia sido estimado antes.
A partir de pesquisa global que analisou explosões aéreas de mais de um quilotonelada, os cientistas apontam que há uma quantidade maior de asteroides de 10 a 50 metros de diâmetros perto da Terra, o que aumenta as chances de um desses objetos impactá-la.
O estudo também afirma que o brilho do meteorito Chelyabinsk era 30 vezes mais intenso do que o brilho do Sol.
Foto
fornecida pela polícia de Chelyabinsk mostra buraco de seis metros em
um lago congelado provocado pela queda de meteoritos, na região de
Chelyabinsk.
(Foto: AFP / Chelyabinsk Region Police Department)
Trilha
de um meteorito é visto em Chelyabinsk, na Rússia. O meteorito se
desintegrou numa enorme onda de choque explosão, que quebrou vidros e
deixou quase mil feridos, segundo as autoridades (Foto:
AP/Chelyabinsk.ru)
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