Ilustração mostra o buraco negro supermaciço dentro de galáxia anã (Foto: Nasa/ESA/AFP)
Da France Presse
A agência espacial europeia (ESA) divulgou nesta quinta-feira (18) uma ilustração feita a partir de imagens do telescópio espacial Hubble do buraco negro supermaciço, com uma massa equivalente a 21 milhões de vezes a do nosso Sol, descoberto no centro de uma galáxia anã ultracompacta chamada M60-UCD1. A descoberta foi revelada nesta quarta-feira (17) uma equipe internacional de astrônomos na revista "Nature".
"Este é o menor e mais brilhante objeto conhecido a ter um buraco negro supermaciço", declarou Anil Seth, principal autor do estudo.
Esta descoberta sugere que muitas outras galáxias anãs ultracompactas também podem conter buracos negros supermaciços, o que, portanto, seria mais comum do que se pensava anteriormente. Os buracos negros supermaciços têm mais de um milhão de vezes a massa do nosso Sol.
O buraco negro encontrado no centro da galáxia M60-UCD1 graças ao observatório astronômico Gemini e ao telescópio espacial Hubble, tem uma massa equivalente a 21 milhões de massas solares. Ela representa 15% da massa total da galáxia que abriga.
Em comparação, o buraco negro supermaciço no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, tem uma massa muito menor, o equivalente a 4 milhões de vezes a do Sol.
Buracos negros supermaciços já foram descobertos em outras galáxias anãs. "No entanto, a M60-UCD1 está claramente fora do lugar, ela é muito mais compacta e seu buraco negro mais maciço", ressalta Amy Reines, da Universidade de Michigan, em um editorial também publicado pela Nature.
Os astrônomos propõem um cenário para explicar a sua surpreendente descoberta. Eles acreditam que a galáxia anã M60-UCD1, localizada na constelação de Virgem, a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra, pode ter sido uma galáxia muito mais maciça, "com talvez 10 bilhões de estrelas" e um buraco negro proporcional. Mas teria sido despojada de muitas de suas estrelas por uma galáxia ainda mais maciça, a M60. "Isso pode ter acontecido há 10 bilhões de anos. Nós não sabemos", disse Anil Seth.
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