Combinação de observações feitas com os telescópios espaciais Hubble (luz visível) e Chandra (raios-X) mostra os grupos de galáxias que formam um sorriso no céu e por isso receberam o apelido de “Gato de Cheshire”, personagem do livro “Alice no País das Maravilhas”: estudo indica que as galáxias que formam os “olhos” do gato estão se aproximando a uma velocidade de cerca de 500 mil km/h e devem se fundir dentro de 1 bilhão de anos Foto: Chandra X-ray Observatory Center / Nasa/Chandra/Hubble
RIO – Dois grupos de galáxias que parecem formar um sorriso no céu devido ao fenômeno das lentes gravitacionais, e por isso receberam o apelido de “Gato de Cheshire” em homenagem ao personagem do livro “Alice no País das Maravilhas”, estão a caminho de um processo de fusão que resultará na criação do que os astrônomos chamam de um “fóssil” cósmico, composto por uma galáxia elíptica gigante cercada por vários conjuntos estelares menores. Segundo estudo publicado recentemente no periódico científico “The Astrophysical Journal”, as duas galáxias que formam os “olhos” do gato estão se aproximando a uma velocidade de cerca de 500 mil km/h e deverão se unir daqui a 1 bilhão de anos, quando então o grupo poderá receber outro apelido, talvez “Ciclope”.
Este “Gato de Alice” cósmico é considerado um exemplo clássico de lente gravitacional, um dos efeitos previstos pela Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, que completa cem anos de sua publicação esta semana. O fenômeno acontece quando a gravidade da matéria tanto visível quanto escura do grupo de galáxias amplia e distorce a luz emitida por outras galáxias mais distantes.
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