Hoje, 30 de junho, é comemorado em diversos países, o Dia do Asteróide - Asteroid Day..
Trata-se de uma data onde diversas atividades educacionais são realizadas com o intuito de informar e alertar as pessoas sobre o que é um asteróide e o perigo que ele pode trazer para o planeta.
Em 30 de junho de 1908, um asteroide de 40 metros de diâmetro causou um grande impacto quando colidiu em Tunguska, na Sibéria. O corpo celeste derrubou 80 milhões de árvores em uma zona pouco povoada de 2.000 quilômetros quadrados – uma superfície superior ao tamanho de Londres. O Dia do Asteroide foi escolhido para recordar a data e alertar para o fato que, até hoje, ninguém consegue prever com precisão quando será a próxima queda de um asteroide sobre a superfície.
Os cientistas trabalham para melhorar as previsões e descobrir como abortar um possível impacto – incluindo um eventual “asteroide surpresa”, que apareça sem dar sinais prévios sem estarmos preparados para nos defendermos.
As táticas poderiam consistir em destruir o asteroide com laser, tentar desviá-lo ou enviar um “trator” espacial para arrastá-lo. Mas, primeiro, os cientistas precisam detectar a ameaça e pensar em um plano rápido para combatê-la.
Astrofísicos classificam os corpos celestes por tamanho e pela composição. Os asteroides são rochas que podem medir desde alguns centímetros até 10 quilômetros de diâmetro, como o que extinguiu os dinossauros há 65 milhões de anos. Eles penetram diariamente na atmosfera da Terra, muitas vezes pegando fogo durante a queda, e raramente apresentam algum risco – a agência espacial americana estima que a chance de sermos atingidos por um asteroide potencialmente perigoso nos próximos 100 anos é de apenas 0,01%. A maioria dessas rochas vêm de uma região entre Marte e Júpiter, onde há um grande cinturão de asteroides.
Até o momento, especialistas conseguiram catalogar 90% dos asteroides de tamanho potencialmente perigosos e determinaram que nenhum supunha uma ameaça imediata. Estima-se que episódios de impacto com objetos tão grandes como o que atingiu os dinossauros aconteçam uma vez a cada 100 milhões de anos – o próximo, teoricamente, poderia levar ao fim da humanidade.
Os mais preocupantes são os asteroides que têm entre 15 e 140 metros, como o que caiu na Sibéria. Outro episódio relevante foi registrado em Chelyabinsk, no centro da Rússia, em 2013, quando um corpo de 20 metros – que não tinha sido detectado com antecedência – entrou na atmosfera, criando uma energia cinética equivalente a 27 bombas de Hiroshima. A onda de choque fez com que as janelas de quase 5.000 edifícios quebrassem e deixou mais de 1.200 feridos.
Diante da ameaça, a Europa está criando uma série de telescópios, cuja conclusão está programada para daqui a dois anos. Esta rede “escaneará sistematicamente o céu a cada noite, e qualquer asteroide que se aproxime será detectado com uma antecedência de duas a três semanas”, disse Nicolas Bobrinsky, responsável do projeto de vigilância de asteroides Space Situational Awareness, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Do Observatório Astronomico Monoceros com informações da Revista Veja e da AFP.
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