quarta-feira, 16 de julho de 2008

Surgem novas provas de que Marte já esteve repleto de água


Estruturas, vistas do alto, são praticamente idênticas a delta de rio (Foto: Nasa/JPL/Universidade Brown/Divulgação)
Minerais encontrados no solo de Marte mostram que o planeta já esteve coberto por lagos, rios e outros ambientes hídricos capazes de abrigar vida, disseram pesquisadores dos Estados Unidos na quarta-feira (16). Em junho, a sonda Mars Phoenix Lander encontrou gelo na superfície marciana, mas o material está muito congelado e coberto de poeira vermelha. Em artigo na revista "Nature", um grupo de cientistas mostra que esse gelo é um resquício de uma época mais quente e úmida. "Isso é realmente animador, porque estamos encontrando dezenas de locais onde futuras missões podem pousar para tentar entender se Marte já foi habitável e, em caso positivo, procurar sinais de vida passada", disse John Mustard, participantes do estudo que trabalha na Universidade Brown. "Os minerais presentes na antiga crosta de Marte mostram uma variedade de ambientes úmidos", acrescentou Mustard.

Cores refletidas
A equipe usou um equipamento chamado Crism ("espectrômetro compacto de reconhecimento por imagens para Marte", na sigla em inglês) e outros instrumentos da sonda Mars Reconnaissance Orbiter para avaliar as cores refletidas na luz do sol. Isso ajuda a determinar que minerais há ali.Os minerais argilosos precisariam ter sido formados a temperaturas relativamente baixas, disseram os pesquisadores. "O que isso significa para a habitabilidade? É muito forte", disse Mustard. "Não era um caldeirão tão quente, fervente. Era um ambiente benigno, rico em água durante um longo período." As conclusões se encaixam na análise da missão Phoenix Mars Lander, que, além de gelo, encontrou também solo alcalino, que poderia ter abrigado vida."A grande surpresa desses novos resultados é como a água de Marte foi impregnante e duradoura, e como os ambientes úmidos eram diversos", disse Scott Murchie, pesquisador-chefe do Crism no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
Reuters

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