Alumínio do World Trade Center compõe jipes-robôs Spirit e Opportunity. Um dos criadores da ideia trabalhava perto das duas torres.
A Nasa homenageou os mortos no ataque de uma maneira peculiar. Na estrutura dos jipes-robôs Spirit e Opportunity, existem peças feitas com alumínio retirado dos destroços do World Trade Center.
Os veículos de exploração foram lançados em junho de 2003, mas o uso do material dos arranha-céus só veio a público em novembro do ano seguinte. “Era para ser uma homenagem silenciosa”, disse na época ao “New York Times” Stephen Gorevan, fundador pela Honeybee, empresa de robótica que ajudou a desenvolver os jipes-robôs.
Peça do Spirit marcada com a bandeira dos EUA é feita com alumínio do WTC
(Foto: Nasa/JPL-Caltech/Cornell University)
Gorevan conta que o escritório em que sua equipe trabalhava naquele dia ficava próximo às duas torres, na ilha de Manhattan. Quando o primeiro prédio foi atingido, ele estava a seis quarteirões do World Trade Center, a caminho do trabalho.
“Principalmente, o que lembro ainda hoje é o som dos motores antes de o primeiro avião atingir a torre. Antes da batida, eu ouvia os motores acelerando, como se quem estivesse no comando quisesse garantir o máximo de destruição. Eu parei por alguns minutos, fiquei olhando e percebi que me sentia desamparado, e saí dália para meu escritório ali perto, onde meus colegas me contaram que um segundo avião tinha batido. Assistimos ao resto dos tristes eventos do dia do telhado do nosso prédio”, relatou Gorevan.
Hoje, o jipe-robô Spirit já não está mais em operação, pois perdeu contato com a Terra. O Opportunity continua funcionando e explorando o planeta vermelho.
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