Telescópio Alma está em construção no Chile e deve ficar pronto em março.
Antenas de rádio compõem a obra, que observará corpos celestes frios.
O maior projeto de astronomia terrestre via rádio do mundo, em
construção pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) e parceiros
internacionais – como o Brasil – no deserto do Atacama, no norte do
Chile, teve novas imagens divulgadas nesta sexta-feira (26). A obra deve
ser concluída em março de 2013.
Várias antenas de rádio foram instaladas nessa região árida do Planalto
de Chajnator para compor o telescópio de última geração Alma (sigla de
Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array), que deve estudar a
radiação produzida por alguns dos objetos mais frios do Universo.
Conjunto de antenas de rádio forma telescópio Alma, instalado no deserto do Atacama
(Foto: Jorge Saenz/AP)
Essas antenas serão articuladas como um telescópio gigante único, capaz
de captar comprimentos de ondas de luz mil vezes mais longos do que
qualquer objeto visível a olho nu, além de corpos mais frios do que
registram os telescópios infravermelhos, que são bons em observar
planetas distantes e sóis, mas acabam perdendo alguns planetas e nuvens
de gases onde as estrelas se formam.
Telescópio está na fase final de construção e deve ficar pronto em março de 2013
(Foto: Jorge Saenz/AP)
Pintor chileno participa da obra do maior complexo astronômico terrestre do mundo
(Foto: Jorge Saenz/AP)
Telescópio Alma é visto à noite, sob luz da lua, no deserto do Atacama, norte do Chile
(Foto: Jorge Saenz/AP)
Abaixo, à esquerda, aparece o solo árido do deserto do Atacama, que é
considerado o mais seco do mundo e cujo clima com baixíssima umidade
ajuda a não ter interferência de outros sinais de rádio. Além disso, o
telescópio, extremamente sensível, está instalado em uma região a quase 5
mil metros de altitude, o que facilita as observações.
À direita, aparece a primeira imagem antecipada pelo Alma, há um ano,
que revela um par de galáxias espirais que se colidem a 70 milhões de
anos-luz de distância da Terra, na constelação do Corvo. A imagem
combinou dois comprimentos de onda diferentes, durante os testes
iniciais feitos em luz visível.
Deserto é considerado o mais seco do mundo; à dir., galáxias vistas em testes
(Foto: Jorge Saenz/AP/Alma)
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