Chuva anual poderá ser vista do Brasil por quem olhar na direção norte.
Fenômeno ocorre porque a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle.
Chuva
de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle pôde ser vista na região
central da Grécia, na madrugada deste sábado (10). meteoros queimam na
atmosfera da Terra (Foto: Petros Giannakouris/AP)
A anual chuva de meteoros Perseidas, conhecida popularmente como
"lágrimas de San Lorenzo", alcançará sua intensidade máxima às 2h da
manhã (horário de Brasília) desta terça-feira (13).
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As Perseidas poderão começar a ser vistas com maior clareza quando seu
ponto radiante, na direção norte, sair sobre o horizonte. Será possível
observar meteoros durante toda a noite, mas é a partir do nascimento da
constelação de Perseu que mais meteoros vão poder ser visualizados,
segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. Por hora, será possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.
Isso ocorre porque, a cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa
Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992. Essa
chuva de meteoros costuma ter sua máxima atividade entre os dias 12 e 13
de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a
segunda metade de julho até o fim de agosto.
No momento da observação dos meteoros, a Lua estará em fase crescente e
será ocultada no momento em que será possível avistar os meteoros. Por
essa razão, segundo assegura o Instituto de Astrofísica das Canárias
(IAC), em comunicado citado pela agência espanhola EFE, o satélite
natural da Terra "não será um obstáculo para a observação".
As estrelas cadentes são pequenas partículas de pó de diferentes
tamanhos – algumas menores que grãos de areia –, deixadas pelos cometas
ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.
Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar
(onde ficam os planetas terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), seu
núcleo formado por gelo e rochas se sublima pela ação da radiação
solar. Assim, o cometa gera sua característica cauda de pó e gás, e a
corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é
atravessada todos os anos pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.
É nesse encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar
em grande velocidade na atmosfera terrestre, que os conhecidos traços
luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o IAC.
Imagem feita após longa exposição mostra 'chuva de meteoros' atrás de árvore
(Foto: Amir Cohen/Reuters)
Meteoros observados em 12 de agosto de 2008 nos EUA
(Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)
Meteoro
é visto no céu sobre a vila de Uklici, conhecida por suas rochas que
têm formas semelhantes a silhuetas humanas, perto de Kratovo, na
Macedônia (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)
Perseidas sobre Stonehenge, na planície de Salisbury, ao sul da Inglaterra
(Foto: Doherty Kieran/Reuters)
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