terça-feira, 1 de outubro de 2013

Planeta fora do Sistema Solar tem suas nuvens mapeadas pela 1ª vez

Telescópios espaciais Kepler e Spitzer, da Nasa, analisaram Kepler-7b.
Gigante gasoso é 3 vezes maior que Júpiter e tem temperatura 'escaldante'.

Do G1, em São Paulo

 

Exoplaneta Kepler-7b (à esq.), que tem 3 vezes o diâmetro de Júpiter (dir.), é o primeiro planeta fora do Sistema Solar a ter suas nuvens mapeadas (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MIT) 
Exoplaneta Kepler-7b (à esquerda), que tem 3 vezes o diâmetro de Júpiter (direita), é o primeiro planeta fora do Sistema Solar a ter suas nuvens mapeadas (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MIT)
 
Uma equipe de astrônomos mapeou, pela primeira vez, as nuvens de um planeta fora do Sistema Solar, chamado Kepler-7b. Os dados foram obtidos ao longo de mais de três anos, em diferentes fases do planeta (como as da Lua), por meio dos telescópios espaciais Kepler e Spitzer, da Nasa.

Com temperatura "escaldante", a mais de 1.000° C, esse gigante gasoso tem três vezes o diâmetro de Júpiter e um céu com nuvens mais densas do lado oeste. O Kepler-7b também reflete cerca de 50% da luz visível que incide sobre ele, e sua órbita em torno da estrela principal dura apenas cinco dias. Além disso, se o planeta pudesse ser colocado em uma banheira cheia de água, acabaria flutuando.

Descoberto em 2010, esse corpo celeste foi um dos primeiros exoplanetas detectados pelo telescópio Kepler, que ao todo já identificou mais de 150. Atualmente, o telescópio está com problemas em duas das quatro rodas que lhe dão estabilidade e precisão, e enquanto isso os astrônomos analisam os dados já 
coletados por ele.

Segundo os cientistas, estudar a atmosfera de planetas fora do Sistema Solar é um caminho para identificar possibilidade de vida em outras partes do Universo, principalmente em corpos mais parecidos com a Terra em tamanho e composição.

O mapa do Kepler-7b foi publicado na revista "Astrophysical Journal Letters" e teve participação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, e das universidades da Califórnia, Yale e Northwestern, nos EUA, de Berna, na Suíça, e de Liège, na Bélgica.

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