quarta-feira, 20 de julho de 2016

Nasa anuncia descoberta de 104 exoplanetas por telescópio espacial

Da France Presse/G1.globo.com


Concepção artística do telescópio espacial Kepler e dos quatro planetas com tamanhos parecidos com a Terra descobertos em missão (Foto: K2 Nasa/JPL)
Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de 104 novos planetas fora de nosso Sistema Solar, incluindo quatro que podem ter superfícies rochosas como a Terra.
Os cientistas descobrriam os exoplanetas usando o telescópio espacial Kepler, assim como observações feitas a partir de telescópios terrestres.
A missão Kepler, de US$ 600 milhões, permitiu que os cientistas descobrissem mais de 4,6 mil planetas - 2.326 confirmados - desde que foi lançada em 2009.
"A diversidade de planetas é assombrosa", disse nesta segunda-feira Evan Sinukoff, astrônomo da Universidade do Havaí, que contribuiu para a pesquisa.
O último achado inclui 21 exoplanetas situados na zona habitável ao redor de suas estrelas: uma distância que permite a existência de água líquida, o que permitiria o desenvolvimento de vida.
Planetas rochosos
Os quatro planetas potencialmente rochosos - que são entre 20% e 50% maiores do que a Terra - orbitam próximos da mesma estrela em um sistema planetário a cerca de 400 anos-luz da Terra. Um ano-luz equivale a cerca de 10 trilhões de quilômetros.

Apesar de os planetas orbitarem sua estrela a uma distância ainda menor do que a que mercúrio orbita nosso Sol, a superfície dos planetas podem ter temperaturas parecidas com a da Terra porque sua estrela é mais fria do que o Sol, segundo os astrônomos.
A missão Kepler têm observado 150 mil estrelas na constelação Cygnus em busca de sinais de planetas orbitando ao redor desses astros, em especial aqueles que podem ter condições de desenvolvimento de vida.
A identificação desses planetas ocorre pela observação da diminuição da luz de uma estrela a cada vez que um planeta passa em frente do astro durante sua órbita.
O telescópio espacial Kepler está atualmente em uma missão chamada K2, para estudar supernovas, aglomerados estelares e galáxias distantes.

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