segunda-feira, 31 de agosto de 2015

L'universo costellato da 'oasi della vita'

Rappresentazione artistica delle 'oasi' della vita (in verde) disseminate nella galassia (fonte: NASA/JPL/R. Hurt)
Rappresentazione artistica delle 'oasi' della vita (in verde) disseminate nella galassia (fonte: NASA/JPL/R. Hurt)
E' possibile riconoscere l'impronta della vita nei pianeti che ruotano attorno ad altre stelle. La sua firma è infatti impressa in speciali 'oasi' che ne trasportano i semi fra le stelle, attraversando il cosmo. Lo dimostra il modello teorico messo a punto dagli astrofisici dell'università di Harvard coordinati da Henry Lin.

''Secondo la nostra teoria i semi della vita si formano, si sviluppano e si sovrappongono gli uni con gli altri in un modo simile a quanto succede all'acqua che bolle'', ha osservato Lin. L'ipotesi secondo cui i semi della vita viaggiano fra le stelle è nota tempo e si chiama 'panspermia'. Gli astrofisici di Harvard non la confermano, ma si limitano a dire che, se fosse confermata, allora entro 20 anni potrebbe diventare possibile riconoscere con i telescopi gli speciali 'gusci' che, come oasi nel deserto, diffondono la vita nel cosmo. 

Secondo il modello messo a punto ad Harvard i semi della vita possono viaggiare da un pianeta 'abitabile' all'altro, ossia vagano nell'universo 'posandosi' soltanto sui pianeti che hanno le condizioni ideali perchè possano attecchire e 'mettere radici'. Per esempio, dovrebbero essere pianeti che si trovano alla giusta distanza dalla loro stella per poter avere acqua liquida.

Il ripetersi di questo processo, secondo i ricercatori, può aver generato delle vere e proprie oasi cosmiche che costellano le galassie. ''La vita può diffondersi da una stella all'altra come un'epidemia'', ha osservato un altro degli autori della ricerca, Avi Loeb.


www.ansa.it/scienza

sábado, 29 de agosto de 2015

Una farfalla cosmica immortalata dal telescopio Hubble

Farfalla cosmica immortalata dal telescopio Hubble (fonte: ESA/Hubble & NASA. Judy Schmidt) Farfalla cosmica immortalata dal telescopio Hubble (fonte: ESA/Hubble & NASA. Judy Schmidt)
Dal litigioso atto finale di una coppia di stelle nasce una splendida 'farfalla' cosmica: è una delle ultime immagini arrivate dal telescopio spaziale Hubble, di Nasa e Agenzia Spaziale Europea (Esa), che svela ciò che avviene all'interno della nebulosa planetaria PNM2-9 creata da una coppia di stelle ormai nella fase conclusiva della loro vita.

Vista dagli occhi di Hubble può sembrare una colorata farfalla ma si tratta in realtà dei getti di gas espulsi da due stelle con masse molto simili a quella del Sole. Dopo aver consumato praticamente tutto il loro 'combustibile', idrogeno che attraverso il meccanismo di fusione viene trasformato in elementi più pesanti, queste due stelle stanno espellendo con violenza gran parte dalla loro massa. Ciò che si vede sono soprattutto gli strati più esterni che al termine del ciclo sono stati espulsi da violente esplosioni generate dal nucleo. Lo spettacolo è reso ancora più artistico dal fatto che si tratta di due stelle, binarie, in rotazione l'una con l'altra. Si ipotizza che a dare questa caratteristica forma sia la presenza di una una nana bianca, più grande dell'altra, capace di 'rubare' gli ultimi materiali alla compagna morente. Misurando la dimensione dei getti e la velocità delle particelle gli astronomi ipotizzano che il 'litigio' tra le due stelle, e la conseguente nascita della 'farfalla', sia avvenuta appena 1200 anni fa.

www.ansa.it/scienza

Superlua ocorre neste sábado; saiba o que é e como observar

Fenômeno acontece quando lua cheia coincide com perigeu do satélite.

Perigeu é o momento em que a Lua está mais próxima da Terra.

Do G1, em São Paulo
Casal observa a Superlua no Rio Misssouri, nos Estados Unidos (Foto: Charlie Riedel/AP)Casal observa superlua no Rio Misssouri, nos Estados Unidos, no ano passado (Foto: Charlie Riedel/AP)
Na noite deste sábado (29) será possível observar no céu o fenômeno conhecido como "superlua", que acontece quando ocorre uma lua cheia no período entre 24 horas antes ou depois de a lua atingir o perigeu (ponto mais próximo da Terra) de sua órbita. As informações são do astrônomo  Cassio Barbosa, do blog Observatório.
A órbita da Lua é elíptica, por isso a distância até nosso satélite natural varia. A menor distância até a Terra (chamada de perigeu) é bem diferente da maior distância (chamada de apogeu): o perigeu da Lua se dá por volta de 362.600 km da Terra e o apogeu, na média, por volta de 405.400 km.
Este ano haverá três superluas: em agosto, em setembro e em outubro. A primeira superlua, que tem o nome oficial de "lua do perigeu-sizígia", acontecerá neste sábado, dia 29. A Lua atinge sua fase de cheia 20 horas antes do perigeu.
"Toda vez que a Lua fica cheia perto do perigeu, ela parece 14% maior e até 30% mais brilhante. A diferença de tamanho não é tão perceptível, pois quando ela está alta no céu, não há nenhuma estrutura para comparação. Já a diferença de brilho é mais fácil de se notar", explica Cassio Barbosa. "Esse evento é um daqueles que não precisam de instrumento para apreciar, basta ir para um local aberto e olhar para a Lua."

Depois da Lua Azul, a Superlua de agosto

Dia 29, amanhã, começa a temporada de Superluas do ano, mas você sabe o que é uma Superlua?
A órbita da Lua é uma elipse um tanto ovalada, de modo que a menor distância até a Terra (chamada de perigeu) é bem diferente da maior distância (chamada de apogeu). O perigeu da Lua se dá por volta de 362.600 km da Terra e o apogeu, na média, por volta de 405.400 km.
A Superlua acontece, tecnicamente, quando ocorre uma Lua Cheia no período entre 24 horas antes ou depois da Lua atingir o perigeu de sua órbita. Isso acontecerá três vezes nesse ano de 2015, em agosto, setembro e outubro.
A primeira Superlua, que tem o nome oficial de Lua do perigeu-sizígia, acontecerá amanhã, dia 29. A Lua atinge sua fase de cheia 20 horas antes do perigeu, o que a faz uma quase ‘Mini-Super’ Lua.
Toda vez que a Lua fica cheia perto do perigeu, ela parece 14% maior e até 30% mais brilhante. A diferença de tamanho não é tão perceptível, pois quando ela está alta no céu, não há nenhuma estrutura para comparação. Já a diferença de brilho é mais fácil de se notar.
Esse evento é um daqueles que não precisam de instrumento para apreciar, basta ir para um local aberto e olhar para a Lua.
Em outubro, dia 26, ocorre a menos interessante das 3 Superluas por que a Lua Cheia ocorre 23 horas depois do perigeu, mas a de setembro será sensacional! A Lua cheia ocorrerá apenas 1 hora após o perigeu e de quebra haverá um eclipse lunar.
O perigeu acontece às 22:47 do dia 27 de setembro, enquanto o ápice do eclipse ocorrerá às 23:47. Será um grande espetáculo, com a Lua avermelhada pelo eclipse, ela vai parecer maior e mais brilhante que o usual. Sobre esse evento falarei mais adiante, mas por ora, vamos “treinando” com a Superlua de sábado.

Crédito: Cássio Barbosa/Arquivo Pessoal

Por Cássio Barbosa
Blog Observatório
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/observatorio/post/depois-da-lua-azul-superlua-de-agosto.html

Quasar mais próximo da Terra tem 2 buracos negros, detectam cientistas

Quasares são núcleos de galáxias brilhantes com massa de milhões de sóis.
Pesquisa foi feita a partir de imagens do telescópio espacial Hubble, da Nasa.

Do G1, em São Paulo
Ilustração mostra o duplo buraco negro observado no centro do quasar mais próximo da Terra, o Markarian 231. (Foto: NASA, ESA, and G. Bacon (STScI))Ilustração mostra o duplo buraco negro observado no centro do quasar mais próximo da Terra, o Markarian 231. (Foto: NASA, ESA, and G. Bacon (STScI))
Um astrofísico da Universidade de Oklahoma juntamente com um colega chinês constatou, a partir de imagens do telescópio espacial Hubble, da Nasa, que o quasar mais próximo da Terra tem dois buracos negros. Trata-se do quasar Markarian 231, a 600 milhões de anos-luz.
Quasares são núcleos de galáxias muito brilhantes e distantes da Terra. Possuem massa de milhões de sóis, porém confinada em espaços tão "pequenos" quanto o Sistema Solar. Os especialistas acreditam que cada uma delas possa conter um buraco negro de grandes dimensões em seu centro. Segundo os astrônomos, quasares são os objetos mais luminosos do Universo.
No caso do quasar observado, ele tem dois buracos negros, o que os cientistas descreveram como “propriedades extremas e surpreendentes”. A descoberta sugere que pode ser comum nos quasares a presença de dois buracos negros, que se dividem em órbita como resultado da fusão entre duas galáxias.
Os cientistas analisaram arquivos do Hubble de radiação ultravioleta emitida a partir do centro do Mrk 231. Se o quasar tivesse apenas um buraco negro em seu centro, a camada de gás quente ao seu redor brilharia com os raios ultravioletas. Em vez disso, o brilho ultravioleta da camada de poeira cai abruptamente para o centro.
Os cientistas estimam que o buraco negro central tenha 150 milhões de vezes a massa do nosso Sol, e que o outro tenha 4 milhões de vezes da massa solar. A dupla completa uma órbita em torno do outro a cada 1,2 anos. Eles devem colidir e se fundir dentro de algumas centenas de milhares de anos e formar um quasar com um único buraco negro supermassivo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Astrônoma chilena de 25 anos descobre novo planeta

Maritza Soto encontrou objeto a 293 anos-luz da Terra e calcula que ele tenha 'no mínimo' três vezes a massa de Júpiter.

Da BBC
A chilena Maritza Soto diz que não esperava fazer uma descoberta notável tão cedo (Foto: Maritza Soto)A chilena Maritza Soto diz que não esperava fazer uma descoberta notável tão cedo (Foto: Maritza Soto)
Aos 25 anos de idade, a doutoranda chilena Maritza Soto realizou o sonho de todo astrônomo: descobrir um novo planeta.
O HD 110014c, que orbita a estrela HD 110014, está a 293 anos-luz da Terra e tem uma massa pelo menos três vezes maior que a de Júpiter.
A descoberta foi publicada na revista científica da Royal Astronomical Society (Real Sociedade Astronômica) em Londres, após uma pesquisa de oito meses.
"Normalmente, para descobrir um planeta temos que usar métodos indiretos, porque não é como olhar para o céu e, de repente, reparar numa pequena mudança e, pronto, lá está um planeta", disse Soto à BBC Mundo.
Ela diz que, em geral, esses planetas são difíceis de se enxergar, dada a proximidade com a estrela que orbitam.
"Para poder realmente enxergá-los, têm que ser planetas que sejam muito grandes e que estejam muito longe da estrela, ou seja, é muito difícil", disse. "O que fazemos é medir a estrela e ver as mudanças que acontecem quando há um planeta. "
Velocidade radial
Soto empregou o método da velocidade radial, que consiste em medir o movimento da estrela para poder concluir se há algum objeto ao redor dela.

Foi assim que Soto e a sua equipe, integrada por James Jenkins e Matías Jones, da Universidade do Chile, descobriram o novo planeta, o segundo daquele Sistema Solar.
O objeto tem pelo menos três vezes a massa de Júpiter, mas Soto diz que este é "um valor mínimo", já que não é possível calcular a massa real.
A jovem estudante destacou que o planeta está muito próximo da estrela que orbita – bem mais que a Terra do Sol.
"É um planeta gasoso gigante que está muito quente, porque está muito perto de sua estrela", afirmou.
'Sucesso'
O planeta, segundo a astrônoma, corre grande risco de ser engolido pelo seu sol, por causa da proximidade e da enormidade daquela estrela vermelha.

Soto, que desde os 11 anos sabia que queria seguir carreira na astronomia, diz que não esperava alcançar um sucesso tão grande tão cedo.
"Sempre estudei astronomia com a ideia de que 'talvez... alguma vez... pode ser... encontre algo novo'. Mas nunca pensei que fosse conseguir tão cedo", disse.
O grupo de Soto vai continuar a investigar o novo planeta para tentar entender a dinâmica entre ele e os outros planetas que orbitam aquele sol.
A equipe também tenta detectar novos planetas ao redor de outros tipos de estrelas que não são muito estudadas.
"Tomara que isso leve a descobertas ainda maiores", afirmou Soto, que comemora o fato de cientistas da América Latina hoje dividirem descobertas com astrônomos de países desenvolvidos.

Stephen Hawking diz que buracos negros podem levar a outro universo

Em nova reviravolta na sua visão do universo, físico britânico sugere que humanos não desapareceriam ao entrar em buraco negro, mas poderiam 'cair em outro lugar'.

Da BBCBOOK

Supõe-se que seria uma viagem só de ida, mas em uma nova reviravolta nas explicações sobre o que ocorreria quando se "cai" em um buraco negro, o físico britânico Stephen Hawking afirmou que viajantes espaciais poderiam terminar em outro universo.
"Se cair em um buraco negro, não se renda", disse Hawking em uma entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia. "Há uma saída."
Hawking afirmou ainda que se o buraco fosse suficiente grande e estivesse girando, poderia ter uma passagem a um universo alternativo.
O famoso cientista considera que os objetos podem acabar armazenados sobre os limites de um buraco negro, região conhecida como horizonte de eventos. São as fronteiras do espaço a partir das quais supostamente nenhuma partícula pode sair, incluindo a luz.
Assegurando que essas estruturas não seriam um poço tão escuro como se pensa, Hawkins indicou que os humanos não desapareceriam ao cair em um buraco negro, mas permaneceriam como um "holograma" na margem ou "cairiam em outro lugar".
Mistério prolongado
Os buracos negros são fenômenos cósmicos que se originam quando uma estrela colapsa. O restante de sua matéria fica limitado a uma pequena região, que logo dá lugar a um imenso campo gravitacional.

Por muito tempo se pensou que nada poderia escapar de sua gravidade, nem sequer a luz.
Em 1974, Hawking descreveu como os buracos negros emitiriam radiação, algo que com o tempo passou a ser conhecido como "radiação de Hawking", ideia com a qual muitos físicos concordam hoje em dia.
Ele, contudo, também apontou inicialmente que a radiação emitida por um buraco negro acabaria evaporando e todas as informações sobre cada partícula despareceriam para sempre.
Em 2004, Hawking surpreendeu o mundo com um novo estudo, denominado O Paradoxo da Informação em Buracos Negros, em que mudava sua própria versão: em vez de absorver tudo, os buracos negros permitem que certas radiações escapem.
Deste modo, um buraco negro deixaria de ser o poço infinito que destrói tudo o que cai nele, e sua fronteira não estaria tão definida como se pensava.
Viagem 'sem volta'
En 2012, enquanto buscavam esclarecer se a informação desaparece para sempre dentro de um buraco negro, John Polchinski e outros físicos já haviam descoberto que outro destino é possível.

Mas acrescentaram que o horizonte de eventos se converte em uma barreira antifogo gigante que incinera o que passar por ele.
À medida que fosse se aproximando do buraco, a diferença de gravidade entre seus pés e a cabeça aumentaria cada vez mais, e em algum momento você se partiria em dois. E logo essa força de maré, como se denomina essa atração, desgarraria cada célula, molécula e átomo de seu corpo.
Muitos físicos não gostaram dessa ideia. Segundo um dos princípios da relatividade de Einstein, uma pessoa que cruzasse o horizonte de eventos não deveria sentir nada diferente, apenas flutuaria no espaço.
A barreira antifogo, portanto, deixaria vulnerável o "princípio de equivalência", uma regra muito respeitada, daí a resistência dos físicos a descartá-la.
De toda maneira, para verificar o que ocorre em um buraco negro você provavelmente teria que viajar ao interior de um deles.
E o próprio Hawking não é candidato a essa jornada.
"(Após entrar em um buraco negro) Não poderia voltar ao nosso universo, de modo que, ainda que esteja interessado em viajar ao espaço, não vou tentar".
com www.g1.globo.com

sábado, 22 de agosto de 2015

Antes de iniciar missão 'suicida', sonda faz imagens de despedida de lua de Saturno

Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI
A lua Dione fotografada pela sonda Cassini com os anéis de Saturno ao fundo
A sonda Cassini, que conseguiu chegar até Saturno, enviou nesta semana suas últimas fotos de uma das luas do planeta gigantesco e gasoso, Dione.
A Cassini passou a 500 quilômetros da superfície de Dione na segunda-feira e esse foi o quinto encontro do tipo que a sonda realizou em sua missão de 11 anos ao planeta dos anéis.
Agora, a sonda está envolvida em uma série de últimas observações. Em 2017, a Cassini vai realizar um mergulho na atmosfera de Saturno, o que resultará em sua destruição.
"Fico emocionada, e sei que todo mundo fica, ao olhar para essas imagens extraordinárias da superfície e do crescente de Dione, sabendo que elas serão as últimas que veremos deste mundo distante durante muito tempo", disse Carolyn Porco, que lidera a equipe de especialistas em imagens da missão.
"Até o fim, a Cassini entregou fidedignamente outra série de riquezas. Como tivemos sorte", acrescentou.
A Cassini chegou mais perto de Dione em 2011, quando a missão passou a apenas 100 quilômetros acima da superfície do corpo celeste.
Dione tem um diâmetro de 1.122 quilômetros, um exterior coberto de gelo e interior rochoso.
A sonda, que é uma missão conjunta das agências espaciais europeia, americana e italiana, detectou uma fina atmosfera de oxigênio e também observou sinais de que esta ainda pode estar ativa.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Asteroide não atingirá a Terra em setembro, diz Nasa

Da France Presse
Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic' (Earth Polychromatic Imaging Camera), do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic', da Nasa, divulgada em julho de 2015: Terra não deve ser atingida por asteroide em setembro (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)
O mundo pode respirar aliviado. Um asteroide gigante não irá se chocar com a Terra e destruir grande parte das Américas, explicou a Nasa após a divulgação de uma série de boatos pela internet.
Blogs e sites de notícia informaram que um grande asteroide atingiria a Terra entre o meio e o fim de setembro perto de Porto Rico, provocando uma grande destruição em toda a região.
Asteroides perigosos conhecidos têm menos de 0,01% de chance de impactar a Terra nos próximos 100 anos, dizem cientistas
Mas esta teoria não tem nenhum embasamento, informou o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em um comunicado nesta semana, tentando acabar com estas previsões catastróficas.
"Não há nenhuma base científica - nenhuma evidência - de que um asteroide ou outro objeto celeste irá atingir a Terra nestas datas", declarou o gerente do projeto de Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato, Paul Chodas.
O laboratório explicou que todos os asteroides perigosos conhecidos têm menos de 0,01% de chance de impactar a Terra nos próximos 100 anos.
"Se existisse algum objeto grande o suficiente para fazer esse tipo de destruição em setembro, teríamos visto alguma coisa agora", disse.
A Nasa informou que "teóricos do juízo final" fizeram previsões semelhantes no passado, incluindo a alegação de calendário maia em 2012, que não eram apoiadas pela ciência e se mostraram falsas.
"Mais uma vez, não existe nenhuma evidência de que um asteroide ou qualquer outro objeto celeste está em uma trajetória que impactará a Terra", disse Chodas.
www.g1.globo.com

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O maior objeto do Universo


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Segundo um astrônomo, um vazio tão enorme não é comum, assim como é raro que uma área fria esteja coincidentemente alinhada com o vazio
Há mais de dez anos, enquanto mediam a temperatura do Universo, astrônomos encontraram algo estranho: uma faixa do espaço com uma largura equivalente a 20 luas e que era extraordinariamente fria.
A descoberta ocorreu quando esses cientistas exploravam a radiação de micro-ondas que envolve todo o Universo, conhecida como Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas (CMB, na sigla em inglês). É a região que temos mais parecida com o que era o Universo quando ele foi criado.
A CMB permeia o espaço e tem praticamente o mesmo aspecto em todas as áreas, emitindo uma temperatura fria de 2.725 kelvins ─ apenas alguns graus a mais do que 0oC. Com o uso novos satélites com sondas para micro-ondas (WMAP, na sigla em inglês), os astrônomos passaram a tentar descobrir as mínimas variações de temperatura nessa massa.
Foi ali que eles encontraram essa área fria, que, apenas recentemente, foi atribuída a uma gigantesca caverna vazia, chamada de "supervazio" cósmico ─ tão grande que pode ser o maior objeto existente em todo o Universo.
Segundo a teoria, um vazio tão enorme, onde não existe nem uma mera estrela, pode deixar uma marca glacial na CMB.
A formação da área fria
Tudo o que existe no cosmos ─ galáxias e matéria negra invisível ─ se espalha pelo espaço em uma vasta rede de filamentos. Entre eles, há bolsões de vazio de várias formas e tamanhos.
Um vazio realmente grande pode atuar como uma lente, fazendo o CMB parecer mais frio do que é.
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Tudo o que existe no cosmos ─ galáxias e matéria negra invisível ─ se espalha pelo espaço em uma vasta rede de filamentos
Assim como a maioria das coisas, a luz também está sujeita à influência da gravidade, que age sobre os fótons em seu trânsito. Mas dentro do vazio, a escassez de matéria faz com que não exista praticamente gravidade. Quando um fóton penetra no vazio, ele perde energia, mas depois pode recuperar a energia perdida.
Enquanto um fóton navega por um vazio, o Universo continua a se expandir. Quando o fóton sai do vazio, encontra a matéria mais espalhada. Por isso, o efeito da gravidade sobre ele não é tão forte.
Físicos descreveram esse fenômeno pela primeira vez no fim dos anos 60, mas ninguém nunca o observou. Depois da descoberta da área fria, astrônomos como Istvan Szapudi, da Universidade do Havaí, começaram a buscar provas desse comportamento, chamado efeito de integração Sachs-Wolfe (ISW), e as encontrou em 2008.
Szapudi e sua equipe procuraram pelo efeito ISW na análise estatísticas de cem vazios ou aglomerações de galáxias, e descobriram que o fenômeno muda a temperatura da CMB em cerca de 10 milionésimos de kelvin (ou 10 microkelvins).
Em comparação com a área fria, que tem uma temperatura 70 microkelving mais fria do que a média da CMB, trata-se de um efeito pequeno. Mas os cientistas conseguiram mostrar que os vazios podem criar áreas frias ─ e um supervazio seria capaz de formar uma grande área fria.
Para procurar pelo supervazio, Szapudi e seus colegas varreram uma área que cobriria o local onde estaria a área fria. Eles a encontraram a menos de 3 bilhões de anos-luz da Terra, e descobriram se tratar de um objeto gigantesco.
Seu raio mede mais de 700 milhões de anos-luz, o que faz dele provavelmente a maior estrutura física do Universo.
Segundo o astrônomo, um vazio tão enorme não é comum, assim como é raro que uma área fria esteja coincidentemente alinhada com o vazio. "É muito mais provável que o vazio esteja gerando a área fria", diz ele.
Dúvidas sobre a estrutura
Mas outros astrônomos ainda duvidam que se trate de um supervazio.
Patricio Vielva, da Universidade da Cantábria, na Espanha, que liderou a descoberta da área fria em 2004, acredita na possibilidade de essa região ser o resultado de uma textura cosmológica, um defeito no Universo semelhante às fissuras encontradas no gelo.
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Segundo teoria, um vazio tão enorme no espaço pode deixar uma marca glacial na CMB
Em 2007, Vielva conseguiu demonstrar que se existe uma textura no Universo, ela poderia criar a área fria através do efeito ISW.
Já o astrônomo Rien van de Weijgaert, da Universidade de Groningen, na Holanda, acredita que a textura seja mera especulação.
"Para a maioria de nós, o supervazio ainda parece ser a melhor explicação para a área fria", afirma o holandês.
Para entender mais, é necessário coletar mais dados. Por enquanto, fazendo mais observações que possam trazer medidas mais precisas do tamanho e das propriedades do supervazio.
Se o supervazio for realmente confirmado, ele será a primeira medida de um objeto que deixa uma marca na CMB através do efeito ISW. Isso é importante não apenas pelo tamanho extraordinário da estrutura. "Teremos com ele uma maneira a mais para estudar a energia negra, que é uma das coisas mais intrigantes do Universo", afirma Szapudi.

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