quarta-feira, 2 de abril de 2008

Planeta descoberto pode ter menos de 2 mil anos



Emissões de rádio mostram o 'planeta' no alto à direita


Pesquisadores britânicos da Universidade de St Andrews, na Escócia, detectaram um "planeta em estágio embrionário", nos arredores do nosso Sistema Solar, que pode ter menos de 2 mil anos de idade.


A descoberta foi apresentada na Reunião Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, em Belfast. A equipe de astrônomos disse que detectou, em volta de uma estrela, uma bola de poeira e gás que está se transformando em um planeta gigante. A cientista que liderou as pesquisas, Jane Greaves, afirmou que a descoberta foi uma grande surpresa e acrescentou que o crescimento do planeta pode ter sido desencadeado pela passagem de uma outra jovem estrela pelo sistema há cerca de 1,6 mil anos. "Na verdade (o planeta) não era o que estávamos procurando. E ficamos surpresos quando encontramos. O planeta mais jovem já confirmado tem 10 milhões de anos", disse Greaves.

Disco de gás
Os cientistas começaram estudando um disco de gás e partículas rochosas em volta da estrela HL Tau, que está a 520 anos-luz da constelação de Touro e teria menos de 100 mil anos. O disco seria gigantesco e brilhante, o que o torna um local excelente para a procura por sinais de planetas em processo de formação. Segundo os pesquisadores a imagem que eles conseguiram é a de um planeta primitivo, ainda envolto no material presente em seu nascimento. Simulação de computador dos astrônomos britânicos com a estrela HL Tau e o disco de gás e rochasMas existe a possibilidade de que este gigante, que é 14 vezes maior que Júpiter, seja ainda mais novo.

De passagem
Para Ken Rice, do Instituto de Astronomia de Edimburgo, na Escócia, a descoberta joga nova luz nas teorias sobre a formação de planetas. Segundo um modelo de teoria, os planetas se formam de baixo para cima. Observando este cenário, as partículas de material rochoso colidem e "grudam" umas nas outras, formando um objeto cada vez maior. Para Rice o planeta primitivo perto da estrela HL Tau se formou de maneira relativamente rápida quando uma região do disco sofreu um colapso, formando uma estrutura independente. Isto poderia ter ocorrido devido à instabilidade no próprio disco. E, o mais intrigante, uma outra jovem estrela na mesma região, chamada XZ Tau, pode ter passado bem próxima da HL Tau, há cerca de 1,6 mil anos. Apesar de isso não ser necessário para a formação de um novo planeta, é possível que a passagem desta estrela tenha perturbado o disco, tornando-o instável. E, em termos astronômicos, este evento é muito recente. "É possível que (a estrela XZ Tau) tenha dado 'puxão' em um lado do disco em volta da HL Tau, o que fez com que ele ficasse instável, e este foi o 'gatilho' para que o planeta se formasse", disse Rice. "Se o planeta foi formado nos últimos 1,6 mil anos, este evento seria incrivelmente recente", acrescentou o cientista.

Paul Rincon, De Belfast para a BBC

Astrônomos divulgam imagens de 'tsunami solar'


Imagem obtida por satélites mostra perturbação no sol (Foto: Nasa)


Astrônomos capturaram as primeiras imagens de um "tsunami solar" varrendo a atmosfera do Sol a mais de 1 milhão de quilômetros por hora. O evento foi registrado por câmeras das espaçonaves gêmeas Stereo, da Nasa, em maio do ano passado, mas só foram divulgadas agora.
Este tipo de tsunami - que naturalmente não envolve água, mas uma onda de pressão - é causado por uma explosão próxima ao Sol, que faz com que um pulso se propague em um padrão circular. O fenômeno que aparece nas imagens durou, ao todo, cerca de 35 minutos, atingindo seu auge 20 minutos depois da explosão inicial, e foi estudado por cientistas do Trinity College, na Irlanda. "A energia liberada nestas explosões é fenomenal, cerca de 2 bilhões de vezes maior do que o consumo anual de energia da Terra em apenas uma fração de segundo", disse David Long, um dos especialistas que estudou o fenômeno. "Em meia hora, vimos o tsunami cobrir quase todo o disco solar."

Os astrônomos envolvidos na pesquisa dizem que o fenômeno foi apelidado de "tsunami solar" porque a onda de pressão no Sol se move exatamente como um tsunami na Terra, só que com gás quente no lugar da água.

Da BBC

Nasa descobre o menor buraco negro do universo


Concepção artística do menor buraco negro do universo, com 24 km de largura (Foto: Nasa)

Com apenas 3,8 vezes a massa do Sol, um dos dois objetos que compõem o sistema binário XTE-J1650-500 é o menor buraco negro já descoberto. O achado é de Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, dois cientistas da Centro Goddard de Vôo Espacial, da Nasa. A dupla descobriu o objeto com o auxílio do Rossi, um satélite de baixo custo da agência espacial americana destinado a estudar objetos que emitam quantidades copiosas de raios X. Buracos negros são famosos por emitir esse tipo de radiação conforme a matéria espirala ao redor deles, prestes a cair em seu poço gravitacional poderosíssimo.

O buraco negro identificado nasceu como a maioria deles -- surgido a partir dos restos mortais de uma estrela de grande massa. Mas, nesse caso, deve ter sido um astro com uma quantidade de matéria bem próxima do limite mínimo para a formação de um objeto desse tipo. Com uma gravidade tão intensa que nem a luz pode escapar dele (daí o nome), o buraco negro aparece quando acaba o combustível da estrela que lhe deu origem e seu núcleo implode, encolhido por sua própria ação gravitacional. O resultado é um objeto extremamente compacto, que fica escondido do resto do universo porque nem os raios de luz que porventura ele emita podem escapar dele. Só se pode detectar sua presença pela influência gravitacional que ele exerce sobre a massa que existe em seus arredores. No caso do menor buraco negro já descoberto, seu núcleo foi tão intensamente compactado que ficou com um diâmetro de apenas 24 quilômetros -- menor que a cidade de São Paulo.

Salvador Nogueira Do G1, em São Paulo

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