Segundo os pesquisadores, o telescópio encontrou as moléculas na nebulosa de  Órion, presos em pequenas partículas de gelo ao redor de poeira espacial.
As moléculas teriam sido formadas depois que as estrelas aqueceram o gelo,  liberando água, convertida em oxigênio.
Embora átomos de oxigênio individuais sejam comuns, especialmente ao redor de  estrelas, moléculas como as da Terra ainda não haviam sido descobertas, segundo  a agência americana.
“O oxigênio foi descoberto nos anos 1770, mas levamos mais de 230 anos para  finalmente poder dizer com certeza que essa simples molécula existe no espaço”,  afirmou Paul Goldsmith, cientista do projeto da Nasa no laboratório de Propulsão  a Jato, em Pasadena, na Califórnia, que publicou os resultados da descoberta na  revista especializada Astrophysical Journal.
Astrônomos procuraram por moléculas no espaço por décadas. O telescópio Odin  encontrou a molécula em 2007, mas a descoberta não pôde ser confirmada.
“Isso explica onde parte do oxigênio estava escondido”, diz Goldsmith. “Mas  nós não encontramos grandes quantidades, e ainda não entendemos o que há de tão  especial sobre os lugares onde o encontramos. O Universo ainda esconde muitos  segredos.”
O objetivo é continuar procurando por moléculas nas áreas de formações de  estrelas. “O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no Universo e suas  moléculas devem ser comuns no espaço”, diz Bill Danchi, cientista da Nasa em  Washington que trabalha no projeto. “O Herschel está fornecendo uma uma ferramenta poderosa para desvendar esse mistério.”
Gráfico ilustra onde os astrônomos encontraram as moléculas no espaço,  na nebulosa de Órion 
(Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)
 


 
 




