quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Telescópio Herschel encontra moléculas de oxigênio no espaço

Do G1, em São Paulo -O Observatório Espacial Herschel, uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) e da agência espacial americana (Nasa), divulgou nesta segunda-feira (1º ) a primeira descoberta de moléculas de oxigênio no espaço.


Moléculas de oxigênio encontradas pelo telescópio Herschel em Órion
  (Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)

Segundo os pesquisadores, o telescópio encontrou as moléculas na nebulosa de Órion, presos em pequenas partículas de gelo ao redor de poeira espacial.
As moléculas teriam sido formadas depois que as estrelas aqueceram o gelo, liberando água, convertida em oxigênio.
Embora átomos de oxigênio individuais sejam comuns, especialmente ao redor de estrelas, moléculas como as da Terra ainda não haviam sido descobertas, segundo a agência americana.
“O oxigênio foi descoberto nos anos 1770, mas levamos mais de 230 anos para finalmente poder dizer com certeza que essa simples molécula existe no espaço”, afirmou Paul Goldsmith, cientista do projeto da Nasa no laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, que publicou os resultados da descoberta na revista especializada Astrophysical Journal.
Astrônomos procuraram por moléculas no espaço por décadas. O telescópio Odin encontrou a molécula em 2007, mas a descoberta não pôde ser confirmada.
“Isso explica onde parte do oxigênio estava escondido”, diz Goldsmith. “Mas nós não encontramos grandes quantidades, e ainda não entendemos o que há de tão especial sobre os lugares onde o encontramos. O Universo ainda esconde muitos segredos.”
O objetivo é continuar procurando por moléculas nas áreas de formações de estrelas. “O oxigênio é o terceiro elemento mais comum no Universo e suas moléculas devem ser comuns no espaço”, diz Bill Danchi, cientista da Nasa em Washington que trabalha no projeto. “O Herschel está fornecendo uma uma ferramenta poderosa para desvendar esse mistério.”


Gráfico ilustra onde os astrônomos encontraram as moléculas no espaço, na nebulosa de Órion
(Foto: JPL-Caltech/ESA/Nasa)

Nasa divulga novas imagens de sonda na órbita do asteroide Vesta

Do G1, em São PauloA agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou nesta segunda-feira (1º) novas imagens da sonda espacial Dawn na órbita do asteroide Vesta. Em uma delas, a a sonda registrou crateras que foram apelidadas de 'homem de neve'.

As observações vão fornecer dados sem precedentes para ajudar os cientistas a entender melhor o Sistema Solar. Os dados também ajudarão a pavimentar o caminho para futuras missões espaciais.
Vesta tem aproximadamente 530 km de diâmetro e é o objeto com a segunda maior massa no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Os pesquisadores da sonda divulgaram nesta tarde imagens de Vesta tiradas no dia 24 de julho:
Crateras apelidadas de 'homem de neve' são registradas pela sonda Dawn no asteroide Vesta
(Foto: JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/Nasa)
Imagens da sonda Dawn realizadas no asteroide Vesta
 (Foto: JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/Nasa)

Telescópio flagra 96 aglomerados de estrelas escondidos na Via Láctea

Rosanne D'Agostino - Do G1, em São Paulo - O telescópio Vista, do Observatório Europeu do Sul (ESO), flagrou o maior número de aglomerados estelares abertos já encontrado na Via Láctea. São 96 conjuntos que estavam escondidos atrás da poeira cujas imagens foram divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo observatório.

“Os aglomerados ajudam a entender a evolução da Via Láctea. Essa descoberta vai complementar, e muito, as varreduras que já existem, porque vai muito mais fundo”, afirma Bruno Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, brasileiro que faz parte do subgrupo de pesquisa desses aglomerados.

Segundo Dias, são estrelas jovens, entre 5 milhões e e 100 milhões de anos, que estão em regiões de formação de estrelas. “É a maior amostra já feita de uma só vez e mais homogênea. Isso é muito útil para tirar as conclusões e ter uma estatística.”

Imagens do telescópio Vista mostram aglomerados de estrelas que devem ajudar a entender formação da Via Láctea    (Foto: J. Borissova/ESO)

A descoberta ocorre um ano após o início do programa de observação da Via Láctea pelo Vista(VVV). O resultado da pesquisa, de astrônomos de diversos países, incluindo o Brasil, será publicado na revista Astronomy & Astrophysics. Esta é a primeira vez que tantos aglomerados pequenos e pouco brilhantes foram encontrados de uma só vez.

“Ela mostra o potencial do Vista para achar aglomerados de estrelas, especialmente esses escondidos em poeira de regiões de formação de estrelas na Via Láctea. O Vista vai mais profundamente do que outras buscas”, afirma Jura Borissova, autora principal do estudo.

A maioria das estrelas com mais da metade da massa de nosso Sol se forma em grupos, chamados aglomerados. Esses aglomerados são os blocos que formam as galáxias e vitais para sua evolução. Em regiões de poeira, eles são invisíveis, mas não para o infravermelho do Vista.

O maior telescópio dedicado ao mapeamento do céu foi montado no Observatório Paranal, no deserto do Atacama, norte do Chile. “Para rastrear os aglomerados de estrelas jovens, nos concentramos nas áreas de formações de estrelas. Em regiões que pareciam vazias em uma visualização prévia o Vista conseguiu detectar muitos novos objetos”, complementa o cientista Dante Minniti, do VVV.

Por meio de um software específico, a equipe conseguiu remover o primeiro plano de estrelas para poder contar as realmente pertencentes aos aglomerados. “Descobrimos que a maioria dos aglomerados é muito pequeno e têm apenas entre 10 e 20 estrelas”, explica o cientista Radostin Kurtev, também membro do grupo de pesquisadores.

Cerca de 2.500 aglomerados foram encontrados até hoje na Via Láctea, mas astrônomos estimam que outros 30 mil permaneçam escondidos entre poeira e gás.

Astronauta faz foto do 'pôr-da-Lua' visto do espaço

Do G1 em São Paulo - O astronauta Ronald Garan, parte da tripulação da Estação Espacial Internacional, tuitou no final de semana uma imagem do "pôr-da-Lua" feita do espaço. Nesta quarta-feira (3), a fotografia foi selecionada para a galeria de "imagens do dia" da Nasa.
O nascer e o pôr-do-Sol e da Lua são ocorrências cotidianas na estação espacial. Como o complexo completa uma volta em torno da Terra a cada 90 minutos, os astronautas podem apreciar a vista 16 vezes por dia.

Pôr-da-Lua foi fotografado pelo astronauta Ronald Garan (Foto: Nasa)

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